Diferencie os dois polissacarídeo que compõem o amido

O amido e a glicose são compostos importantes para o metabolismo dos seres vivos. Eles são conhecidos também como compostos energéticos.

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Uma alimentação rica em amido e glicose garante muita energia para as atividades do nosso dia a dia.

O amido é um polissacarídeo utilizado pelos vegetais como reserva energética. Podemos encontrá-lo em raízes, tubérculos e sementes. Sua síntese é consequência do excesso de glicose da fotossíntese. A glicose é o monossacarídeo mais utilizado como fonte de energia pelos seres vivos. Ela é fabricada pelos vegetais por meio da fotossíntese e também é armazenada em forma de glicogênio pelos animais. Os alimentos ricos em glicose são chamados de energéticos e, com exceção do mel, todos são de origem vegetal, como arroz, trigo, aveia, batata, mandioca, cenoura, beterraba, feijão, ervilha, soja, frutas, entre tantos outros.

Podemos observar a presença de glicose em alguns alimentos com a ajuda de glicofitas, que podem ser encontradas em farmácias e drogarias. O amido, um polissacarídeo, pode ser identificado a partir de uma solução de tintura de iodo. Essa solução pode ser obtida misturando a tintura de iodo em água até que se obtenha uma solução de cor alaranjada. Você pode colocar farinha de amido de milho, ou farinha de trigo, dissolvida em um pouco de água, e em seguida colocar algumas gotas da solução de tintura de iodo. O iodo reagirá com o amido, ficando violeta ou azul-escuro. Você pode fazer isso com diversos tipos de alimentos, e pedir para que os alunos verifiquem a presença ou não de glicose e amido nos alimentos. Se a escola dispuser de microscópio, você pode colocar farelos de farinha de trigo, ou até mesmo raspar a parte interna da batata, do milho ou da banana, e colocá-los no microscópio para que os alunos observem os diferentes tipos de grãos de amido que existem. Para fazer as lâminas a serem observadas, basta que se coloque o material na lâmina com uma gota de água e em seguida coloque a lamínula por cima.

Após os experimentos você pode pedir aos alunos que caracterizem quimicamente o amido, e expliquem qual a importância do amido e da glicose para os seres vivos.

Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

Os diferentes tipos de carboidratos diferem entre si de acordo com a quantidade de carbono em sua formação. Os principais tipos de carboidratos são: monossacarídeos, dissacarídeos e os polissacarídeos.

Os carboidratos são a principal fonte de energia obtida através da alimentação, liberam açúcares importantes para o desenvolvimento de diversas funções do corpo humano. São constituídos fundamentalmente por carbono, oxigênio e hidrogênio ( [C(H2O)]n).

Monossacarídeos Dissacarídeos Polissacarídeos
Características Carboidratos simples, de tamanho reduzido e rápida absorção pelo corpo. Carboidratos simples, formados pela união de dois monossacarídeos. Carboidratos complexos, formados pela ligação entre vários monossacarídeos, possuem moléculas grandes e de lenta absorção pelo corpo.
Formas
  • Glicose
  • Frutose
  • Galactose
  • Sacarose (glicose + frutose)
  • Maltose (glicose + glicose)
  • Lactose (glicose + galactose)
  • Amido
  • Celulose
  • Glicogênio
Alimentos
  • Mel
  • Açúcar das frutas
  • Leite
  • Açúcar extraído da cana e da beterraba.
  • Cereais maltados.
  • Açúcar do leite.
  • Tubérculos (batata, mandioca, inhame, etc.)
  • Frutas, legumes e hortaliças

Os alimentos podem ser compostos de um ou mais tipos de carboidratos, que quando digeridos, liberam açúcar e alimentam as células do corpo.

Os carboidratos simples possuem um alto índice glicêmico, são digeridos e absorvidos rapidamente pelo corpo. Já os carboidratos complexos exigem um maior esforço do corpo para a sua digestão e liberação de energia, possuindo assim, um índice glicêmico mais baixo.

Monossacarídeos

Os monossacarídeos são carboidratos simples, não sofrem hidrólise, como a glicose, a frutose e a galactose. São encontrados, principalmente, em frutas, no mel e no leite.

O mel e as frutas são grandes fontes de monossacarídeos

Os monossacarídeos são os principais responsáveis pelo sabor doce dos alimentos. Alguns ricos nesse tipo de carboidrato são:

  • Mel;
  • Banana, maçã e abacaxi;
  • Leite (a galactose não é encontrada isolada na natureza, mas associada à lactose no leite).

