Como e chamada a perda de água por evaporação através da cutícula

  1. 1. Introdução - Situar no contexto da disciplina; - Relevância do estudo da Evaporação; • - Nomenclatura Básicos; • Evaporação • Transpiração (Relação solo-água-planta) • Evapotranspiração
  2. 2. Região Área Chuva Vazão Evapo Chuva Vazão Evapo Vazão Vazão transp. transp. % % km2 m3/s m3/s m3/s mm mm mm Chuva Brasil Amazonas - Total 6112000 493491 202000 291491 2546 1042 1504 41 Amazonas- Brasil 3884191 277000 128900 139640 2249 1047 1134 47 72 Tocantins 757000 42387 11300 31087 1766 471 1295 27 6 Atlântico Norte 242000 16388 6000 10388 2136 782 1354 37 3 Atlântico Nordeste 787000 27981 3130 24851 1121 125 996 11 2 São Francisco 634000 19829 3040 16789 986 151 835 15 2 Atlântico Leste (1) 242000 7784 670 7114 1014 87 927 9 0 Atlântico Leste (2) 303000 11791 3710 8081 1227 386 841 31 2 Paraná 877000 39935 11200 28735 1436 403 1033 28 6 Paraguai 368000 16326 1340 14986 1399 115 1284 8 1
  3. 3. A evaporação e a evapotranspiração ocorrem quando a água líquida é convertida para vapor de água e transferida, neste estado, para a atmosfera.
  4. 4. Evaporação (E) – Processo pelo qual se transfere água do solo e das massas líquidas para a atmosfera. No caso da água no planeta Terra ela ocorre nos oceanos, lagos, rios e solo. Transpiração (T) – Processo de evaporação que ocorre através da superfície das plantas. A taxa de transpiração é função dos estômatos, da profundidade radicular e do tipo de vegetação. Evapotranspiração (ET) – Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera através da evaporação (E) e da transpiração (T)
  5. 5. • Evaporação: quando se refere a evaporação de superfícies d'água livre (espelhos d'água). • Evaporação de solo nu: quando se refere a evaporação de solo sem vegetação. • Evapotranspiração: quando se refere a evaporação de solos vegetados (soma da evaporação de solo nu, mais transpiração da plantas).
  6. 6. Evapotranspiração Potencial (ETp): perda de água por evaporação e transpiração de uma superfície natural tal que esta esteja totalmente coberta e o conteúdo de água no solo esteja próximo à capacidade de campo.
  7. 7. Evapotranspiração de Referência (ETo): segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) é a perda de água de uma extensa superfície cultivada com grama, com altura de 0,08 a 0,15 m, em crescimento ativo, cobrindo totalmente o solo e sem deficiência de água.
  8. 8. Evapotranspiração Real ou Atual (ETr): perda de água por evaporação e transpiração nas condições reinantes (atmosféricas e de umidade do solo).
  9. 9. • Evaporação é um fenômeno no qual átomos ou moléculas no estado líquido (ou sólido, se a substância sublima) ganham energia suficiente para passar ao estado vapor vencendo a tensão superficial. • Condensação: Aqueles estão mudando do estado de vapor para o líquido. • Calor Latente: Quantidade de Energia liberada ou absorvida na mudança de fase. • Saturação do Ar: Quando a quantidade que muda do líquido para o sólido é a mesma que faz o caminho inverso, isto é, há equilíbrio.
  10. 10. A água, recebendo incidência de calor, inicia um processo de aquecimento até que seja atingido seu ponto de ebulição; • • Prosseguindo a cessão de calor, este não mais atua na elevação da temperatura, mas como calor latente de vaporização, convertendo a água do estado líquido para o gasoso; • • Este vapor d’água se liberta da massa líquida e passa a compor a atmosfera, situando-se nas camadas mais próximas da superfície; • • Caso a evaporação possa se processar livremente, sem restrições do suprimento de água, esta evaporação é dita EVAPORAÇÃO POTENCIAL.
  11. 11. Balanço de Energia por unidade de área: Rn = Hs + LE + G Rn – Radiação Líquida (onda curta e longa) Hs – Transferência Calor Sensível LE – TransferênciaCalor Latente G – Troca de Calor com a água LE= r .Lv. E r – Massa Específica Lv – Calor Latente E – Lâmina Evaporada
  12. 12. Razão de Bowen: Dificuldade de avaliar separadamente Razão de Bowen:  – Constante psicometrica (0,66 mb/0C ) T – Temperatura, e – Perssão parcial de vapor s é superfície da água, a é ponto acima na atmosfera
  13. 13. Balanço de Massa: m – Massa evaporada r – Massa Específica A – Área E – Lâmina Evaporada Lei de Dalton (1802): E – Lâmina Evaporada es – pressão parcial de vapor de saturação a temperatura da superfície da água ea – pressão parcial de vapor da atmosfera a certa altura f(u) – função da velocidade do vento horizontal
  14. 14. C – Coeficiente que varia entre 0,50 para pequenos lagos a 0,36 para grandes lagos; W – velocidade do vento média diária a 25 ft de altura em milhas por hora Ar mais seco – mais evaporação Ar mais úmido – menos evaporação
  15. 15. Os dois fatores principais que influenciam evaporação de uma superfície de água aberta são: • a quantidade energia que proverá o calor latente de vaporização e • a possibilidade de transportar o vapor para longe da superfície sobre a qual se dá a evaporação.
  16. 16.  Radiação solar é a fonte principal de energia.  A habilidade para transportar vapor longe da superfície de evaporante depende: • Velocidade do vento em cima da superfície e • Gradiente de umidade específico sobre esta.
  17. 17. Principais Variáveis Meteorológicas: • Radiação Solar, • Vento • Pressão de vapor de água • Temperatura do ar.
  18. 18. • Vento A ação do vento consiste em deslocar as parcelas de ar mais úmidas encontradas na camada limite superficial, substituindo-as por outras mais secas. • Umidade O ar seco tem maior capacidade de absorver vapor d’água adicional que o ar úmido, desta forma, a medida em que ele se aproxima da saturação, a taxa de evaporação diminui, tendendo a se anular, caso não haja vento para promover a substituição desse ar.
  19. 19. • Temperatura O ar quente tem maior capacidade de conter umidade. • Radiação Solar A energia necessária para o processo de evaporação tem como fonte primária o sol; a incidência de sua radiação varia com a latitude, clima e estação do ano.
  20. 20. • Quanto maior a temperatura, maior a pressão de saturação do vapor de água no ar, isto é, maior a capacidade do ar de receber vapor. • Para cada 10oC, P0 é duplicada. Temp. oC 0 10 20 30 P0 (atm) 0,0062 0,0125 0,0238 0,0431
  21. 21. Curva da pressão de saturação de vapor em função da temperatura. Variação da saturação com a temperatura
  22. 22. • O vento renova o ar em contato com a superfície que está evaporando (superfície da água; superfície do solo; superfície da folha da planta). • Com vento forte a turbulência é maior e a transferência para regiões mais altas da atmosfera é mais rápida, e a umidade próxima à superfície é menor, aumentando a taxa de evaporação. pouco vento muito vento
  23. 23. Radiação solar - maior fonte de energia para a Terra, principal elemento meteorológico e um dos fatores determinantes do tempo e do clima. Além disso, afeta diversos processos: • Físicos (aquecimento/evaporação) • Bio-físicos (transpiração) e • Biológicos (fotossíntese)
  24. 24. • Rebaixamento do nível d’água • 27 tipos  enterrados, superficiais e flutuantes • Tanque Classe A
  25. 25. A tina de evaporação, como o nome indica, mede a evaporação efetiva, isto é, a quantidade de água que uma massa liquida com exposição ao ar livre perde, através da sua superfície, e convertido em vapor, durante um certo período de tempo. O tanque de evaporação, propriamente dito, é o tanque de terra, classe "A" modelo standard do Weather Bureau. Forma cilíndrica, de 25,4 cm de profundidade e 120,7 cm de diâmetro, de construção metálica. O fundo está colocado sobre um bastidor a 1,5 cm do solo.
  26. 26. Nota da alula Disciplina ACA 221. Instrumentos Meteorológcos de Observação. Laboratório de Clima e Biosfera. Deparamento de Ciências Atmosféricas / IAG / USP. A medição do evaporímetro não representa bem a evaporação de uma superfície de água, pois o balanço energético de uma superfície livre de água. Evaporímetro ou atmômetro de Piche Albert Piche (1872) França - tubo de vidro (~30 cm, diâm. ~15mm) invertido (fechado em cima) com água bi-destilada dentro do abrigo - Filtro de papel circular (diâm. 30mm) preso na base do tubo) Mede a água evaporada de um filtro de papel - plenamente umidecido, em contato com o ar.
