Catarro que escorre por tras da garganta

Muita gente não sabe, mas no muco nasal – popularmente conhecido como catarro – existem importantes mecanismos imunológicos que previnem a entrada de micro-organismos. Mas e quando o catarro passa a ser frequente, será que devemos nos preocupar?

Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Denise Braga Ribas, o muco em excesso deve ser investigado, pois existem vários fatores que aumentam a produção dele pelo organismo.

“Antes de qualquer tratamento medicamentoso o muco deve ser investigado, tanto na quantidade, coloração, odor, fatores de melhora e piora. Às vezes o único problema é a falta de hidratação (tomar água), que gera um muco espesso, porém em quantidade normal. Mas o muco também pode ser causado por uma sinusite, por exemplo, e nesse caso o tratamento é realizado com antibiótico. Se o muco atrapalha é sinal de que o paciente deve procurar um especialista, neste caso, um otorrinolaringologista”, explica.

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Catarro que escorre por tras da garganta
O muco desempenha um papel importante de filtração no processo de respiração e previne que partículas estranhas entrem no sistema respiratório. Ele umedece a via aérea nasal, filtra os alérgenos, protege os pulmões e previne as infecções. Normalmente o organismo produz cerca de 1,5l de muco por dia, mas esse muco é engolido e não é sentido na orofaringe (parte da garganta logo atrás da boca). O muco deve ser investigado, mas normalmente não quer dizer que algo grave está presente.

Causas do catarro
As principais causas do catarro constante na garganta são: alergia, fumo, álcool, cafeína, alimentos (leite, ovo, trigo), infecção viral ou bacteriana, gravidez e alterações estruturais (desvio de septo, por exemplo), medicamentoso (uso de vasoconstritor nasal). Outra causa de muco constante na orofaringe é refluxo gastro-esofágico, o qual nem sempre ocasiona sintoma gástrico.

Sintomas do catarro
Além daquela sensação de que algo está preso na garganta, o principal sintoma do catarro constante é chamado de ‘gotejamento pós-nasal’. “Seria uma sensação de corpo estranho na orofaringe, que também pode ocasionar tosse crônica, engasgos, rouquidão, pigarro, falta de ar e até mesmo dor em orofaringe”, acrescenta a médica.

Engolir ou expelir?
Sempre que possível, a indicação é que o paciente coloque o catarro para fora. Quando se escarra, a infecção está sendo colocada para fora do organismo, ao passo que quando se engole, a secreção poderá demorar mais para sair.

Dicas para evitar o catarro constante
Existem alguns cuidados que podemos ter no dia a dia que podem ajudar no tratamento do catarro crônico. De acordo com a doutora Denise, a hidratação é uma das principais orientações.

Catarro que escorre por tras da garganta
“Aconselhamos que o paciente faça limpeza nasal com soro fisiológico nasal a 0,9% em formato de jato, sprays ou na seringa, pelo menos 2 vezes ao dia. Também pedimos que ele beba de 1,5 a 2 litros de água por dia e evite alimentos que aumentam a produção do muco (leite, ovo, glúten). Gargarejos também ajudam na limpeza do muco (água morna e sal)”, finaliza a especialista.

Sobre Denise Braga Ribas
Denise Braga Ribas é formada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), com especialização em Otorrinolaringologia no Hospital da Cruz Vermelha – Filial do Paraná. Possui título de especialista em Otorrinolaringologia reconhecido pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facia (ABORL-CCF) e Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). Realizou Fellowship em Cirurgia Plástica Facial com Dr. Antonio Celso Nunes Nassif Filho – Hospital da Cruz Vermelha – Filial do Paraná e Hospital Sugisawa. É membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, membro da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica Facial e Preceptora de Plástica Facial do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital da Cruz Vermelha – Filial do Paraná.

Sobre o Hospital Otorrinos Curitiba
Hospital Otorrinos Curitiba é a mais nova referência no atendimento da área de otorrinolaringologia da capital paranaense. Inaugurado em setembro de 2015 no bairro Mercês, o hospital possui estrutura moderna, excelente localização, tecnologia de ponta e profissionais altamente renomados para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.

Em outubro de 2017, foi inaugurado o moderno Centro Cirúrgico, localizado na ala anexa. Com capacidade para realizar três cirurgias ao mesmo tempo, o Centro Cirúrgico conta com quartos e enfermarias, e oferece total segurança e conforto aos pacientes que necessitarem de procedimentos na área de otorrinolaringologia e demais especialidades.

Hospital Otorrinos Curitiba possui horário de atendimento diferenciado: de segunda a sábado, das 8h às 22h, domingo, das 8h às 19h, feriados, das 8h às 20h. Para maior comodidade dos pacientes, possui estacionamento no local.

O hospital atende aos seguintes convênios: Unimed, Amil, Agemed, Bradesco Saúde (somente consultas eletivas), Evangélico Saúde, Fundação Copel, Fundação Sanepar, ICS, Saúde Caixa, Voam e particular.

