A manga nome popular e cientifica

Informações taxonômicas da manga:

  • nome científico = Mangifera indica
  • Reino = Plantae
  • Divisão = Anthophyta
  • Classe = Magnoliopsida
  • Ordem = Sapindales
  • Família = Anacardiaceae
  • Género = Mangifera
  • Espécie = M. indica

A mangueira é um árvore de porte médio a alto (10 a 30 metros), com copa cheia e arredondada ou rala e globosa, compacta ou aberta. As folhas são lancioladas, coriáceas, com cabo ou pendículo curto.

A inflorescência ocorre em de duas mil a três mil panículas por planta que originam até dezesete mil flores. Desse número, no entanto, apenas uma baixa porcentagem se transforma em fruto, ocorrendo um desbaste natural. Apenas três frutos em médias por panícula e muitos caem pela açnao do vento e das chuvas. A floração ocorre, dependendo da região, de agosto a março.

As carcaterísticas do fruto da mangueira variam muito em termos de tamanho, peso e forma. Dependendo da variedade, o fruto é mais ou menos fibroso, a cor da casca é verde ou alaranjado, a cor da polpa é mais ou menos intensa, o sabor é mais ou menos doce, etc. De modo geral, os frutos tês um único caroço ou semente, que guarda o embrião, e amadurecem entre 100 e 150 dias após a floração. A manga é rica em prebióticos, Vitamina C, caretonóides e fibras alimentares.

Quanto ao sistema radicular, um estudo feito na Nordeste em plantação da variedadeTommy Atkins, com mangueiras de 4 anos, com 4 metros e meio de altura, revelou que 84% das raízes de absorção de água e de nutrientes estão localizadas nas camadas de solo até 60 cm de profundidade. 100% das raízes de sustentação estão nessa faixa.

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Incorporam-se 5 a 10kg de esterco de curral, 100g de superfosfato simples e 50g de cloreto de potássio a cada 10m lineares. Em substituição ao esterco de curral podem ser usados 5 a 10kg de esterco de aves ou 1 a 2kg d e torta de mamona.

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A mangueira se adapta bem em áreas onde as estações seca e chuvosa se apresentem bem definidas. O período seco deve ocorrer bem antes do florescimento, de modo a permitir à planta um período de repouso vegetativo, e prolongar-se até a frutificação para evitar os danos causados pela antracnose e o oídio. Após a frutificação, é benéfica a ocorrência de chuva, pois estimula o desenvolvimento dos frutos e impede sua queda.
Quando se pode contar com um sistema de irrigação (regiões semi-áridas) o plantio da mangueira pode ser feito em qualquer época do ano. Quando não se dispõe dele, realiza-se o plantio no período das águas.

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A mangueira, quando enxertada e conduzida de acordo com os requisitos técnicos exigidos pela cultura, inicia a frutificação no segundo ano após o plantio. Mas a produção econômica ocorre só a partir do quarto ano. É importante evitar ferimentos na casca e pancadas nos frutos, acondicionando-os cuidadosamente em caixas. Estas devem ser mantidas à sombra.

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As cultivares mais indicadas são as que aliam a alta produtividade a qualidades como a coloração atraente do fruto, bom sabor, pouca fibra, etc.

Tommy Atkins - Frutos médios a grandes, de 400 a 700g, cor amarela a vermelha, superfície lisa, casca grossa e resistente. De excelente sabor, doce e pouca fibra. Relativamente resistente a antracnose.
Haden - Frutos médios a grandes, 400 a 600g, cor amarelo-rosada; polpa sucosa, sem fibras, doce e de cor laranja-amarelada. Semente pequena. Além de vegetar muito, é considerada alternante e suscetível à antracnose e a seca da mangueira.
Keitt - Frutos grandes, 600 a 900g, cor amarelo-esverdeada com laivos fracos avermelhados; polpa amarelo intenso, sem fibras, sucosa; semente pequena; planta muito produtiva, com hábito de crescimento típico, com ramos longos e abertos.
Kent - Frutos grandes, 600 a 750g, ovalados, de casca verde-claro-amarelada, tornando-se avermelhada, quando madura, e de maturação tardia; polpa amarelo-alaranjada, doce, sem fibra. Árvore vigorosa e produtiva.
Van Dyke - Frutos médios, 300 a 400g, cor amarela com laivos vermelhos; polpa firme e resistente ao transporte; sabor agradável, muito doce. Semente pequena, planta muito produtiva.
Surpresa - Frutos médios a grandes, 400 a 600g, cor amarelo intenso; polpa amarela, firme, sucosa, muito doce, sabor agradável e sem fibra. Semente pequena, planta muito produtiva, relativamente resistente à antracnose.