  27. 27. O evaporímetro de Piché é constituído por um tubo cilíndrico, de vidro, de aproximadamente 30 cm de comprimento e um centímetro de diâmetro, fechado na parte superior e aberto na inferior. A extremidade inferior é tapada, depois do tubo estar cheio com água destilada, com um disco de papel de feltro, de 3 cm de diâmetro, que deve ser previamente molhado com água. Este disco é fixo depois com uma mola. A seguir, o tubo é preso por intermédio de uma argola a um gancho situado no interior do abrigo.
  28. 28. • Método de Balanço de Energia; • Método Aerodinâmico; • Método combinado; • Método de Priestley-Taylor; • Equações Empíricas; • Baseado no Tanque Classe A.
  29. 29. Er = 0,0353Rn (mm/dia) Onde: Rn = Radiação (W/m2) Ven Te Chow et all (1988)
  30. 30. Utilizando o método do balanço de energia, calcule a taxa de evaporação de uma superfície aberta de água, considerando a radiação de 200 W/m2 e a temperatura do ar de 25°C, supondo que não existem fluxos de calor sensível e de calor do solo.
  31. 31. Solução: Da equação Lv =2,50 – 2,36 . T Onde T = temperatura em ºC Lv = calor latente de vaporização em kJ/kg Para o calor latente de vaporização a 25°C, temos: Lv =2,50 – 2,36 . 25 = 2,441 kJ/kg. A densidade da água é de ρ = 997kg/m3. Substituindo na equação Onde: R = radiação em W/m2. Lv = calor latente de vaporização em J/kg ρ = a densidade da água em kg/m3. Temos: v R E = L .ρ 8 3 200 E = 8,22.10 m/s 2,441.10 .997 E = 2,58m/ano  
  32. 32. No método aerodinâmico, a evaporação é calculada conforme a seguinte equação: Onde: Ea = Evaporação potencial (mm/dia); es = Pressão de vapor saturado (Pascal; 1Pa = 1 N/m2) ea = Pressão de vapor atual (Pascal) ea = UR . es (onde: UR = umidade relativa = e/es) B = é um coeficiente obtido através da equação Onde: u = Velocidade do vento na altura z2 (m/s); z2 = Altura da medição da velocidade do vento (geralmente é adotado 2 m a partir da superfície); z1 = Altura de rugosidade da superfície natural. a s aE = B.(e - e ) 17,27.T 237,3+T se = 611.e       2 2 1 0,102.u B = ln Z Z         
  33. 33. Calcule a taxa de evaporação de uma superfície aberta utilizando o método aerodinâmico com uma temperatura de 25°C, uma umidade relativa de 40%, a pressão dor ar de 101,3kPa e uma velocidade do vento de 3m/s, todas medidas em a uma altura de 2m acima da superfície da água. Suponha a altura de rugosidade igual a z0 = 0,03cm.
  34. 34. O coeficiente de transferência de vapor B é dado por: A taxa de evaporação é dada por: Ea = B.(eas – ea) Utilizando eas = 3,167 Pa a 25°C retirado da tabela e considerando es = Rh.eas = 0,4.3,67 = 1,67 Pa, obtemos: Ea = 4,54.10-11.(3,167 – 1,267) = 8,62.10-8 m/s ou 7,54mm/dia. 2 a 2 2 w 2 0 0,622k ρ .u B = pρ [ln(z /z )] 2 11 3 -4 2 0,622.0,4 .1,19.3 B = 4,54.10 m/Pa.s 101,3.10 .997[ln(2/3.10 )]  
  35. 35. O método combinado ou método de Penmam calcula a evaporação considerando os efeitos da radiação e do vento. Para isso, o método combinado combina as equações do método do balanço de energia e do método aerodinâmico. A combinação resulta na equação abaixo: Onde: E = Evaporação potencial (mm/dia); Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia); Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico (mm/dia); ∆ = Gradiente da curva de pressão de saturação de vapor: ∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C);  = Constante psicrométrica:  = 66,8 Pa/°C; Ven Te Chow et all (1988) r a Δ γ E = .E + .E Δ+γ Δ+γ            
  36. 36. Aplicar o método de combinação para calcular a taxa de evaporação a partir de uma superfície aberta de água sujeita uma radiação líquida de 200 W/m2, uma temperatura de 25oC, uma humidade relativa de 40% e uma velocidade do vento de 3 m/s, todos registrados a uma altura de 2 m, e uma pressão atmosférica de 101.3 kPa.
  37. 37. Solução: Do exemplo feito pelo balanço de energia a taxa de evaporação correspondente a uma radiação líquida de 200 W/m2 é Er = 7,10 mm/dia, e do exemplo feito pelo método aerodinâmico, temos Er = 7,45 mm/dia para uma temperatura do ar, umidade e condições de vento dado. O método de combinação requer valores para Δ e ɣ na equação abaixo: A constante psicométrica ɣ é dada por, usando CP = 1,005 J/kgK para ar, Kh/Kw = 1,00, e Iv = 2,441 x 103 J/kg a 25°C, temos: r aE = E E ( + ) ( + )        P h v w C K p = 0,622l K 
  38. 38. usando CP = 1,005 J/kgK para ar, Kh/Kw = 1,00, e Iv = 2,441 x 103 J/kg a 25°C, temos: P h v w 3 3 C K p = 0,622l K 1,005.1.101,3.10 = 67,1Pa/°C 0,622.2,441.10    Δ é o gradiente da curva da pressão do vapor de saturação a 25°C, dado por: 2 4,098e = (237,3 + T) s  com es = eas = 3,167 Pa para T = 25°C: 2 2 4,098e = (237,3 + T) 4,098.3,167 = 188,7Pa/°C (237,3 + 25) s   
  39. 39. Então os pesos de poderação para a equação de combinação são ɣ (Δ + ɣ) = 67,1/(188,7 + 67,1) = 0,262 e Δ/(Δ + y) = 188,7/(188,7 + 67,1) = 738. A taxa de evaporação se calcula utilizando: r aE = E E ( + ) ( + )        Logo: r aE = E E 0,738.7,10 0,262.7,45 7,2 mm/dia ( + ) ( + )          
  40. 40. Este método é baseado no fato de que em grandes áreas, as considerações do balanço de energia governam a evaporação. Portanto, no método de Priestley - Taylor, a evaporação é calculada conforme a seguinte equação: r Δ E = β. .E Δ+γ       Onde: E = Evaporação potencial (mm/dia) Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia); ∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C) = 66,8 Pa/°C = 1,3
  41. 41. Ven Te Chow et all (1988)
  42. 42. Utilizar o método de Priestley- Taylor para calcular a taxa de evaporação a partir de um corpo de água com uma radiação líquida de 200 W/m2 e uma temperatura de 25°C.
  43. 43. O método de Priestley- Taylor aplica a equação: rE = α E ( + )   com Er = 7,10 mm/dia a partir do exemplo do balanço de energia Δ/ (Δ + y) = 0,738 a 25°C a partir do exemplo do método combinado e α = 1,3. Logo, rE = α E 1,3.0,738.7,10 6,8 mm/dia ( + )     A qual se aproxima do resultado do método de combinação mais complicado como mostrado no exemplo anterior.
  44. 44. Para grandes lagos usar 0,80 Coeficiente (K) para reservatórios Situação Superfície do espelho d'agua (hectares) 0 - 5 5 - 10 10 - 20 20 - 50 > 50 Normal 0,9 0,85 0,8 0,75 0,7 Bem protegida 0,81 0,77 0,72 0,68 0,63
  45. 45. Dados de evaporação do tanque classe A A tabela seguinte fornece os valores mensais médios da evaporação do tanque classe A para alguns Municípios. Município J F M A M J J A S O N D TOT PATOS (PB) 319 254 236 203 219 221 247 298 316 354 337 331 3334 CRUZETA (RN) 316 257 233 211 193 209 242 289 314 354 340 341 3299 PETROLINA (PE) 270 243 224 203 223 217 242 268 299 337 311 314 3151 OURICURI (PE) 229 191 190 169 163 184 205 261 308 314 312 270 2796 IRECÊ (BA) 227 223 212 187 200 197 223 261 293 304 282 249 2858 BARBALHA (CE) 218 175 174 174 186 186 218 271 288 281 275 258 2704 SUMÉ (PB) 289 231 234 220 192 167 188 228 254 291 300 298 2892 TAUÁ (CE) 266 235 236 314 208 220 252 277 296 326 306 311 3146 FLORÂNIA (RN) 267 217 208 181 179 181 210 267 287 306 293 287 2884 CAICÓ (RN) 300 232 234 205 213 211 240 266 314 326 314 328 3182 SOUZA (RN) 268 203 194 173 178 185 218 267 294 317 314 326 2936
  46. 46. Processo de Transpiração no Sistema Solo Planta Atmosfera. A transpiração ocorre desde as raízes até as folhas, pelo sistema condutor, pelo estabelecimento de um gradiente de potencial desde o solo até o ar. Quanto mais seco estiver o ar (menor Umidade Relativa), maior será esse gradiente.
