Em todas as alternativas há marcas de oralidade exceto Engraçadinho fala logo com quem quer falar

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PORTUGUÊS F1 Módulos 25 e 26 Pronomes indefinidos e demonstrativos / Níveis de linguagem I Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M214 e PORT1M215 1 (BELAS ARTES) Passa-me livro que tens aí na mão para consultar o índice. a) este; eu b) esse; eu c) esse; mim d) este; mim e) aquele; eu 2 Assinale as frases em que os pronomes o, a, os e as foram empregados como pronomes demonstrativos. a) Não o entendo. b) Não entendo o que você diz. c) Foi ela a que nos questionou. d) Enumerou-as até a última. e) São essas as que foram enumeradas. f) Os que nos aplaudiam eram eles. g) Aplaudiu-os com entusiasmo. 3 (BELAS ARTES) Para, que venho de lá distância, é impossível chegar cedo. a) eu; daquela b) eu; dessa c) eu; desta d) mim; daquela e) mim; desta 4 Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. (MACKENZIE) Em relação ao termo destacado na fragmento acima, de Morte e Vida Severina, é correto afirmar que se trata de a) um artigo definido. b) um pronome demonstrativo. c) um pronome pessoal. d) uma conjunção. e) um substantivo. 5 (UNIFENAS) Em muitos casos, o mes - mo período pode ser organizado de diferentes maneiras sem alteração do sentido. Indique a alternativa em que, alterando-se a posição do adjetivo ou do pronome destacado, em relação ao substantivo correspondente, não se provoca mudança de sentido da expressão. a) A freira encontrou-se com o homem pobre. b) O grande chefe do narcotráfico entregouse à polícia. c) A palavra foi dirigida a mestres simples. d) Nessas aflitas paragens, não mais se ouve o piar da esquiva perdiz. e) Homem algum é capaz de prever o fim do mundo. 6 (CGE) Toda ciência contém, em seus fundamentos, uma mitologia. Para muitos, mitologia é coisa da fantasia, enquanto a ciência se constitui em fala de gente séria. Na passagem acima, os pronomes que subs ti - tuem, pela ordem, os termos sublinhados sem que haja alteração de sentido são: a) esta/essa. b) aquela/esta. c) essa/aquela. d) esta/aquela. e) aquela/essa. 7 (PUC-RJ) Reescreva o período abaixo, substituindo as repetições desnecessárias por elementos equivalentes. João e José nunca chegam a um acordo com Antônio. Se Antônio acha correta uma atitude, João logo a considera ruim e José recusa-se até mesmo a discuti-la. 1 Em todas as alternativas há marcas de ora - lidade, isto é, expressões típicas da linguagem falada, exceto: a) Se você ficar olhando pra ela feito bobo, a manga cai em cima de sua cabeça. b) Peraí, mãe. Acho que tô a ponto de des - maiar. c) As variações da língua de ordem geo grá - fica são chamadas de regionalismos. d) Dizque um chega, logo dão terra pra ele cultivar... É lavoura de café... e) Engraçadinho de uma figa! Como você se chama? 2 É bom quando a gente volta da escola, não tem nada de bom passando na TV normal, aí a gente pega e liga a TV a cabo, que tem sempre alguma coisa boa pra ver. (Sérgio Cleto Jr.) Tem um monte de esportes que eu adoro, principalmente futebol e tênis. (Diego Derenzo) Sobre as falas acima, pode-se afirmar que a) são exemplos do padrão culto da língua. b) representam o uso da linguagem vulgar, pois refletem a pouca cultura de quem emitiu as mensagens. c) são construções típicas do português fa - lado, ou seja, da linguagem coloquial. d) ferem claramente as normas gramaticais, não desempe nhan do seu papel comunicativo. e) representam um tipo de linguagem comum em textos literários e poéticos. 3 A gíria desceu o morro e já ganhou rótulo de linguagem urbana. A gíria é hoje o segundo idioma do brasileiro. Todas as classes sociais a utilizam. (Karme Rodrigues) Assinale a alternativa em que não se emprega o fenômeno linguístico tratado no texto. a) Aladarque Cândido dos Santos, enfer mei - ro, apresentou-se como voluntário para a mis - são de paz. Não tinha nada a ver com o pato e morreu em terra estrangeira envergando o uniforme brasileiro. b) Uma vez um passageiro me viu na cabine, não se conteve e disse: Como você se parece com a Carolina Ferraz! c) Chega de nhenhenhém e blablablá, vamos trabalhar. d) Há muitos projetos econômicos visando às classes menos favorecidas, mas no final quem dança é o pobre. e) Cara, se, tipo assim, seu filho escrever como fala, ele tá fer rado. D Assinale a alternativa em que não se veri - fica o uso de linguagem coloquial: a) Que há? Abra a porta pra mim entrar. (Mário de Andrade) b) Não quero mais o amor, / Nem mais quero cantar a minha terra. / Me perco neste mun - do. (Augusto Frederico Schmidt) c) Quando oiei a terra ardendo / Quá foguera de São João (Luiz Gonzaga) d) Qué apanhá sordado? / O quê? / Qué apanhá? / Pernas e braços na calçada. (Oswald de Andrade) e) Dê-me um cigarro / Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido (Oswald de Andrade) E Assinale a alternativa correta sobre lin - guagem popular. a) É usada informalmente pelos falantes de uma comunidade e obedece rigidamente às normas gramaticais. b) Não incorpora os registros coloquiais. c) É usada espontânea e fluentemente pelo po vo, mostrando-se quase sempre rebelde às normas gramaticais. d) É ensinada nas escolas, carregada de ví - cios, expressões vulgares e gírias. e) É utilizada pelos intelectuais em textos filo sóficos e didáticos. 73