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Antracnose Sintomas - nas folhas novas a doença causa pequenas manchas arredondadas, de coloração marrom, causando deformação da folha que fica retorcida, necrosada e com rupturas na área lesionada. No raque da inflorescência e suas ramificações aparecem manchas de coloração marrom escura, profundas e secas. Os frutos menores tornam-se manchados e caem antes de completar a maturação fisiológica. Nos frutos maiores as manchas são negras, deprimidas, às vezes, com pequenas rachaduras.

Controle - Maior espaçamento; podas leves; podas de limpeza; instalação de pomares em regiões com baixa umidade e indução de floração para produção em épocas desfavoráveis ao patógeno, pulverizações quinzenais de Benomil a 0,03% e semanais com Mancozeb a 0,16% ou Captafol a 0,25%. As pulverizações devem ser feitas desde o início do florescimento até que os frutinhos estejam formados.

Seca da mangueira Sintomas - Secamento parcial ou total da copa da árvores; provoca a morte das plantas em qualquer idade. Normalmente observa-se um ramo seco, como se tivesse queimado pelo fogo.

Controle - Eliminação das plantas doentes, eliminação do galho afetado 40 cm abaixo da região de contraste dos tecidos sadio/doente, desinfestação da ferramenta utilizada para as podas com uma solução de Hipoclorito de sódio a 25, proteção das partes cortadas com o pincelamento de uma pasta feita com fungicida à base de cobre.

Oídio Sintomas - As folhas, inflorescências e frutinhos novos ficam recobertos por um pó branco acinzentado; nas folhas novas causa deformações, crestamento e queda e nas folhas velhas e nos frutos desenvolvidos ocasionam manchas irregulares. Controle - O controle químico é o mais recomendado - Tiofanato metílico, Dinocap, Oxitroquinox e os fungicidas à base de enxofre.

A recomendação mais econômica e que tem surtido bons efeitos é a de três aplicações de enxofre em polvilhamento: antes da abertura das flores, após a queda das pétalas e no pegamento dos frutinhos.

Colapso interno do fruto Sintomas - Ocorre o amolecimento da polpa, às vezes, com separação da casca. Como medida de controle, colhe-se o fruto "de vez". Efetuar calagem e, se necessário, aplicar cálcio complementar.

Controle - eliminação dos ramos e panículas infectadas. Fazer pulverizações com produtos à base de enxofre.

Podridão de frutos Sintomas - Inicia-se no ápice do fruto que se torna marrom passando a preto oliváceo.

Tratamento pré-colheita - quinze dias antes da colheita os frutos devem receber pulverizações preventivas de Benomil a 0,03% ou Oxicloreto de cobre (2,8 g i.a./1) mais um espalhante adesivo.

Mancha angular Sintomas - A doença é causada por uma bactéria. Nas folhas, causa manchas angulares delimitadas pelas nervuras de coloração parda-escura e envoltas por um halo amarelo. Com o tempo, as áreas lesionadas caem deixando a folha com vários orifícios. Nos ramos causa murchas e seca. Nas inflorescências causa grandes lesões negras e alongadas nos eixos primários e secundários com rachaduras dos tecidos. As lesões nos frutos racham e observa-se uma acentuada queda de frutos.

Controle - Em regiões em que a bactéria atua severamente, as pulverizações devem ser preventivas durante o fluxo de vegetação e no florescimento e intervalos quinzenais. Os melhores produtos tem sido oxicloretos de cobre mais óleo mineral, aplicados nas horas menos quentes.

Malformação vegetativa e floral Sintomas - É uma anomalia de causa desconhecida, que afeta as inflorescências e as brotações vegetativas da mangueira. O sintoma característico da malformação floral é a aparência que a inflorescência adquire de um cacho compacto, com o eixo primário e as ramificações secundárias da panícula mais curtas. A gema floral se transforma em vegetativa e sobrevém um grande número de pequenas folhas e ramos. As mudas e plantas afetadas por esta anomalia tem o seu crescimento retardado, pode levar a perda total da produção.

Controle - Pulverizações preventivas com produtos à base de enxofre molhável e quinomethionate, nos períodos favoráveis ao aumento das populações (épocas secas e de escassa precipitação).

Murcha de esclerócio Sintomas - Esta doença, causada por um patógeno de solo, o corre esporadicamente em sementeiras, causando murcha inicial, secamento e morte das plantinhas. Quando existe excesso de umidade, a doença pode causar a perda total dos porta-enxertos de uma sementeira. O primeiro sinal da doença é um micélio cotonoso aéreo, bastante branco, que recobre a área do caule mais próximo ao solo. Posteriormente, o micélio vai se tornando marrom e nota-se os pontos escuros redondos como sementes de couve que permanecem aderidos ao caule ou na superfície do solo. As plantas começam a murchar, os tecidos do caule tornam-se túrgidos e morrem uma semana após o início do ataque.

Controle - suspender a água de rega e fazê-la de maneira mais racional, até deixando a sementeira sofrer stresses da seca, prover a sementeira de sistemas de drenagem; evitar o uso de irrigação por inundação, pois a água carrega os escleródios de uma área para a outra. O Controle químico pode ser feito utilizando-se produtos à base de Penta-cloro-nitrobenzeno ou Bicloreto de mercúrio (1:2.000), em rega sobre o solo da sementeira.

Enxertia

O êxito desta operação depende de: afinidade entre o porta-enxerto e o enxerto; época do ano, relacionada com as condições fisiológicas do garfo ou borbulha (gema, "olho") e do porta-enxerto; condições climáticas etc.

Época de enxertia
A mangueira pode ser enxertada durante o ano todo. Deve-se evitar os períodos chuvosos, uma vez que esta condição reduz sensivelmente a percentagem de pegamento, dando-se preferência aos dias e horários pouco ensolarados.

Métodos de enxertia
Garfagem - Os garfos ou ponteiros devem ser colhidos maduros, provenientes de ramos da estação anterior, sem apresentarem danos causados por pragas ou doenças. Devem ser redondos, não angulares, e estar mudando da cor verde para o verde cinza, com a gema apical ou da ponta bem entumescida. Os garfos são preparados quando ainda presos à árvore. O tratamento consiste em eliminar suas folhas duas semanas antes de retirá-los da árvore, com a finalidade de forçar o entumescimento das gemas e acelerar o pegamento após a enxertia.
Garfagem no topo em fenda cheia - Este método é um dos mais empregados e com amplas possibilidades de êxito na enxertia da mangueira. É importante que o porta-enxerto esteja em boas condições vegetativas e que seu diâmetro, em torno de 1cm, seja igual ou bem próximo ao do garfo. Com uma tesoura de poda corta-se o porta-enxerto na região onde será feita a enxertia, que geralmente fica a 20 cm acima do solo. A seguir, com um canivete afiado, efetua-se um corte vertical até a profundidade de 3 a 4cm, abrindo o porta-enxerto ao meio. Após a colheita do garfo com 15cm de comprimento, fazem-se, de cada lado de sua extremidade inferior, duas incisões em forma de cunha, com aproximadamente 3 a 4 cm de comprimento. Em seguida com o auxílio de lâmina do canivete, abre-se um pouco a fenda do porta-enxerto e introduz-se a cunha do garfo. Feito isto, ata-se a zona de união com fita de plástico de 2 cm de largura e 20 cm de comprimento. Finalmente, cobre-se o enxerto com um saquinho de plástico transparente, amarrando levemente sua extremidade inferior.
Garfagem à inglesa simples ou bisel - Efetua-se, no porta-enxerto, um corte em bisel, de baixo para cima, com 3 a 6 cm de comprimento, a uma altura de 20 cm do nível do solo. O garfo colhido maduro, com o mesmo diâmetro do porta-enxerto, é cortado também em bisel, devendo ter de 15 a 20 cm de comprimento, com as gemas apicais bem entumescidas, em aparente estado de repouso e próximas a brotar. Procede-se à justaposição das superfícies cortadas do porta-enxerto e do garfo. A zona de união deve ser amarrada firmemente com fita de plástico. Após isto, procede-se como no método da garfagem anterior.
Garfagem lateral - Neste caso, são utilizados porta-enxertos com seis a doze meses de idade, e que tenham, pelo menos, 1cm de diâmetro, e garfos maduros com diâmetro igual ou bem próximo ao do porta-enxerto. Na extremidade inferior do garfo com 10 cm de comprimento, faz-se um corte inclinado de 3 a 5 cm de comprimento. No outro lado dessa mesma ponta, faz-se outro corte inclinado, bem menor, decepando casca e lenho, de modo a formar uma pequena cunha destinada a fixar o garfo no talho feito no porta-enxerto. À altura de 20 cm do caule do porta-enxerto efetua-se um corte vertical de cima para baixo, ligeiramente inclinado, com aproximadamente 5 a 7 cm de comprimento. Próximo à base do corte aprofunda-se um pouco mais este último, de modo a permitir destacar uma porção de casca aderida ao lenho. Um entalhe transversal, de forma de lingüeta, é feito na base do corte vertical, onde a parte inferior da cunha do garfo é apoiada. As superfícies cortadas do porta-enxerto e do garfo são postas em contato, de tal forma que haja coincidência na justaposição das partes, pelo menos em um dos lados.
Borbulhia - A principal vantagem deste método é a economia de material. Com uma porção terminal do ramo podem-se obter cinco ou mais enxertos. Os ramos mais jovens, com cerca de três meses de idade, apresentam condições mais satisfatórias para obtenção de borbulhas. Verificar, por ocasião da enxertia, se a borbulha está colocada na posição correta, ou seja, com a gema situada acima da inserção do pecíolo (cabinho) foliar.
Borbulhia em "T" invertido - Faz-se um corte vertical de 3 a 5 cm no porta-enxerto, a uma altura de 20 cm do nível do solo, utilizando um canivete bem afiado. Um segundo corte, de forma horizontal é feito na base do vertical, formando um "T" invertido. Faz-se uma incisão com um golpe firme do canivete e retira-se a gema. O próximo passo é a inserção do escudo com a gema no porta-enxerto. Com a extremidade cega do canivete de enxertia levanta-se, cuidadosamente, a casca de cada lado da incisão vertical e se introduz o escudo embaixo dela, empurrando-o para cima. A borbulha é protegida totalmente, e amarrada com firmeza ao porta-enxerto com uma fita de plástico.
Borbulha em escudo - A única diferença entre este método e o anterior é que, neste, retira-se um escudo do caule do porta-enxerto com as mesmas dimensões do escudo retirado do enxerto, com 3 a 5 cm de comprimento. No porta-enxerto, o corte é realizado de baixo para cima, cortando a casca com um pouco de lenho. Deve-se ajustar bem o escudo do enxerto ao porta-enxerto, de tal modo que seus tecidos cambiais (casca) estejam em contato. Amarra-se firmemente a borbulha enxertada, com uma fita de plástico e em seguida, procede-se como no método anterior.
Borbulha em placa retangular - Consiste, basicamente, em retirar do porta-enxerto uma placa retangular da casca, com aproximadamente 3cm de comprimento por 1,5 cm de largura. Com um canivete, fazem-se dois cortes horizontais no caule do porta-enxerto até atingir o cerne, ou parte dura, distanciados 3 cm com 1,5-2 cm de comprimento. Realizam-se dois cortes verticais ligando as extremidades dos cortes horizontais. Da retirada da casca resulta uma abertura retangular com o cerne de cor branca à vista. Escolhe-se uma gema sadia no enxerto fazendo-se um corte retangular com as mesmas dimensões do corte feito no porta-enxerto. Para retirar a borbulha, deve-se enfiar a lâmina do canivete em um dos cortes verticais fazendo-se com cuidado uma leve pressão lateral para que o retângulo cortado com a gema de destaque do cerne. Após a operação, a placa é coberta com uma fita plástica.

Estatísticas nacionais e internacionais

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Nesta base de dados organizada pelo Núcleo de Ações Estratégicas, são ofertadas estatísticas de produção e de mercado, como também tabelas contendo análises de desempenho dessas informações para um determinado período.

Os dados nacionais são gerados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os internacionais, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Na avaliação do desempenho optou-se pela mensuração da taxa geométrica de crescimento (% médio ao ano), calculada por regressão, depois da transformação logarítmica dos dados. Para um período de tempo (ex-post) de informações disponíveis, pode-se avaliar o desempenho das variáveis consideradas e as relações entre elas. Dessa maneira ao avaliar-se o desempenho da produção de uma determinada cultura, pode-se verificar o desempenho das variáveis consideradas (área colhida, produção e rendimento médio) e suas inter-relações. Analogamente, na análise de desempenho do mercado (valor de exportações/importações), pode-se concluir qual variável foi mais importante: o volume de exportações/importações ou o preço médio.

Pragas

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Moscas-das-frutas, broca da mangueira, ácaros, lagartas, cochonilhas, tripes, formigas cortadeiras, bicudo da semente da manga, cigarrinha e besouro amarelo.

Moscas-das-frutas - Os adultos da mosca-das-frutas do gênero Anastrepha medem em torno de 7mm. Seu tórax é marrom, podendo apresentar três faixas longitudinais mais claras. Os ovos, de cor branca leitosa, são introduzidas pelas fêmeas abaixo da casca dos frutos, de preferência ainda imaturos. No ponto onde a mosca deposita seus ovos pode ocorrer contaminação por fungos ou bactérias, o que resulta no apodrecimento local do fruto.
Controle - Medidas culturais, monitoramento, controle biológico, controle químico, resistência varietal, técnica do inseto estéril, tratamento pós-colheita e tratamento hidrotérmico.
Tratamento hidrotérmico - O tratamento hidrotérmico em manga visa o controle de moscas-das-frutas após a colheita e vem sendo efetuado pelos exportadores brasileiros desde 1991. O método consiste na imersão dos frutos em água a 46 °C por um tempo de 75 e 90 minutos para frutos com pesos máximos de 425 e 650g, respectivamente. Essa tecnologia foi aprovado pelo United States Departament of Agriculture - USDA em 1989, com base em dados de pesquisa com as espécies de moscas-das-frutas de importância quarentenária.
Medidas culturais - Eliminação dos hospederios alternativos (carambola, ciriguela, cajá, etc), retirada dos frutos infectados caídos no chão, para evitar que as larvas os deixem para empupar no solo.

Cochonilhas - A Essa praga suga a seiva de todas as partes verdes da planta, causando queda de folhas, secamento de ramos e o aparecimento de fumagina, em geral, provocando maiores danos em pomares com um a três anos de idade.
Controle - pulverização de óleo mineral misturado a um inseticida fosforado, evitando-se a aplicação nas horas mais quentes do dia e no período de floração.

Broca da mangueira - A larva do inseto penetra na região entre o lenho e a casca, abrindo numerosas galerias. É um besouro muito pequeno, de coloração castanha, medindo na fase adulta 1mm. Suas larvas são brancas; seu ciclo de vida tem a duração máxima de 30 e mínima de 17 dias. A progressão do ataque se faz dos ramos mais finos em direção ao tronco.
Controle - medidas culturais e controle químico.
Medidas culturais - Proceder ao corte e destruição (queima) de todos os ramos brocados ou secos. Evitar que as plantas sejam submetidas a estresse hídrico e nutricional prolongados.
Controle químico - Pulverizar os ramos e troncos afetados com parathion methyl; fazer a pulverização preventiva (com parathion methyl) das mudas a serem transplantadas, por ocasião do transplante do viveiro, até que recuperem a turgidez.

Ácaros - Há registro de várias espécies de ácaros das famílias Tetranychidae e Eriophydae responsáveis por danos causados em folhas e gemas de mangueiras em pomares comerciais. O ácaro da malformação (Eriophydae) provoca a morte das gemas terminais e laterais, formando superbrotamento. A planta apresenta-se raquítica e com a copa mal estruturada.
Controle - monitoramento, medidas culturais e controle químico.
Monitoramento - Os ácaros não são visíveis a olho nu. Manchas marrons ou pretas nas brácteas, na base dos botões florais, são os sinais de sua presença.
Medidas culturais - Podar e queimar os ramos com sintomas de malformação; nos viveiros, descartar e destruir as mudas com superbrotação.
Controle químico - Proceder à pulverização preventivas com produtos à base de enxofre molhável e quinomethionate, nos períodos favoráveis ao aumento das populações (épocas secas e de escassa precipitação).

Lagartas - a mais freqüente é a conhecida como bicho-de-fogo, sussuarana ou taturana.
Controle - monitoramento, medidas culturais e controle químico.
Monitoramento - Os ramos e as folhas devem ser periodicamente observados.
Medidas culturais - Os casulos aderentes aos ramos e troncos das árvores devem ser destruídos no caso de grande infestação.
Controle químico - Em condições normais não é necessário; nas grandes infestações, pulveriza-se com os produtos indicados para a cultura.

Preparo do terreno

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Com uma enxada ou arado, revolve-se o solo até a profundidade de 20cm. Dez a quinze dias depois, quebram-se os torrões, retiram-se os restos de raízes, tocos e pedras existentes. A terra da superfície da cova é misturada com 10 a 20 litros de esterco de curral bem curtido, 1000g de calcário, 500g de superfosfato simples e 100g de cloreto de potássio. Lança-se dentro da cova metade da terra misturada, e sobre esta acomoda-se a muda, uma vez removido o envoltório de plástico. Coloca-se a muda de tal modo que fique com seu colo ligeiramente acima do nível do terreno. A outra metade da mistura é utilizada para completar o enchimento da cova.

Seleção de plantas matrizes

As plantas matrizes, fornecedoras de garfos e borbulhas para enxertia, devem ser selecionadas previamente.

Características essenciais para uma boa aceitação comercial: alta produtividade; pouca ou nenhuma alternância de produção, isto é, um ano produz muito, outro produz pouco; resistência ou baixa suscetibilidade ao ataque de pragas e doenças; coloração externa do fruto atraente; aroma e sabor agradáveis; polpa de boa consistência e não fibrosa; semente pequena, em torno de 10% do peso total do fruto.

A escolha dos porta-enxertos varia de uma região para outra e depende da disponibilidade de sementes. As cultivares poliembriônicas, que geram duas ou mais plantas de uma única semente, são as mais indicadas por induzirem maior vigor à muda.

Sementes

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Época de semeadura
No Brasil a semeadura é feita entre os meses de outubro e março. A sementeira deve ser localizada, de preferência, em terreno plano, fértil, solto e profundo. O local deve ser arejado, protegido contra ventos, e estra próximo a um manancial de água.

Preparo da semente
A semeadura deve ser feita o mais cedo possível, a fim de se obter maior percentagem de germinação e porta-enxertos mais vigorosos. Os frutos devem ser colhidos "de vez" ou maduros. Efetua-se o descascamento, a retirada da polpa, a lavagem das sementes e a secagem à sombra. Com o auxílio de uma tesoura de poda, extrai-se a casca que envolve a amêndoa.

Preparo da sementeira
Em geral, os canteiros são feitos com as dimensões de 10 a 20m de comprimento por 1,20m de largura e 15cm de altura. Entre eles deve ficar um espaço livre de 50cm de largura.

Solo

A mangueira vegeta tanto em solos arenosos quanto nos argilosos. Solos de baixadas, sujeitos a encharcamento, e os pedregosos, devem ser evitados. As áreas que permitem a mecanização são especialmente indicados. O espaçamento é o de 10m entre ruas por 10m entre plantas. Outros espaçamentos podem ser usados, conforme as condições do solo e do manejo da cultura: 9 x 9m, 9 x 6m, 10 x 8m, 8 x 8m, 8 x 5m, 6 x 6m e 5 x 5m.

Tratos culturais

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Para obter mudas bem formadas e sadias faz-se, periodicamente, a eliminação manual da vegetação nativa, a escarificação (afofamento) do solo e a irrigação (durante o verão, pelo menos uma vez ao dia). O florescimento e a época de produção da mangueira podem ser antecipados artificialmente, mediante o uso de algumas substâncias químicas.
O produto mais usado com essa finalidade é o nitrato de potássio nas dosagens, de 1% a 8%. Embora apresente boa eficiência em todas essas dosagens, as de 2% a 4% são as mais utilizadas. Dissolve-se o produto em água e adiciona-se á solução um espalhante adesivo. Tem-se usado também o nitrato de amônio na dosagem de 1,5%, obtendo-se bons resultados sobre a indução floral, além de se evitar o problema de queimaduras das folhas. O etefon tem sido empregado em concentrações de 200 a 2.000ppm, podendo as dosagens mais altas causar desfolha. Mais comumente utiliza-se a dose de 200ppm e pode-se repetir a aplicação uma ou duas vezes, a intervalos de uma a duas semanas. Nos plantios irrigados pode-se usar o estresse hídrico para forçar a floração, ou seja, a suspensão da irrigação um a dois meses antes da época desejada para o florescimento.