  47. 47.  Sucção: decorrente da transpiração e da fotossíntese;  Coesão: entre as moléculas de água;  Adesão: parede do vaso atrai a água;  Tensão: a sucção gera a tensão, já que há coesão.
  48. 48. Coesão e adesão das moléculas de água
  49. 49. • Em solos muito secos, o Yw pode cair até o conhecido valor do ponto de murcha permanente, quando não existe mais água disponível para as plantas. • Neste ponto, o Yw do solo é tão baixo que a planta não pode manter a turgescência, mesmo que toda a transpiração seja parada. • A planta permanece murcha mesmo à noite, quando a transpiração cessa quase inteiramente. Isso significa que o Yw do solo é igual ao Ys da folha (neste caso Yp = 0 e Yw = Ys ). • Em muitos estudos considera-se o valor de – 1,5 MPa para o potencial hídrico do solo, correspondente ao ponto de murcha permanente. • No entanto, visto que o Ys varia com a espécie vegetal, o ponto de murcha permanente (PMP) depende não apenas do solo, mas, também, da espécie em estudo.
  50. 50. PMP é a situação em que o Yw do solo = Yw da folha = Ys da folha
  51. 51.  A capacidade de campo é o conteúdo de água do solo após ele ter sido saturado com água e o excesso ter sido drenado pela ação da gravidade.  É maior em solos argiloso, solos que possuem alto conteúdo de húmus e muito menor nos solos arenosos.
  52. 52. Evapotranspiração (ET) – Processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera através da evaporação (E) e da transpiração (T) • Em solos com cobertura vegetal é praticamente impossível separar o vapor d’água proveniente da evaporação do solo daquele originado da transpiração. • Neste caso, a análise do aumento da umidade atmosférica é feita de forma conjunta, interligando os dois processos num processo único, denominado de evapotranspiração. ET = E + T
  53. 53. Evapotranspiração Potencial (ETP) – quantidade de água transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, em uma unidade de tempo, de uma superfície extensa, completamente coberta de vegetação de porte baixo e bem suprida de água (Penman, 1956). Evapotranspiração real (ETR) – quantidade de água transferida para a atmosfera por evaporação e transpiração, nas condições reais (existentes) de fatores atmosféricos e umidade do solo. A ETR é igual ou menor que a evapotranspiração potencial (Gangopadhyaya et al, 1968).
  54. 54. Evapotranspiração Potencial ou de Referência (ETO): termo definido por Thornthwaite e posteriormente por Penman (1948), traduzindo a perda d'água de uma superfície coberta com grama batatais (Paspalum notatum L.), em fase de crescimento ativo, hem suprida de umidade, no centro de uma área tampão irrigada, suficientemente grande para que os transportes horizontais de vapor d'água sejam negligíveis. Se a área tampão não for suficiente, os balanços de energia laterais incrementarão a perda d'água da superfície e a evapotranspiração decorrente receberá o nome de evapotranspiração de oasis (ETO).
  55. 55. Evapotranspiração Real (ETR): Refere-se à perda de água por evapotranspiração de uma superfície em quaisquer condições de vegetação e suprimento de água.
  56. 56. Evapotranspiração Máxima (Etm): Evapotranspiração máxima (ou demanda climática ideal, como preferimos) refere-se à perda de água observada por evapotranspiração por uma superfície vegetada (OU cultura) qualquer, em um estágio de desenvolvimento qualquer, desde que se observem condições ideais (não restritivas) de umidade do solo, para o desenvolvimento das plantas. Para uma cultura, tem um valor mínimo na ocasião da emergência, assumindo um valor máximo, no estágio de maior índice de área fpliar (m2 de folhas/rn2 de terreno), que ocorre usualmente no fim do desenvolvimento vegetativo, início da floração. Convém observar que a evapotranspiração ideal somente ocorrerá quando a água no solo não for limitante.
  57. 57.  Fatores Ambientais - Radiação Solar - Temperatura do ar - Umidade relativa do ar - Vento  Fatores fisiológicos
  58. 58.  Radiação solar (Rs) - da radiação solar absorvida pelas folhas das plantas, de 1 % a 5 % são usadas no processo de fotossíntese, e de 75 % a 85 % são utilizadas no processo de aquecimento das folhas e do ar atmosférico logo acima do dossel da cultura (fluxo de calor sensível), e, também, no processo de evapotranspiração (fluxo de calor latente). Um aumento na Rs aumenta a demanda atmosférica e a temperatura do ar.  O requerimento de água das culturas (ET) é um processo que envolve energia, como já foi destacado. Essa energia é proveniente da radiação solar global (Rs).
  59. 59. A Figura ilustra o balanço de energia de uma superfície coberta por vegetação, salientando as principais formas de fracionamento do saldo radiação.
  60. 60. Temperatura do ar (Ta) - o efeito da temperatura do ar sobre a capacidade de retenção de umidade do ar é ilustrado na Figura. O aumento da temperatura do ar aumenta a capacidade de retenção de umidade do ar, o que resulta em maior demanda atmosférica. Pela Figura, verifica-se que, se o ar, a 50 % de umidade relativa e a 43 °C, for resfriado a uma temperatura abaixo de 30 °C (ponto de orvalho), não pode armazenar mais umidade (água), acarretando condensação.
  61. 61. Umidade relativa do ar (UR) - O aumento da temperatura torna maior a quantidade de vapor d´água que pode estar presente no mesmo volume de ar. Assim, quanto maior temperatura, maior es (maior a capacidade do ar conter água) e menor UR pois: Onde: ea = a pressão de vapor do ar (medida em pascal). es = a pressão de vapor do ar obtida em condições de equilíbrio ou saturação.
  62. 62. Vento - o processo de transpiração ocorre quando há difusão do vapor d'água através dos estómatos. O vento modifica a camada de ar vizinha à superfície, substituindo uma camada muitas vezes saturada por uma com menor conteúdo de vapor d’água. Na camada em contato com a superfície (aproximadamente 1 mm), o movimento de vapor é por moléculas individuais (difusão molecular), mas acima dessa camada limite superficial, o responsável é o movimento turbulento do ar (difusão turbulenta).
  63. 63. O efeito do vento sabre a transpiração estomática e a abertura estomatal encontra-se ilustrado na Figura. Observa-se que, para pequenas aberturas estomatais, não há grandes diferenças na taxa de transpiração quando se comparam as diferentes condições de vento. Essa diferença aumenta abruptamente com o aumento da abertura dos estomatos para a condição de velocidade de vento.
  64. 64. Variação segundo a disponibilidade de água no solo e as condições de clima O requerimento de água das culturas, ou ET, geralmente aumenta à proporção que aumenta a demanda evaporativa da atmosfera, desde que ocorram condições de elevada umidade do solo. A Figura ilustra a variação da ET de uma cultura de acordo com a disponibilidade de água no solo e a demanda da atmosfera em diferentes condições de clima. A disponibilidade de água no solo para as culturas é estabelecida pelo conteúdo de umidade retida pelo solo entre a capacidade de campo (CC) e o ponto de murcha permanente (PMP) de cada cultura.
  65. 65. Os fatores relacionados às plantas interferem, definem e modificam a taxa de evapotranspiração, afetando diretamente as resistências ao movimento da água do solo para a atmosfera. Entre eles, destacam-se:  Fechamento estomatal - Praticamente a totalidade da transpiração ocorre através dos estômatos por causa da relativa impermeabilidade da cutícula. Quase nenhuma transpiração ocorre quando os estômatos estão fechados. A medida que a abertura dos estômatos aumenta, uma maior quantidade de vapor d'água pode ser transportada para a atmosfera. Entre os fatores que influenciam a abertura e o fechamento dos estômatos, estão a luz e o nível de umidade nas folhas.