Dissacarídeos

Os dissacarídeos também chamados de oligossacarídeos são carboidratos simples, resultado da ligação entre dois monossacarídeos.

Pessoas que possuem intolerância à lactose devem evitar alimentos derivados do leite

Os principais são:

  • Sacarose: união da glicose com a frutose, presente no açúcar de mesa e alguns adoçantes;
  • Maltose: união de suas moléculas de glicose, extraída de cereais, como a cevada, germinados;
  • Lactose: união da glicose com a galactose, encontrada no açúcar do leite.

Polissacarídeos

Os polissacarídeos são carboidratos complexos, possuem grandes moléculas e, por isso, são digeridos mais lentamente pelo organismo. Esse tipo de carboidrato é encontrado em alimentos de baixo índice glicêmico.

Em geral, são formados através da ligação entre carboidratos menores. E cumprem uma função muito importante na alimentação por liberarem gradativamente a energia de que o corpo necessita.

Diferente dos monossacarídeos e dos dissacarídeos, os polissacarídeos atuam como um reservatório de energia que é liberado em um maior espaço de tempo.

Batatas são ricas em amido, um polissacarídeo

O amido presente em alimentos como a batata, a mandioca e seus derivados são macromoléculas que demoram a ser digeridas e absorvidas pelo organismo.

Alimentos ricos em carboidratos

Os alimentos ricos em carboidratos liberam muita energia para o organismo. Entretanto, se essa energia não é gasta através de alguma atividade do corpo, tende a ser armazenada em forma de gordura.

Por isso, os carboidratos muitas vezes são compreendidos como vilões das dietas. Para uma dieta saudável é necessário regular o consumo de carboidratos.

Pães, cereais, algumas frutas e legumes são ricos em carboidratos simples e complexos. É recomendado um consumo moderado e relacionado à atividade a ser desenvolvida.

Os pães são uma grande fonte de carboidratos

Alimentos com alto teor de fibras dificultam a absorção do carboidrato pelo corpo e podem ser uma boa alternativa para acompanhar uma alimentação saudável.

Seguem alguns exemplos de alimentos ricos em carboidratos:

  • Pão francês: 57,3%
  • Arroz: 28,0%
  • Macarrão: 19,9%
  • Batata cozida: 18,5%
  • Feijão: 14,0%

As chamadas dietas low carb têm como objetivo reduzir a ingestão de carboidratos para que o corpo tenha que recorrer às reservas de gordura como fonte de energia.

Veja também a diferença entre:

O amido é um carboidrato (hidrato de carbono), que, por sua vez, são compostos que possuem a função mista poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona.

Quando duas ou mais moléculas mais simples de carboidratos (monossacarídeos) se unem, eles formam polímeros naturais, ou seja, macromoléculas que são os polissacarídeos.

Do ponto de vista químico, o amido é um polímero natural, pois ele é formado pela união de dois polissacarídeos: a amilose (constituída de mais de 1000 moléculas de α-glicose) e a amilopectina (um polímero que possui ramificação saindo dos carbonos 6 de uma molécula de α-glicose e do carbono 1 de outra molécula a cada grupo de 20 a 25 unidades do monossacarídeo ao longo da cadeia). A seguir temos uma molécula de glicose:

Basicamente, então, o amido é formado por moléculas de α-glicose e possui a fórmula (C6H10O5)n, sendo que “n” pode variar de 60 000 a 1 000 000 de unidades, sendo que esses milhares de monômeros de glicose estão ligados por ligações glicosídicas alfa, de maneira linear e ramificada. A seguir temos uma representação de um trecho da cadeia de moléculas de glicose que formam o amido:

O amido é armazenado em diferentes órgãos vegetais, pois esses organismos realizam a fotossíntese, transformando água, gás carbônico e energia solar em glicose e oxigênio, sendo que a glicose é armazenada na forma de amido. As principais fontes de amido estão na forma de grãos das sementes (cereais), tais como arroz, milho, aveia, trigo, cevada e centeio, e nas raízes das plantas, como batata e mandioca.

Quando o organismo animal ingere o amido, ele é decomposto novamente em unidades de glicose, e no fígado elas são recombinadas formando o glicogênio. O glicogênio é uma reserva animal de carboidratos e, por isso, é chamado de “amido animal”, ficando principalmente no fígado e nas células dos músculos.

Com a finalidade de manter o balanço energético do organismo durante períodos de jejum ou fome, o organismo transforma essas reservas de glicogênio em glicose, que é transportada pelo sangue até os tecidos, onde é oxidada e forma água, gás carbônico e energia.

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