Serviço:

Hospital Otorrinos Curitiba

Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês

Telefone: (41) 3335-0302

Site: www.otorrinoscuritiba.com.br

Facebook: www.facebook.com/OtorrinosCuritibaPR/

Diretor Técnico: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia


Para tirar o catarro preso na garganta, é importante adotar medidas que ajudem a diminuir a irritação e a inflamação da garganta, e a hidratar o muco, já que ajuda a tornar o muco mais fluido e facilitar a sua eliminação, evitando que fique grudado nas paredes da garganta e cause ainda mais desconforto.

O pigarro surge quando existe muco em excesso na garganta, podendo ser provocado por uma inflamação na garganta ou por uma alergia, por exemplo, resultando na aumento na produção de muco, que pode ficar preso na garganta, além de haver tosse catarro. Conheça outras causas de tosse com catarro.

Confira no vídeo a seguir algumas formas fáceis de acabar com o pigarro:

1. Fazer gargarejos com água e sal

Os gargarejos são muito fáceis de fazer e ajudam a aliviar a irritação da garganta porque o sal ajuda a atrair mais água para as paredes da garganta, criando uma barreira que além de hidratar também protege contra poeiras que podem irritar mais as mucosas.

Para fazer este gargarejo deve-se:

  1. Misturar 1 colher de sopa de sal em meio copo de água morna;
  2. Mexer bem a água até que o sal se dissolva completamente;
  3. Colocar a mistura na boca e inclinar a cabeça para trás;
  4. Fazer gargarejos com a água por pelo menos 30 seg;
  5. Repetir os gargarejos até que toda a água tenha terminado.

Esta técnica provoca um alívio rápido e, por isso, pode ser usada sempre que o desconforto for muito intenso, até 3 a 4 vezes por dia.

2. Passar óleo essencial de eucalipto no peito

O óleo essencial de eucalipto é uma forma natural de liberar o muco preso na garganta e abrir as vias respiratórias, além de aliviar a irritação na garganta, melhorando o desconforto causado pelo pigarro.

Para usar o óleo essencial, deve-se misturar 1 a 2 gotas em uma colher de chá de óleo de coco ou outro óleo vegetal, e depois esfregar a mistura no peito. De início, esta técnica pode causar uma ligeira sensação de tosse, mas com o tempo a tosse vai reduzindo e aliviando a irritação da garganta.

Na maioria dos casos, o uso de óleo essencial de eucalipto diluído em outro óleo vegetal não provoca irritação na pele, no entanto, se se identificar vermelhidão ou coceira no local, é aconselhado lavar a pele com água e evitar o uso do óleo essencial. Conheça as propriedades medicinais do eucalipto.

3. Tomar chá de limão com mel

O limão tem a capacidade de quebrar as moléculas do muco, tornando-o mais líquido e fácil de eliminar. Já o mel ajuda a criar uma camada protetora da garganta, que reduz a irritação da mucosa. Dessa forma, este chá é uma excelente maneira de aliviar a sensação de algo preso na garganta.

Para tomar este remédio caseiro deve-se misturar 2 colheres de sopa de suco de limão em 1 xícara de água fervente, adicionar 1 colher de chá de mel, misturar e beber assim que amornar. Veja outros chás que ajudam a aliviar a inflamação da garganta.

4. Fazer nebulizações com vapor de água

As nebulizações são ótimas para hidratar a mucosa da garganta, mas também para liquidificar o pigarro preso na garganta, permitindo que seja eliminado mais facilmente. Para fazer isso, é recomendado:

  1. Colocar 1 a 2 litros de água fervente em uma bacia;
  2. Colocar uma toalha por cima da cabeça, tapando a bacia também;
  3. Respirar o vapor que sai da bacia.

Esta nebulização também pode ser feita com um nebulizador, que é um aparelho no qual o vapor é liberado diretamente através de uma máscara facial.

Na água, pode-se ainda misturar algumas gotas do óleo essencial de eucalipto, para obter os benefícios de alívio da irritação e até diminuição da tosse, caso esteja presente. Confira ainda 4 tipos de nebulização que ajudam a tratar problemas respiratórios.

5. Beber 2 litros de água

Embora seja a dica mais simples, é uma das mais eficazes no alívio da sensação de pigarro na garganta, pois hidrata as secreções que estão presas, permitindo que sejam eliminadas com a tosse. A água pode ser bebida sob a forma de chás ou até de água de coco, por exemplo.

Possíveis causas de pigarro na garganta

O pigarro é causado pelo excesso de muco na garganta, o que pode acontecer por irritação da garganta ou alergia. Algumas das causas mais frequentes incluem:

  • Gripe ou resfriado;
  • Alergia;
  • Bronquite;
  • Inflamação da laringe ou faringe;
  • Sinusite;
  • Pneumonia.

Assim, se o pigarro não melhorar após 3 dias, é importante ir ao clínico geral ou pneumologista, para identificar se existe algum problema que precise ser tratado com medicamentos específicos.

Alguns sinais que podem indicar que o pigarro está sendo causado por outro problema e que é necessário ir ao hospital incluem a presença de catarro amarelado ou esverdeado, dificuldade para respirar, dor de garganta ou febre baixa, por exemplo.