  66. 66.  Tamanho e numero dos estômatos - A maioria das folhas de várias espécies de plantas, produtivas comercialmente, apresenta estômatos em ambas as faces.  Quantidade de folhas - Quanto maior a área foliar de uma determinada espécie, maior será a evapotranspiração.  Enrolamento e dobramento das folhas - Muitas plantas têm mecanismos nas suas folhas que favorecem a redução da taxa de transpiração quando a disponibilidade de água no solo torna limitante.
  67. 67.  Lisímetro - Peso - Medir chuva - Coletar água percolada - Coletar água escoada - Superfície homogênea  Medições Micrometeorólogicas
  68. 68. Existem métodos diretos para determinação e métodos indiretos para a estimativa da evapotranspiração; e cada metodologia apresenta características próprias.
  69. 69. Métodos diretos: 1. Lisímetros. 2. Parcelas Experimentais no Campo. A obtenção da evapotranspiração por meio de parcelas experimentais, depende de vários fatores. Este método só deve ser utilizado para a determinação da ET total, durante todo o ciclo da cultura, e nunca a ET diária ou semanal, pois, nestes casos, os erros seriam grandes. A água necessária, durante todo o ciclo da cultura, é calculada pela soma da quantidade de água aplicada nas irrigações, precipitações efetivas, mais a quantidade de água armazenada no solo antes do plantio, menos a quantidade de água que ficou retida no solo após a colheita.
  70. 70. Métodos indiretos: São aqueles que não fornecem diretamente a evapotranspiração e, para estimá-la, é preciso se utilizar de um fator (K), a ser determinado para cada região e para cada método indireto. De acordo com os princípios envolvidos no seu desenvolvimento, os métodos de estimativa podem ser agrupados em cinco categorias: 1. Empíricos: Estes métodos foram desenvolvidos experimentalmente, sendo que na seleção destes métodos deve-se observar para quais condições ambientais foram desenvolvidos e fazer os ajustes regionais. 1.1) Evaporímetros 1.2) Método de Blaney-Criddle
  71. 71. Métodos indiretos: 2. Aerodinâmico: Este é um método micrometeorológico, com embasamento físico-teórico da dinâmica dos fluidos e transporte turbulento. 3. Balanço de Energia 4. Método de correlação de turbilhões
  72. 72. 5) Métodos Combinados 5.1) Método de Penman É um método que combina o balanço de energia radiante com princípios aerodinâmicos.
  73. 73. 5.2) Penman modificado O método de Penman recomendado pela FAO foi derivado do original (PENMAN, 1948) e é classificado como um método combinado de determinação da ETo, uma vez que se associam os efeitos do balanço de energia relacionados com o termo de radiação com os termos aerodinâmicos e de pressão de vapor d'água do ar. O método é conhecido como Penman modificado e, em principio, não e empírico, uma vez que utiliza coeficientes de correção desenvolvidos e ajustados por Doorenbos e Pruitt (1977), com base em dados provenientes de dez localidades, cultivados, na sua maioria, com grama.
  74. 74. 5.3) Thornthwaite A equação de Thornthwaite (1948) leva em consideração a evapotranspiração de grandes áreas, como bacias hidrográficas, trabalhando-se com evapotranspiração potencial, que segundo o próprio autor, é muito semelhante à condição de contorno apresentada por Penman (1948).
  75. 75. 5.4) Thornthwaite modificado Camargo et al. (1999) propuseram uma equação de Thornthwaite modificada, onde substituíram a temperatura média pela temperatura efetiva (Tef), baseados na suposição de que a amplitude térmica, expressa o efeito do alto e baixo déficit de pressão de saturação de vapor no ar, partindo da premissa de que quanto mais seca a atmosfera, maior sua temperatura máxima e menor sua mínima, ou seja, a amplitude térmica aumenta.
  76. 76. 5.5) Blaney-Criddle O método de Blaney e Criddle e mais simples, pois correlaciona ETo apenas com dados de clima relacionados a temperatura do ar e duração de brilho solar. A sua utilização e recomendada para determinação de ETo para períodos superiores a quinze dias ou mensais.
  77. 77. 5.6) Hargreaves O método de Hargreaves é considerado muito simples e requer dados de temperatura e radiação solar. Nos locais sem dados de radiação, Hargreaves (1974) propôs modificação utilizando a razão de insolação e a radiação no topo da atmosfera. Outra modificação utiliza a umidade relativa do ar ao invés da razão de insolação.
  78. 78. 5.7) Penman-Monteith O Relatório de Consultores Especialistas nos Procedimentos para Revisão do Roteiro da FAO, com relação a Previsões de Requerimento de Água pelas culturas (Smith, 1991), chegou a conclusão unânime que a equação combinada de melhor performance na estimativa de ETo é a de Penman-Monteith.
  79. 79. O coeficiente de ajuste de tanque da FAO "kt", para o caso do tanque instalado em uma área gramada, foi assim definido por Allen e Pruitt (1991): kt = 0,108 - 0,000331 U2 + 0,0422 ln(F) + 0,1434 In(URmed) - 0,000631 [ln(F)]2 In(URmed) em que: U2 é a velocidade média do vento, medida a 2 m da superfície do solo (ou convertida para esta altura) (em km/dia). F é a distância da qual se encontra instalado o centro do tanque classe A até os limites da superfície gramada (em m). URmed é a umidade relativa média do ar (em %).
  80. 80. •O método do tanque classe A baseia-se na medição da evaporação da água no interior do tanque. •A seguinte equação é usada por esse método: ETo = kt. EV em que: • ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia). • kt é o coeficiente de ajuste de tanque proposto pela FAO. • EV é a evaporação da água medida no tanque classe A (em mm/dia).
  81. 81. • Thornthwaite (1948), a partir da correlação entre dados de evapotranspiração medida e temperatura do ar, elaborou método empírico. • Thornthwaite estabeleceu a seguinte equação para um mês de 30 dias; a C I T FETP        10 16 514,112 1 5         i it I  
  82. 82. Tabela 2: Fatores para correção da evapotranspiração potencial mensal, dada pelo nomograma Thornthwaite para ajustá-la ao número de dias do mês e duração do brilho solar diário, nos vários meses do ano e latitude entre 15 graus norte e 37 graus sul. (Fonte: VILLELA; 1975). Lat. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 15oN 0,97 0,91 1,03 1,04 1,11 1,08 1,12 1,08 1,02 1,01 0,95 0,97 10oN 1,00 0,91 1,03 1,03 1,08 1,05 1,08 1,07 1,02 1,02 0,98 0,99 5oN 1,02 0,93 1,03 1,02 1,06 1,03 1,06 1,05 1,01 1,03 0,99 1,02 Eq 1,04 0,94 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04 5oS 1,06 0,95 1,04 1,00 1,02 0,99 1,02 1,03 1,00 1,05 1,03 1,06 10 oS 1,08 0,97 1,05 0,99 1,01 0,96 1,00 1,01 1,00 1,06 1,05 1,10 15 oS 1,12 0,98 1,05 0,98 0,98 0,94 0,97 1,00 1,00 1,07 1,07 1,12 20 oS 1,14 1,00 1,05 0,97 0,96 0,91 0,95 0,99 1,00 1,08 1,09 1,15 22 oS 1,14 1,00 1,05 0,97 0,95 0,90 0,94 0,99 1,00 1,09 1,10 1,16 23 oS 1,15 1,00 1,05 0,97 0,95 0,89 0,94 0,98 1,00 1,09 1,10 1,17 24 oS 1,16 1,01 1,05 0,96 0,94 0,89 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,17 25 oS 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,88 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18 26 oS 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,87 0,92 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18 27 oS 1,18 1,02 1,05 0,96 0,93 0,87 0,92 0,97 1,00 1,11 1,12 1,19 28 oS 1,19 1,02 1,06 0,95 0,93 0,86 0,91 0,97 1,00 1,11 1,13 1,20 29 oS 1,19 1,03 1,06 0,95 0,92 0,86 0,90 0,96 1,00 1,12 1,13 1,20 30 oS 1,20 1,03 1,06 0,95 0,92 0,85 0,90 0,96 1,00 1,12 1,14 1,21 31 oS 1,20 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,96 1,00 1,12 1,14 1,22 32 oS 1,21 1,03 1,06 0,95 0,01 0,84 0,89 0,95 1,00 1,12 1,15 1,23 33 oS 1,22 1,04 1,06 0,94 0,90 0,83 0,88 0,95 1,00 1,13 1,16 1,23 34 oS 1,22 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,84 1,00 1,13 1,16 1,24 35 oS 1,23 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,17 1,25 36 oS 1,24 1,04 1,06 0,94 0,88 0,81 0,86 0,94 1,00 1,13 1,17 1,26 37 oS 1,25 1,05 1,06 0,94 0,88 0,80 0,86 0,93 1,00 1,14 1,18 1,27
  83. 83. • A equação proposta por Hargreaves e Christiansen (1973) é de fácil uso e requer dados de temperatura, umidade e latitude. Ela se aproxima muito da evapotranspiração da grama, podendo ser usada com dados climáticos do Brasil. • A evapotranspiração (já modificada para os dados climáticos disponíveis no Brasil) é dada por:
  84. 84. Onde: F = fator mensal dependente da latitude (em mm/mês – Tabela 1). TF = temperatura média em °F. CH = fator de correção da umidade relativa média mensal. Mas, TF = 32 + 1,8T (T em °C). CH = 0,158 x (100 – U)1/2, com o valor máximo de 1,0.
