A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente
Fonte da imagem - https://www.blogger.com/blog/post/edit/7220443075447643666/3272690131493646822#

                   

  CRÔNICA:  O SENHOR


     Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”:

     Senhora:

     Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para voz dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém.

     Bem sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim para tratar de senhor, é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste.

     Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.

                                                                           (BRAGA, R. A borboleta amarela.  

                                                                           Rio de Janeiro: Record, 1991.)

Entendendo o texto

I – A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações específicas de uso social. A violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é:

a)     “Essa palavra, SENHOR, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste.”

b)    “A única nobreza o plebeu está em não querer esconder a sua condição.”

c)     “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa.”

d)    “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.”

e)     “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.”

RESOLUÇÃO: A “violação” do princípio em questão – de que o tratamento que se dá às pessoas deve levar em conta a situação social – ocorreu porque a interlocutora, com sua forma cerimoniosa de tratamento, excluiu o autor do grupo de homens a que ela se dirigia de maneira informal e, portanto, mais calorosa e alegre (em oposição ao “muro frio e triste” do tratamento formal). Resposta: A.

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente

Boa noite, poderiam me ajudar na seguinte questão: (não consegui encontrar o raciocínio da questão, ou seja, sobre o que ela perguntava, achei que era a frase que demonstrava o porquê ele não era um senhor)

Gabarito é a letra A

Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aospresentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o“o senhor”:Senhora:Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado ecara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem deninguém.Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está emnão querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu.Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim para tratar de senhor, é bem de ver quesó poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minhatesta e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; oterritório onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra\”senhor\”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frioe triste.Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essatristeza; mas também não era a vez primeira.BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991.A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguémgeralmente considera as situações específicas de uso social. Aviolação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta.O trecho que descreve essa violação é:A “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nósum muro frio e triste.”B “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a suacondição.”C “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minhatesta.”D “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.”E “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mastambém não era a vez primeira.”

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente

Olá, querido! 

Observe que essa questão busca saber o momento da carta em que o uso da palavra "senhor" não foi conveniente e que o autor ficou incomodado. Nesse sentido, a letra A apresenta justamente esse ponto. Observe:

A “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós
um muro frio e triste
.”

Forte abraço e conte sempre com a galera do Explicaê!

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente

ilustração, a frase proferida recorre à: A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular. B) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”. C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica. D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico. E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família. Questão 179 (2012.1) Com o texto eletrônico, enfim, parece estar ao alcance de nossos olhos e de nossas mãos um sonho muito antigo da humanidade, que se po- deria resumir em duas palavras, universalidade e interatividade. As luzes, que pensavam que Gutenberg tinha propiciado aos homens uma promessa univer- sal, cultivavam um modo de utopia. Elas imagi- navam poder, a partir das práticas privadas de cada um, construir um espaço de intercâmbio crítico das ideias e opiniões. O sonho de Kant era que cada um fosse ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo, quaisquer que elas fossem e que, ao mesmo tempo, pudesse refletir sobre o juízo emitido pelos outros. Aquilo que outrora só era permitido pela comunicação manuscrita ou a circulação dos impressos encontra hoje um suporte poderoso com o texto eletrônico. (CHARTIER, R. A aventura do livro) No trecho apresentado, o sociólogo Roger Char- tier caracteriza o texto eletrônico como um po- deroso suporte que coloca ao alcance da hu- manidade o antigo sonho de universalidade e interatividade, uma vez que cada um passa a ser, nesse espaço de interação social, leitor e autor ao mesmo tempo. A universalidade e a interatividade que o texto eletrônico possibilita estão diretamente relacionadas à função social da internet de: A) propiciar o livre e imediato acesso às infor- mações e ao intercâmbio de julgamentos. B) globalizar a rede de informações e democra- tizar o acesso aos saberes. C) expandir as relações interpessoais e dar visibilidade aos interesses pessoais. CADERNO PORTUGUÊS ENEM 2009 a 2018 62 D) propiciar entretenimento e acesso a produtos e serviços. E) expandir os canais de publicidade e o espaço mercadológico. Questão 180 (2012.1) O senhor Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”: Senhora: Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém. Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condi- ção, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamá- veis você escolhestes a mim para tratar de se- nhor, é bem de ver que só poderíeis ter encon- trado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste. Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira. (BRAGA, R. A borboleta amarela) A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações es- pecíficas de uso social. A violação desse princí- pio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é: A) “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma fra- se ergueu entre nós um muro frio e triste.” B) “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua condição.” C) “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa.” D) “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.” E) “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.” Questão 181 (2012.1) Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora? A) Prova concreta, ao expor o produto ao consumidor. B) Consenso, ao sugerir que todo vendedor tem técnica. C) Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico. D) Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores. E) Indução, ao elaborar o discurso de acordo com os anseios do consumidor. Questão 182 (2012.1) Não somos tão especiais Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau. INTELIGÊNCIA A ideia de que somos os únicos animais racio- nais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio. AMOR O amor, tido como o mais elevado dos senti- mentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. CADERNO PORTUGUÊS ENEM 2009 a 2018 63 CONSCIÊNCIA Chimpanzés se reconhecem no espelho. Oran- gotangos observam e enganam humanos distra- ídos. Sinais de que sabem quem são e se dis- tinguem dos outros. Ou seja, são conscientes. CULTURA O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são ca- pazes de aprender novos hábitos e de transmiti- los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso? (BURGIERMAN, D. Superinteressante) O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros animais. As estratégias ar- gumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são: A) definição e hierarquia. B) exemplificação e comparação. C) causa e consequência. D) finalidade e meios. E) autoridade e modelo. Questão 183 (2012.1) As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expressão “é como se” ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da: A) conformidade, pois as condições meteorológicas evidenciam um acontecimento ruim. B) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos tubarões usando um pronome reflexivo. C) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é a condição necessária para a sua sobrevivência. D) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva à suposição do perigo iminente para os homens. E) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira pessoa para expressar o distanciamento dos fatos. Questão 184 (2012.1) Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, feitas diante de Deus, serem quebradas por traição, interesses financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, quando poderiam ser bons amigos, sem trau- mas. Bastante interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados consul- tados, por sua competência, estão acostumados a tratar de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes da separa- ção? Não seria mais útil dar conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a separação amigável não interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja qual for o tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastante complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas que podem interessar ao leitor médio. O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se acerca de uma repor- tagem publicada na edição anterior.

A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente