A importância da linguagem filosofia

Tendo como base a leitura prévia do artigo intitulado “Hermenêutica, Constituição e autonomia do Direito”, de autoria do professor Lenio Luiz Streck, o NEAPRO/UFSM discutiu acerca da importância da filosofia do e no processo.

Os integrantes do grupo debateram sobre a necessidade de superar o pensamento metafísico, ultrapassando tanto o paradigma do objetivismo (fruto da metafísica clássica) quanto o paradigma do subjetivismo (criação da metafísica moderna, também reconhecido como filosofia da consciência).

A ruptura com a metafísica e, assim, com a filosofia da consciência acontece com a invasão da filosofia pela linguagem (giro-ontológico-linguístico). A partir disso, a compreensão é revolucionada. A linguagem, que antes era concebida como mero elemento interposto entre um sujeito e um objeto, passa a ser reconhecida como condição de possibilidade para a totalidade do processo compreensivo.

Sob tal perspectiva, há uma nova constituição de sentido. A interpretação passa a acontecer na antecipação de sentido, já que a compreensão do ser, para a filosofia da linguagem, exige uma compreensão anterior (pré-compreensão). Com isso, o intérprete somente diz o ser como o ser se diz ao intérprete.

Assim, o giro-ontológico-linguístico atua como agente possibilitador da transferência do conhecimento da consciência do julgador para a linguagem, abandonando a subjetividade assujeitadora constante no paradigma da filosofia da consciência. Destarte, a filosofia da linguagem é, pois, capaz de proporcionar atos decisórios livres de discricionariedades e decisionismos. O julgador deixa de “julgar assim porque pensa assim” e passa a depender da linguagem e da sua pré-compreensão para proporcionar a resposta correta ao caso apresentado.

O NEAPRO/UFSM, com tal leitura e debate, fortalece seu compromisso com os ideais democráticos ao tratar da necessidade de superação de práticas subjetivistas nas decisões judiciais, sustentando a filosofia da linguagem do e no processo.

A linguagem tem uma importância muito grande na formação das idéias. O vocabulário será resultado dos símbolos utilizados de forma que em conjunto aproxime com muita precisão o que de fato queremos transmitir. ... Sem linguagem não existe filosofia, da mesma forma q sem filosofia não existe linguagem./span>

Qual a importância da filosofia da linguagem?

A Filosofia da Linguagem tem por objetivo refletir sobre os vários aspectos da linguagem, tais como o uso para significar nossas intenções e propósitos, nos situarmos na comunidade linguística, referirmo-nos ao mundo e ao que nos cerca./span>

Qual é conforme a filosofia da linguagem a natureza do significado das coisas?

Quanto a natureza do significado, trata-se de entender o sentido de "significar", entre as questões abordadas, na busca por melhor compreender a questão, teremos a natureza da sinonímia, as origens do significado e qual o modo pelo qual conhecemos um significado.

Qual o problema da linguagem na filosofia?

De acordo com o filósofo americano, entre os problemas que a Filosofia da Linguagem deve considerar estão os problemas da relação mente-corpo, da consciência, da intencionalidade e da forma como nos expressamos naquilo que Searle denominou de “atos de fala”.

Quais as características da linguagem filosofia?

Filosofia da Linguagem é o ramo da Filosofia que estuda a essencia e natureza dos fenomenos linguisticos. Uma das principais caracteristicas da Filosofia da Linguagem é a maior diferença entre o ser humano e os outros seres que existe no mundo./span>

O que diz Platão sobre a linguagem?

Grego

Qual é a força da linguagem?

2 O poder da Linguagem: O poder da linguagem reside em um processo dialético de ida e volta entre o engajamento e a transcendência, o particular e o universal, em que cada palavra chama outra em meio a um círculo inesgotável de nomeação e renomeação de pensamentos e coisas.

Como podemos avaliar a força da linguagem?

Podemos avaliar a força da linguagem tomando como exemplos os mitos e as religiões. A palavra grega mythos, como vimos, significa 'narrativa' e, portanto, 'linguagem'. Essa palavra narra a origem dos deuses, do mundo, dos seres humanos, das técnicas e da vida do grupo social ou da comunidade.

O que é a origem da linguagem?

As estimativas desse tipo são embasadas de forma independente pela genética, arqueologia, paleontologia e muitas outras evidências sugerindo que a linguagem surgiu provavelmente em algum lugar na África sub-saariana durante a Idade da Pedra Média, mais ou menos contemporaneamente o advento do Homo sapiens.

Como se originam as línguas?

Geralmente, uma nova língua nasce de outra já existente, num processo que pode durar séculos. O português e o francês, por exemplo, surgiram do latim. Mas também é possível que não haja uma só raiz. É o caso das chamadas línguas germânicas, como o alemão e o dinamarquês./span>

Quando surgiu a língua brasileira?

A língua portuguesa chegou ao Brasil com a colonização e o tupi, junto ao português, eram tidos como línguas gerais da época. Os jesuítas foram os responsáveis por difundir a língua portuguesa no Brasil, mas em 1759 eles foram expulsos e o português se tornou a língua oficial do Brasil./span>

Qual a origem da Libras no Brasil?

Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. ... A Libras foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros./span>

A linguagem, segundo estudiosos, é uma função inata que permite ao indivíduo simbolizar o seu pensamento e decodificar o pensamento do outro. Através dela facilita-se a troca de experiências e conhecimentos, interferindo na percepção da realidade.

A origem da linguagem é resultado de um processo de socialização  do ser humano, que é estimulado pelo meio em que se vive, no qual ocorre a adequação dele e a transformação, proporcionando associações das diferentes áreas sensitivas, perceptivas e motoras.
O pensamento precede a linguagem, que também é considerada outra forma de pensamento. A etapa das imagens mentais precede a primeira palavra da criança. As imagens mentais, segundo estudiosos, são cópias ativas da realidade que é organizada pelo cérebro.

 É de extrema importância que fique bem esclarecido que ao fazer referência da palavra imagem a primeira coisa que vem em mente são as imagens, porém não se restringe aos modelos visuais, considera-se também as auditivas, somestésicas, cinestésicas, etc
Na medida em que a criança se desenvolve e aprende sobre os indivíduos, linguagem e objetos de forma simultânea, logo em seguida esse se modifica devido à linguagem que sofre algumas influências de outras aquisições.

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Primeiramente, se desenvolve a compreensão por volta dos 3 meses, quando a criança já apresenta compreensão das situações e em seguida a expressão. São processos independentes, porém na aquisição do vocabulário, do ponto de vista interno permitida pela expressão, faz com que a compreensão se desenvolva mais.

Por Elen Cristine Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

O surgimento da linguagem é um fato fundamental na história humana. Não seria possível a organização dos seres humanos em sociedade sem a linguagem e vice-versa. Isso indica que a linguagem e a vida em sociedade devem ter surgido praticamente ao mesmo tempo. É difícil determinar qual a origem da linguagem, pois não há muitas pistas a seguir.

As primeiras explicações sobre a origem da linguagem têm seus fundamentos na religião. Deus teria dado a Adão uma língua e a capacidade de nomear tudo o que existe. Haveria apenas uma língua, em que cada palavra teria apenas um significado. Mas como explicar a diversidade das línguas?

Torre de Babel

Na Bíblia, o Gênesis conta que "o mundo inteiro falava a mesma língua, com as mesmas palavras" (Gn 11,1). Os homens resolveram, porém, criar uma cidade com uma torre tão alta que chegaria a tocar o céu e os tornaria famosos e poderosos. Então Deus, para castigá-los, fez com que ninguém mais se entendesse e os homens passaram a falar línguas diferentes.

Assim, os construtores da torre se dispersaram e a obra permaneceu inacabada. A diversidade das línguas surge como forma de evitar a centralização do poder. A cidade dessa história bíblica ficou conhecida como Babel, que significa "confusão".

Rousseau e o 'grito da natureza'

O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) supôs que a linguagem humana teria evoluído gradualmente, a partir da necessidade de exprimir os sentimentos, até formas mais complexas e abstratas. Para Rousseau, a primeira linguagem do homem foi o "grito da natureza", que era usado pelos primeiros homens para implorar socorro no perigo ou como alívio de dores violentas, mas não era de uso comum.A linguagem propriamente dita só teria começado "quando as ideias dos homens começaram a estender-se e a multiplicar-se, e se estabeleceu entre eles uma comunicação mais íntima, procuraram sinais mais numerosos e uma língua mais extensa; multiplicaram as inflexões de voz e juntaram-lhes gestos que, por sua natureza, são mais expressivos e cujo sentido depende menos de uma determinação anterior". (Jean Jacques Rousseau, "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens").

Já o filósofo e psicólogo americano George Herbert Mead (1863-1931), contrariamente a Rousseau, afirmava que a linguagem gestual precedeu a linguagem falada. A necessidade de combinarem certos gestos para coordenarem suas ações durante as caçadas ou fugas de outros animais levou os homens a desenvolverem certos gestos comuns que se repetiam.

Mead e a experiência comum

Nesse processo, a comunicação se torna possível pelo fato dos indivíduos adotarem o mesmo significado para um gesto evocando uma vivência anterior do próprio indivíduo. Segundo Mead, quando o gesto chega a essa situação, converte-se no que chamamos de "linguagem", ou seja, um símbolo significante que representa certo significado.Com o passar do tempo, esse conjunto de gestos significantes dá lugar a formas mais elaboradas de linguagem, compondo um universo de discurso. Nesse estágio, o sentido já não é articulado apenas tendo por base a interiorização das expectativas de ação do outro. Há uma sofisticação da comunicação, que se torna possível pelo fato dos indivíduos adotarem o mesmo significado para o objeto dentro deste universo de discurso."Esse universo de discurso é constituído por um grupo de indivíduos que conduz e participa de um processo social comum de experiência e comportamento, e no qual esses gestos ou símbolos significantes têm a mesma significação, ou uma significação comum para todos os membros do grupo... Um universo de discurso é simplesmente um sistema de significados comuns ou sociais." (Mead, G., "Mind, Self and Society").Portanto, a forma como o indivíduo organiza sua experiência é determinada em grande parte pelo universo de discurso ao qual ele pertence e conforma seu imaginário social e as formas de simbolização de sua experiência. Mas será que os limites da minha linguagem e da minha cultura são também os limites para pensar e significar a realidade?

Será que existem línguas mais apropriadas ao filosofar como o grego ou o alemão, por exemplo? Ou existiriam estruturas de pensamento universais independentes da cultura e da linguagem?

Noam Chomsky

Uma sugestiva contribuição sobre esse tema foi elaborada pelo linguista e ativista político americano Noam Chomsky (nascido em 1928), que revolucionou a linguística ao introduzir a relação entre o pensamento e a linguagem. Para Chomsky, a criança disporia de pouca informação da língua para aprender como a linguagem funciona. Ainda mais, se considerarmos que além de contarem com poucos estímulos, os adultos, muitas vezes, não ajudam a criança em seu aprendizado dizendo-lhes coisas sem muito sentido.Mesmo assim, a maioria das crianças tem um domínio razoável da língua por volta dos dois anos de idade. Se considerarmos que a linguagem é um sistema bastante complexo com regras semânticas e sintáticas sutis e que o ambiente para o aprendizado da língua não é suficiente, então o que torna possível o seu aprendizado?

A explicação estaria na estrutura mental geneticamente determinada, na qual estaria fixado um conjunto de regras gerais para a utilização da linguagem, que são universais por necessidade biológica e não por simples acidente histórico, e que decorrem de características mentais da espécie.

'Gramática universal'

Chomsky define o conjunto de princípios e regras que determinam o uso da linguagem como "gramática universal". Trata-se de um sistema de princípios, condições e regras que são elementos ou propriedades de todas as línguas humanas. Esse sistema seria o resultado de um longo processo de evolução biológica, que constituiria a essência da linguagem humana.Esta gramática universal seria, portanto, uma estrutura anterior ao aprendizado de qualquer gramática específica, pertencendo a um estágio inicial do cérebro. Ela não se identifica a nenhuma linguagem particular, mas é subjacente a todas as línguas possíveis.

Se a linguagem é aprendida a partir da interação social e por ela condicionada ou é produto da relação entre o ambiente e as estruturas mentais geneticamente herdadas é algo que ainda não podemos afirmar com certeza. Tal questão permanece guardada como um fascinante segredo sobre sua origem.