  85. 85. LAT SUL MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 0 2.255 2.008 2.350 2.211 2.165 2.023 2.123 2.237 2.200 2.343 2.205 2.229 -1 2.288 2.117 2.354 2.197 2.137 1.990 2.091 2.216 2.256 2.358 2.234 2.265 -2 2.371 2.136 2.357 2.182 2.108 1.936 2.059 2.194 2.251 2.372 2.263 2.301 -3 2.353 2.154 2.360 2.167 2.079 1.902 2.076 2.172 2.246 2.386 2.290 2.337 -4 2.385 2.172 2.362 2.151 2.050 1.908 1.993 2.150 2.240 2.398 2.318 2.372 -5 2.416 2.189 2.363 2.134 2.020 1.854 1.960 2.126 2.234 2.411 2.345 2.407 -6 2.447 2.205 2.363 2.117 1.989 1.800 1.926 2.103 2.226 2.422 2.371 2.442 -7 2.479 2.221 2.363 2.099 1.959 1.785 1.893 2.078 2.218 2.433 2.397 2.476 -8 2.509 2.237 2.362 2.081 1.927 1.700 1.858 2.054 2.210 2.443 2.423 2.520 -9 2.538 2.251 2.360 2.062 1.896 1.715 1.824 2.028 2.201 2.453 2.448 2.544 -10 2.567 2.266 2.357 2.043 1.864 1.673 1.789 2.003 2.191 2.462 2.473 2.577 -11 2.596 2.279 2.354 2.023 1.832 1.644 1.754 1.976 2.180 2.470 2.407 2.010 -12 2.575 2.292 2.350 2.002 1.799 1.608 1.719 1.950 2.169 2.477 2.520 2.043 -13 2.657 2.305 2.345 1.981 1.767 1.572 1.684 1.922 2.157 2.484 2.543 2.075 -14 2.680 2.317 2.340 1.959 1.733 1.536 1.648 1.895 2.144 2.490 2.566 obs -15 2.707 2.328 2.334 1.937 1.700 1.500 1.612 1.867 2.131 2.496 2.588 obs -16 2.714 2.339 2.327 1.914 1.666 1.404 1.576 1.838 2.117 2.500 2.610 2.769 -17 2.760 2.349 2.319 1.891 1.632 1.427 1.540 1.809 2.103 2.504 2.631 2.799 -18 2.785 2.359 2.311 1.867 1.598 1.391 1.504 1.780 2.089 2.508 2.651 2.930 -19 2.811 2.368 2.302 1.843 1.564 1.354 1.467 1.750 2.072 2.510 2.671 2.859 -20 2.835 2.377 2.293 1.818 1.529 1.319 1.471 1.719 2.056 2.512 2.691 2.899 -21 2.860 2.395 2.282 1.792 1.494 1.281 1.394 1.689 2.039 2.514 2.710 2.918 -22 2.883 2.392 2.272 1.767 1.459 1.244 1.357 1.658 2.021 2.514 2.728 2.947 -23 2.907 2.399 2.260 1.740 1.423 1.208 1.320 1.626 2.003 2.514 2.747 2.975 -24 2.930 2.405 2.248 1.713 1.388 1.171 1.283 1.595 1.984 2.513 2.754 3.003 -25 2.952 2.411 2.234 1.686 1.352 1.104 1.246 1.583 1.965 2.512 2.781 3.031 -26 2.975 2.416 2.221 1.659 1.316 1.097 1.209 1.530 1.945 2.510 2.798 3.058 -27 2.996 2.420 2.206 1.630 1.280 1.001 1.172 1.497 1.924 2.507 2.814 3.085 -28 3.018 2.424 2.191 1.502 1.244 1.024 1.134 1.464 1.903 2.503 2.830 3.112 -29 3.039 2.427 2.178 1.573 1.208 0.988 1.097 1.431 1.881 2.499 2.845 3.139 -30 3.059 2.430 2.159 1.544 1.172 0.952 1.060 1.397 1.859 2.494 2.859 3.185 -31 3.079 2.432 2.142 1.514 1.135 0.916 1.023 1.364 1.836 2.493 2.874 3.191 -32 3.099 2.434 2.125 1.484 1.099 0.830 0.996 1.329 1.812 2.493 2.883 3.217 -33 3.119 2.435 2.106 1.453 1.067 0.844 0.949 1.295 1.788 2.476 2.901 3.242 -34 3.138 2.436 2.087 1.422 1.026 0.808 0.912 1.261 1.764 2.469 2.914 3.268 -35 3.157 2.436 2.068 1.391 0.999 0.773 0.876 1.226 1.739 2.460 2.927 3.293 -36 3.149 2.415 2.030 1.348 0.945 0.731 0.832 1.180 1.698 2.430 2.914 3.289 -37 3.120 2.378 1.980 1.297 0.895 0.606 0.784 1.129 1.647 2.385 2.982 3.265
  86. 86. Onde: F = Tabela 1 U = umidade relativa média mensal (%) T = temperatura média mensal (oC)   4Ux2UUU 00:2400:1800:12    4TTxT2TT minmax00:2400:12 
  87. 87. Apenas alguns de seus parâmetros são estimados por fórmulas empíricas, tal como a função do vento. ETo = c.[W.Rn + (1-W).0,27(1+0,01.U2).(ea - ed)] em que: • ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia). • c é o fator de ajuste proposto pela FAO (adimensional). Este fator corrige os valor de ETo tendo em conta os valores da humidade relativa máxima, URmax, da radiação solar, Rs, e da relação entre as velocidades do vento durante o dia relativamente aquelas que ocorrem durante a noite. • W é o fator de ponderação, que depende da temperatura e da altitude.
  88. 88. Em que: • λ é a constante psicrométrica (em mbar/°C) e δ é a declividade da curva de pressão de saturação de vapor de água com a temperatura (em mbar/ °C) • Rn é o saldo de radiação (em mm/dia) - corresponde à diferença entre a radiação afluente e a radiação efluente. Pode ser calculada desde que se disponha de dados da radiação solar, do número de horas de insolação, da temperatura, e da umidade. • U2 é a velocidade média do vento, medida a 2 m da superfície do solo (ou convertida para essa altura) (em km/dia).
  89. 89. • (ea - ed) é o déficit de saturação que traduz a diferença existente entre a pressão de vapor à saturação a temperatura média do dia (mbar) e pressão real de vapor da água a temperatura de ponto de orvalho (mbar). O valor de ea é tabelado em função da temperatura média do ar em ºC. O valor de ed é igual ao produto de ea pela UR, em que UR é a humidade relativa do ar em %, tal que: ed = ea x URmédia/100 • (1-W) é um fator de ponderação correspondente aos efeitos do vento e da humidade. Os seus valores encontram-se relacionados com a temperatura média e a altitude. • W é um fator de ponderação correspondente aos efeitos da radiação. Os seus valores encontram-se relacionados com a temperatura média e a altitude. • O termo 0,27(1 + 0,01.U2) é denominado de função do vento [f(u)]. • O fator de ajuste da FAO "c" foi definido por Allen e Pruitt (1991) como: c = 0,892 - 0,0781 Ud + 0,00219 Ud Rs + 0,000402 URmax Rs + 0,000196 Ud/Un Ud URmax + 0,0000198 Ud/Un Ud URmax Rs + 0,00000236 Ud2 URmax Rs - 0,0000086 (Ud/Un)2 UdURmax - 0,0000000292 Ud/Un Ud2 URmax2 Rs - 0,0000161 URmax Rs2 em que: • Ud é a velocidade média do vento durante o dia (em m s-1). • Un é a velocidade média do vento durante a noite (em m s-1).
  90. 90. Foi desenvolvido originalmente para estimativas de uso consultivo em regiões semiáridas, e utiliza a seguinte equação: Onde: ETP = evapotranspiração mensal (mm/mês); T = temperatura média anual em oC; p = percentagem de horas diurnas do mês sobre o total de horas diurnas do ano.
  91. 91. A equação possui o seguinte formato: ETo = a + b [p (0,46 T + 8,13)] em que: • ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia). • a e b são fatores de ajuste da FAO (adimensionais). • p é a porcentagem de horas de brilho solar diária em relação ao total anual, para um dado mês e latitude. • T é a temperatura média do dia (em °C). Os fatores de ajuste da FAO, "a" e "b", foram definidos por Allen e Pruitt (1991) como: • a = 0,0043 URmin - n/N - 1,41 • b = 0,908 - 0,00483 URmin + 0,7949 n/N + 0,0768 [ln(Ud + 1)]2 -0,0038 URmin n/N-0,000433 URmin Ud +0,281 ln(Ud + 1) ln(n/N+1) - 0,00975 ln(Ud+1) [ln(URmin + 1)p ln(n/N + 1) em que: n/N é a razão entre o numero de horas de brilho solar atual e o máximo possível (adimensional). URmin é a umidade relativa mínima do ar (em %). Blaney e Criddle
  92. 92. O método da radiação tem sua origem na equação de Makkink (Allen e Pruitt, 1991) e é recomendado para regiões que dispõem de dados climáticos relacionados ao componente térmico, ou seja, à temperatura do ar e à radiação solar. A sua equação é expressa por: ETo = r (W Rs) em que: • ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia). • W é o fator de ponderação que depende da temperatura e da altitude (já definido anteriormente). em que: • λ é a constante psicrométrica (em mbar/°C) e δ é a declividade da curva de pressão de saturação de vapor de água com a temperatura (em mbar/°C) • Rs é a radiação solar global à superfície (em mm/dia). • r é o fator de ajuste proposto pela FAO, que foi definido por Frevert etal. (1983) como: r = 1,066 - 0,00128 URmed + 0,045 Ud - 0,0002 URmed Ud -0,0000315 (URmed)2 - 0,001103 (Ud)2 em que: • URmed é a umidade relativa média do ar (em %). • Ud é a velocidade média do vento durante o dia (em m s-1).
  93. 93.          6 104,86 wv l l R ETP  Onde: • ETP = Evapotranspiração potencial diária (mm/dia) • RL = Radiação líquida (W/m2); • lv = Calor latente de vaporização (J/kg) lv = 2,501 . 106 – 2370 . T ; • ρw = massa específica da água (ρw = 977 kg/m3); • T = Temperatura do ar (°C);
  94. 94. Onde: • ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia); • es = Pressão de vapor saturado (Pa) • ea = Pressão de vapor atual (Pa) ea = UR . es 2 1 2 ln 102,0               z z u B   as eeBETP           T T s ee 3,237 27,17 611 Onde: u = Velocidade do vento na altura z2 (m/s); z2 = Altura da medição da velocidade do vento (geralmente é adotado 2 m a partir da superfície); z1 = Altura de rugosidade da superfície natural.
  95. 95.                       ar EEETP    Onde: • ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia); • Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia); • Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico (mm/dia); • ∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C) • g = 66,8 Pa/°C
  96. 96.           rEETP   Onde: • ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia) • Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia); • ∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C) •  = 66,8 Pa/°C •  = 1,3
  97. 97. Sediyama (1995) fornece uma criteriosa análise dos concertos e dos procedimentos metodológicos de cálculos da ETo, e ressalta as dificuldades de utilização dos lisímetros, dos métodos de balanço de energia e aerodinâmicos ou combinados e da equação de Penman-FAO, sugerindo, então, que se estabeleça um critério e uma metodologia para atender a uma nova definição de cultura de referência e a estimativa de ETo, com base nos procedimentos para revisão do Boletim FAO-24, de acordo com Smith (1991).
  98. 98. A nova ETo é conceituada como a taxa de evapotranspiração (ET) de uma cultura hipotética, com uma altura uniforme de 0,12 m, resistência do dossel da cultura de 70 sm-1 e albedo de 0,23. Esse conceito de ETo assemelha-se bastante ao de ET de uma superfície extensa coberta com grama de altura uniforme, em crescimento ativo, e cobrindo completamente a superfície do solo e sem restrição de umidade.
  99. 99. O método combinado de Penman-Monteith tem fornecido melhores resultados de estimativa da ETo para o caso dessa cultura hipotética de referência, atendendo tanto a definição original de ET potencial de Penman quanto ao concerto de ETo da FAO. Para fins de padronização dos procedimentos de cálculos da nova proposta da ETo para estimativas de 24 horas, a seguinte equação combinada de Penman-Monteith foi proposta (SMITH, 1991): em que: • ETo é a evapotranspiração de referência da cultura hipotética (em mm d-1). • Rn é o saldo radiação (em MJ m-2 d-1). • G é o fluxo de calor no solo (em MJ m-2 d-1). • T é a temperatura do ar (em °C). • U2 é a velocidade do vento a 2 m de altura (em m s-1). • (ea - ed) é o déficit de pressão de vapor (em kPa). • δ é a declividade da curva de pressão de vapor de saturação (em kPa°C-1). • λ é o calor latente de evaporação da água (em MJ kg-1). • ɣ* é a constante psicrométrica modificada, em que kPa°C-1 = 1 + 0,33 U2.900 é o fator de conversão KJ-1 kg K.    da2n0 eeU 275T 900 *γδ γ λ 1 GR *γδ δ ETP      Penman-Monteith
  100. 100. Penman-Monteith     W a s a ds pAL 1 r r 1 r ee cGR E                            E [m.s-1 ] taxa de evaporação da água;  λ [MJ.kg-1 ] calor latente de vaporização;  Δ [kPa.ºC-1 ] taxa de variação da pressão de saturação do vapor;  RL [MJ.m-2 .s-1 ] radiação líquida na superfície;  G [MJ.m-2 .s-1 ] fluxo de energia para o solo;  A [kg.m-3 ] massa específica do ar;  W [kg.m-3 ] massa específica da água;  cp [MJ.kg-1 .ºC-1 ] calor específico do ar úmido (cp = 1,013.10-3 MJ.kg-1 .ºC-1 );  es [kPa] pressão de saturação do vapor;  ed [kPa] pressão do vapor;  γ [kPa.ºC-1 ] constante psicrométrica ( = 0,66)  rs [s.m-1 ] resistência superficial da vegetação (descrita no item B.4) ra [s.m-1 ] resistência aerodinâmica (descrita no item B.3)
  101. 101. Culturas Período de crescimento (meses) Coeficientes de evapotranspiração ”k” Litoral Zona Árida Algodão 7 0,60 0,65 Arroz 3-4 1,00 1,20 Batata 3 0,65 0,75 Cereais menores 3 0,75 0,85 Feijão 3 0,60 0,70 Milho 4 0,75 0,85 Pastos - 0,75 0,85 Citrus - 0,50 0,65 Cenoura 3 0,60 - Tomate 4 0,70 - Hortaliças 0,60 -
  102. 102. CULTURA ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA PERIODO TOTAL DE CRESCIMENTO(I) (lI) (III) (IV) (V) Banana - tropical - subtropical 0,4-0,50 0,5-0,65 0,70-0,85 0,80-0,90 1,00-1,10 1,00 -1,20 0,90 -1,00 1,00-1,15 0,75-0,85 1,00- 1,15 0,70-0,80 0,85-0,95 Feijão -verde -seco 0,30 -0,40 0,30 -0,40 0,65-0,75 0,70 -0,80 0,95 - 1,05 1,05-1,20 0,90-0,95 0,65-0,75 0,85 -0,95 0,25 -0,30 0,85 -0,90 0,70 -0,80 Repolho 0,40 -0,50 0,70-0,80 0,95 -1,10 0,90-1,00 0,80 -0,95 0,70 -0,80 Algodão 0,40 -0,50 0,70 -0,80 1,05-1,25 0,80 -0,90 0,65 -0,70 0,80 -0,90 Amendoim 0,40-0,50 0,70-0,80 0,95 -1,10 0,75-0,85 0,55 -0,60 0,75-0,80 Milho - verde -grilos 0,30-0,50 0,30 -0,50 0,70 -0,90 0,80 -0,85 1,05-1,20 1,05-1,20 1,00-1,15 0,80-0,95 0,95 -1,10 0,55 -0,60 0,80 -0,95 0,75 -0,90 Cebola -seca -verde 0,40 -0,60 0,40 -0,60 0,70-0,80 0,60-0,75 0,95 -1,10 0,95 -1,05 0,85-0,90 0,95-1,05 0,75 -0,85 0,95 -1,05 0,80 -0,90 0,65 -0,80 Ervilha 0,40 -0,50 0,70-0,85 1,05-1,20 1,00-1,15 0,95 -1,10 0,80 -0,95 Pimenta 0,30 -0,40 0,60-0,75 0,95 -1,10 0,85-1,00 0,80 -0,90 0,70 -0,80 Batata 0,40 -0,50 0,70-0,80 1,05-1,20 0,85-0,95 0,70 -0,75 0,75 -0,90 Arroz 1,10 -1,15 1,10 -1,50 1,10 -1,30 0,95-1,05 0,95 -1,05 1,05 -1,20 Açafrão 0,30 -0,40 0,70-0,80 1,05-1,20 0,65-0,70 0,20 -0,25 0,65 -0,70 sorgo 0,30-0,40 0,70-0,75 1,00- 1,15 0,75-0,80 0,50-0,55 0,75-0,85 Soja 0,30 -0,40 0,70 -0,80 1,00 -1,15 0,70-0,85 0,40-0,50 0,75 -0,90 Beterraba 0,40 -0,50 0,75-0,85 1,05-1,20 0,90-1,00 0,60 -0,70 0,80 -0,90 cana-de- açúcar 0,40 -0,50 0,70-1,00 1,00 -1,30 0,75-0,80 0,50 -0,60 0,85 -1,05 Fumo 0,30 -0,40 0,70-0,80 1,00 -1,20 0,90-1,00 0,75 -0,85 0,85 -0,95 Tomate 0,40 -0,50 0,70-0,80 1,05 -1,25 0,80-0,95 0,60 -0,65 0,75 -0,90 Melancia 0,40 -0,50 0,70 -0,80 0,95-1,05 0,80-0,90 0,65 -0,75 0,75 -0,85 Trigo 0,30 -0,40 0,70 -0,80 1,05- 1,20 0,65-0,75 0,20-0,25 0,80 -0,90 Alfafa 0,30 -0,40 1,05-1,20 0,85 -1,05 Citros 0,85-0,90 Primeiro número: UR > 70% e velocidade do vento < 5 m/s. Segundo número: UR < 20% e velocidade do vento > 5 m/s. Caracterização dos estágios: - Estágio I -emergência até 100% do desenvolvimento vegetativo (DV). - Estágio II - 10% do DV até 80% do DV. - Estágio III - 80% do DV até 100% do DV. - Estágio IV- maturação. - Estágio V – colheita.
  103. 103. • Equação da continuidade no lago • ou ainda, A.PA.EOI t V      A tV P A OI E       A V 000.1P A OI 592.2E     • Para: A – km2 P – mm/mês E – mm/mês I e O – m3/s • Temos, então: • sabemos que: V = a . Ab
  104. 104. • Hexadecanol –Redução de até 40% –Inconvenientes • Coberturas Sólidas –Alagoas  (tanques 2,0 m e h = 1,10 m) placas de isopor (10,0 cm x 20,0 cm)  - 39%. Parafina  - 9% Plantas aquáticas  + 4%.
  105. 105. Processo de Transpiração no Sistema Solo Planta Atmosfera. A transpiração ocorre desde as raízes até as folhas, pelo sistema condutor, pelo estabelecimento de um gradiente de potencial desde o solo até o ar. Quanto mais seco estiver o ar (menor Umidade Relativa), maior será esse gradiente.
  106. 106. Transpiração –Principal fator determinante do movimento da água através da planta –Pode ocorrer em qualquer parte do organismo, no entanto mais 90% ocorre na folha Quantidade de água utilizada para metabolismo e crescimento 5 % e perdida pela transpiração para a atmosfera 95% CO2 H2O 1 : 300
  107. 107. Benefício da Transpiração para a Planta –Trade-off entre CO2 e Água (trocas gasosas): Perde água pra ganhar CO2 –Perda de água torna a planta mais vulnerável Eficiência na relação transpiração e absorção de CO2 – é a razão entre moles de CO2 fixado pelos moles de água trasnpirada –Plantas C3, C4 e MAC teem eficiência de 0,002, 0,004 e 0,02 respectivamene. Entre as MAC estão as adaptadas a clima seco. CO2 H2O 1 : 300
  108. 108. É a eliminação de água na forma de vapor através das folhas, principal superfície de contato do vegetal com o ambiente. Ocorre pelos Estômatos (cerca de 99%) e pela cutícula de cutina da epiderme(1%).
  109. 109. Transporte de água no sistema Solo-Planta-Atmosfera
  110. 110. córtex pelo absorvente epiderme endoderme Água e Sais
  111. 111. xilema floema RaizFolha
  112. 112. FUNÇÕES : transpiração e trocas gasosas durante a respiração(entra O2, sai CO2) e fotossíntese (entra CO2, sai O2). Abertura e Fechamento dos Estomatos
  113. 113. • São anexos epidérmicos das folhas constituídos por duas células-guardas ou estomáticas repletas de cloroplastos, que delimitam entre elas uma fenda chamada ostíolo. • Ao lado aparecem duas ou mais células conhecidas por anexas, companheiras ou subsidiárias. • O ostíolo abre-se, no interior da folha, numa grande cavidade denominada câmara subestomática.
  114. 114. • Xilema ou Lenho: condução de seiva inorgânica(bruta) das raízes até as folhas. • Floema ou Líber: condução de seiva elaborada(orgânica) das folhas para o caule e raízes .
  115. 115. • Células mortas por impregnação de lignina. • Associadas à fibras de esclerênquima. • Apresenta dois tipos de células. 1. Elementos do Vasos • paredes transversais e citoplasma desaparecem, formando tubos superpostos que se comunicam através de perfurações e pontuações em suas paredes. • Só existem em Angiospermas. 2. Traqueídes • paredes transversais não desaparecem, a comunicação entre as células é feita através de pontuações. • Aparecem de Pteridófitas a Angiospermas (por isso chamadas de traqueófitas).
  116. 116. O xilema é um tecido complexo que além de atuar como tecido condutor atua como sustentação do vegetal.
  117. 117. • Capilaridade • Pressão Positiva da Raiz • Teoria de Dixon da Transpiração (coesão-adesão-sucçao- tensão)
  118. 118. • Fenômeno físico que resulta das propriedades de adesão e coesão das moléculas de água • Em um vaso xilemático com cerca de 30 a 50 micrômetros de diâmetro, o fenômeno da capilaridade é suficiente para elevar a coluna de água a pouco mais de 0,5m acima do solo • Sozinha não é suficiente para a ascensão da seiva bruta Onde: T é a tensão superficial da água (7,28 . 10-8MPa m-1) r é o raio de curvatura do menisco
  119. 119. A tensão superficial resulta da existência de forças de atração de curto alcance entre as moléculas do líquido chamadas forças moleculares de London van der Waals de coesão, forças moleculares de coesão ou simplesmente forças de coesão. A distância limite de atuação dessas forças, isto é, a distância máxima que uma molécula consegue exercer atração sobre as outras, delimita uma esfera de raio r conhecida pelo nome de esfera de ação das forças moleculares ou simplesmente esfera de ação molecular. Para a água, r não excede 0,5 nm.
  120. 120. • Moléculas como M1 ou M2, cujas esferas de ação molecular se encontram totalmente dentro do líquido, atraem e são atraídas simetricamente por todas as moléculas vizinhas e a resultante sobre elas é nula. • Molécula cuja esfera de ação não esteja inteiramente no interior do líquido, como M3 por exemplo, as forças sobre ela não se equilibram. Isso porque a calota inferior da esfera de ação (área hachurada) está cheia de moléculas que atraem tal molécula, mas a calota correspondente superior, caindo fora do líquido, não está cheia de moléculas como a inferior para atraí-la. Como consequência, esta molécula é atraída para o interior do líquido pela resultante dessas forças de coesão não equilibradas.
  121. 121. Pode-se medir a pressão positiva da raiz de uma planta pelo deslocamento da coluna de mercúrio em um tubo de vidro adaptado a um caule recém cortado. • Causada pela alta concentração de sais minerais no cilindro central • A diferença de concentração salina entre o cilindro e o córtex força a entrada de água por osmose, gerando a pressão que faz a seiva subir pelos vasos xilemáticos • Raízes empurram a seiva bruta para cima • Suficiente para elevar a coluna de água nos vasos xilemáticos a alguns metros de altura
  122. 122. Ocorre na maioria das plantas somente quando: • o solo está encharcado. • a umidade do ar é elevada. Nessas condições, muitas plantas de pequeno porte necessitam eliminar o excesso de água que chega às folhas através de hidatódios, num fenômeno conhecido como Gutação.
  123. 123. Seiva bruta é puxada desde as raízes até as folhas como resultado da evaporação de água ocorrida nas células foliares. A sucção de água exercida pelas folhas puxa a água para cima através de uma coluna líquida contínua dentro dos vasos xilemáticos.
  124. 124. • Sucção: decorrente da transpiração e da fotossíntese; • Coesão: entre as moléculas de água; • Adesão: parede do vaso atrai a água; • Tensão: a sucção gera a tensão, já que há coesão.
  125. 125. Na folha a água envolve a superfície das células do mesófilo com uma fina película, aderida às microfibras de celulose e outras superfícies hidrofílicas. Quando a água é perdida pela atmosfera a interface ar-água retrai-se nos intertícios da parede celular. Isto cria meniscos microscópicos curvos na superfície da ar-água. A medida que evapora a superfície ar-água desenvolve meniscos de raios cada vez menores e a tensão superficial nesta interfase produz pressões cada vez mais negativas, a qual tende a deslocar cada vez mais líquida para esta superfície
  126. 126. • Forças moleculares de London van der Waals de coesão, forças moleculares de coesão ou simplesmente forças de coesão. • Força tensil da água 30 Mpa (1MPa=9,87 atm = 10 mca) ou seja 300 mca. • Coluna de ar no Xilema rompe a coesão da massa líquida de água. Estrutura da água e hidratação. A. Molécula da água como dipolo. B. Rede de moléculas de água por meio de ligações por pontes de hidrogênio. C. Disposição de moléculas de água no gelo cristalino, átomos de oxigênio e ligações por pontes de hidrogênio (vermelho). D. Estruturas reticuladas tridimensionais de moléculas de água; zonas internas diárias sem ligações por pontes de hidrogênio. E. Cátion com capa de hidratação. F. Ânion com capa de hidratação. G. Partícula eletroneutra hidratada com distribuição desigual de carga (dipolo) (C segundo Watson. D segundo Nemethy e Schcraga).
  127. 127. Coesão e adesão das moléculas de água
  128. 128. • Causada pela alta concentração de sais minerais no cilindro central. • A diferença de concentração salina entre o cilindro e o córtex força a entrada de água por osmose, gerando a pressão que faz a seiva subir pelos vasos xilemáticos.
  129. 129. Ilustração dos diferenciais de energia que impulsionam o movimento da água do solo, nas raízes, o caule, nas folhas e saída para a atmosfera. A água se move de uma tensão menos negativa de umidade do solo a uma tensão mais negativa na atmosfera.
  130. 130. • A água no sistema solo-planta-atmosfera busca constantemente o equilíbrio termodinâmico obedecendo à tendência universal de se mover de locais onde apresenta maior energia para aqueles onde os níveis energéticos é mais baixo. • A energia associada ao sistema água-planta-atmosfera é de natureza cinética e potencial. A contribuição do componente cinético é normalmente insignificante devido à baixa velocidade do movimento da água líquida na planta. • Entretanto, a água neste sistema possui energia potencial desde que se desloca em resposta a certas forças inerentes ao organismo vegetal. • Na maioria dos sistemas biológicos, o fluxo de água é controlado pelo potencial hídrico (Yw), com a água se movendo de regiões de maior para regiões de menor potencial hídrico. • Uma exceção importante é o fluxo da seiva floemática que é controlado pela pressão.
  131. 131. Yw Yw Yw Yw Yw Ys
  132. 132. Yw - Potencial Hídrico Ys - Potencial de Solutos Yp - Potencial de Pressão Ym - Potencial Mátrico Yg - Potencial Gravitacional • Principais fatores: concentração, pressão, forças de superfície e coloidais e gravidade Yw = Ys + Yp + Ym + Yg
  133. 133. • O termo Ys , conhecido como potencial de soluto ou potencial osmótico, representa o efeito dos solutos dissolvidos sobre o potencial hídrico. • As moléculas dipolares da água são atraídas e retidas pelos solutos (cátions e ânions), induzindo um decréscimo na atividade da água. • Assim, o potencial osmótico tem quase sempre valor negativo. • Ele é zero quando a água é pura.
  134. 134. • O termo Yp corresponde ao potencial de pressão. • Quando a pressão for positiva há aumento do Yw, quando negativa (tensão) há diminuição do Yw. • Quando nos referimos à pressão positiva dentro da célula, Yp é usualmente denominado de potencial de turgescência. • A pressão positiva em solos inundados (com lâmina de água acima do solo) é comumente referida como pressão hidrostática. • O Yp pode ser positivo, como ocorre nas células túrgidas, podendo alcançar também valores negativos, o que ocorre nos vasos do xilema de plantas transpirando, ou pode ser igual a zero, como nas células em estado deplasmólise incipiente.
  135. 135. • O potencial mátrico (Ym) é o componente do potencial hídrico que define as influências que as forças superficiais e espaços intermicelulares exercem sobre o potencial químico da água. • O potencial mátrico é devido primariamente à pressão negativa local,causada pela capilaridade, e pela interação da água com as superfícies sólidas (partículas dos solo, macromoléculas coloidais, etc.). • O Ym é, em geral negativo, podendo ser zero em sistemas isentos de partículas coloidais. Seu valor é desprezível em células diferenciadas que apresentam grandes vacúolos. • O Ym é importante na caracterização do processo de embebição de sementes e nas relações hídricas de solos. • A tensão negativa formada nas paredes celulares e transmitida aos vasos do xilema é também referida como potencial mátrico.
  136. 136. • O Yg representa o potencial gravitacional e expressa a ação do campo gravitacional sobre a energia livre da água. • É definido como o trabalho necessário para manter a água suspensa em determinado ponto em relação a atração da gravidade. • O efeito da gravidade sobre o Yw depende da densidade da água (w), da aceleração da gravidade (g) e da altura (h) em relação a um ponto de referência.
  137. 137. Quando estuda- se o transporte de água em células vegetais, podemos simplificar a equação do potencial hídrico para:
  138. 138. Sistema solo-planta-atmosfera, mostrando os valores de Yw e de seus componentes em diferentes pontos do sistema (Taiz & Zeiger, 1998)
  139. 139. 10 m 20 m 30 m Yp = -0.2 MPa Yg = +0.1 Yw = -0.1 Yp decresce 0,01 MPa por metro. (Estas condições, muitas vezes, mas não sempre, ocorrem à noite, quando a árvore não está transpirando)
  140. 140. Yp = -0.4 MPa Yg = +0.1 Yw = -0.3 10 m 20 m 30 m Yp = -0.6 MPa Yg = +0.2 Yw = -0.4 Yp = -0.8 MPa Yg = +0.3 Yw = -0.5
  141. 141. Flux = ΔΨ * K Flux = ΔΨ * 1/R The flux of water (volume or mass per unit time) through a plant (or plant part) is equal to the water potential differential multiplied by the conductance of the plant or plant part (Resistance = 1/Conductance)
  142. 142. Jones 1983
  143. 143. • Em solos muito secos, o Yw pode cair até o conhecido valor do ponto de murcha permanente, quando não existe mais água disponível para as plantas. •Neste ponto, o Yw do solo é tão baixo que a planta não pode manter a turgescência, mesmo que toda a transpiração seja parada. • A planta permanece murcha mesmo à noite, quando a transpiração cessa quase inteiramente. Isso significa que o Yw do solo é igual ao Ys da folha (neste caso Yp = 0 e Yw = Ys ). • Em muitos estudos considera-se o valor de – 1,5 MPa para o potencial hídrico do solo, correspondente ao ponto de murcha permanente. • No entanto, visto que o Ys varia com a espécie vegetal, o ponto de murcha permanente (PMP) depende não apenas do solo, mas, também, da espécie em estudo.
  144. 144. • A capacidade de campo é o conteúdo de água do solo após ele ter sido saturado com água e o excesso ter sido drenado pela ação da gravidade. • É maior em solos argilosos, solos que possuem alto conteúdo de húmus e muito menor nos solos arenosos.