Módulos 28 e 29 no Portal Objetivo PORT1M216 e PORT1M217 Pronomes relativos / Níveis de linguagem II 1 Classifique os pronomes destacados. Passemos por alto sobre os anos que decorreram desde o nascimento e batizado do nosso memorando, e vamos encontrá-lo já na idade de sete anos. Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não des - men tiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormentava a vizinhança com um choro sempre em oitava alta; era colérico; tinha ojeriza particular à madrinha, a quem não podia encarar, e era estranho até não poder mais. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias) 2 Assinale a alternativa que completa cor - reta mente as três frases que se seguem. O século vivemos tem trazido grandes transfor mações ao planeta. O ministro reafirma a informação o presidente se referiu em seu último pronun - ciamento. Todos lamentavam a morte do editor publicou obras importantes do Modernismo. a) onde a que que b) onde a que cujo c) em que que o cujo d) em que a que que e) em que de que o qual 3 Preencha os espaços pontilhados com os pronomes relativos onde ou em que. Lembrese de que o relativo onde só deve ser usado quando o antecendente indica lugar. a) O clube nado é perto de minha casa. b) A solução pensei não é adequada à situação. c) Não conheço a rua João mora. d) O país fui passar as férias é maravilhoso. e) Nagasaki é a cidade soltaram bombas atômicas. f) A questão você se concentrou não era rele vante. 4 (IME) Indique a frase em que o pronome relativo está empregado corretamente. a) Feliz o pai cujo os filhos são ajuizados. b) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar. c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna. d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar o meu quadro. e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude. 5 Corrija as frases incorretas do exercício anterior. F (FUVEST) Em que frase o espaço em branco deve ser preenchido apenas com pronome relativo e não com pronome relativo regido de preposição? a) Trata-se de joias de família jamais me desfarei. b) O candidato expôs planos ninguém confiou. c) Nesta rua, os serviços você tem acesso são inúmeros. d) Foi positivo o resultado a empresa atingiu. e) Eis o documento cópia me refiro. G Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do pronome relativo: a) O músico a cujo talento aludimos acaba de lançar novo CD. b) A tese sobre cujos argumentos seu livro se apoiava eram discutíveis. c) Falava-se sobre o delinquente a quem se atribuíam os mais graves delitos. d) Os crimes onde mais se viola a lei são os menos discutidos. e) Os depoimentos de que dispúnhamos eram insuficientes. 1 (UFF) Há exemplo de re gis tro coloquial no seguinte trecho: a) O verdadeiro autor da peça foi o escritor de discursos presidenciais H. Daryl. b) Cem mil pessoas morreram quase instan - taneamente. c) A Segunda Guerra acabou, começava a guerra fria. d) Aconselhado por Jimmy Byrnes (secretário de Estado), o pre sidente queria mostrar aos soviéticos que não apenas tinha a bomba, mas tinha peito para usá-la. e) A bordo do navio Augusta, no retorno para os EUA depois de par ticipar da cúpula aliada em Postdam (Alemanha), Truman autorizou o bombardeio. 2 O juiz refere-se ao uso indevido do pronome. Indique a frase em que ocorre o erro e faça a devida correção. 3 Em uma das falas da tirinha, há uma forma de uso popular ou coloquial não aceita no padrão culto da língua. Identifique a palavra ou expressão e corrija a frase. D Assinale a única alternativa em que não ocorre o emprego de expressões coloquiais. a) Nós, enquanto isso, continuaríamos con - denados a dar duro oito horas por dia... b)...após seis meses, todo aposentado sobe pelas paredes e implora para voltar a tra - balhar. c) Os americanos, ano após ano, trabalham seis horas a mais em relação ao ano anterior. d) A gente achava tudo um horror. e) Me informaram que o pessoal conseguiu se arranjar. I. A língua falada é mais solta, livre, espon - tânea e emotiva, pois reflete contato humano direto. II. A língua escrita é mais disciplinada, obe - dece às normas gramaticais impostas pelo padrão culto, dela resultando um texto mais bem elaborado. III.A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice de cultura a que todos pretendem chegar. IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas gramati - cais. E Sobre as afirmações acima: a) apenas I e II estão corretas. b) apenas II e III estão corretas. c) apenas II, III e IV estão corretas. d) apenas III e IV estão corretas. e) todas estão corretas. 74

PORTUGUÊS F1 Módulos 31 e 32 Pronomes exercícios / Ambiguidade Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M218 e PORT1M219 Orientação: O exercício 1 baseia-se na tira de Miguel Paiva: GATÃO DE MEIA-IDADE / Miguel Paiva 1 O pronome relativo onde (primeiro qua - dro) foi empregado correta mente? Justifique e, se necessário, reescreva a frase, corrigindo-a. 1 A propaganda acima é am bí gua. a) Identifique a pa lavra ou ex pressão que im - prime duplo sentido ao texto. b) Dê os dois significados que o termo ambíguo su gere. 2 (UFV) Al guém afirma: Eu vi o crime da varanda. Devido à ambiguidade do enunciado, pode-se pen sar em duas hipóteses. a) Quais são elas? b) Qual o termo da oração responsável pela ambiguidade? 2 (UFPA) Em os que creem que é possível distinguir de modo absoluto o bem do mal, a palavra grifada classifica-se, mor fo - logicamente, como a) pronome indefinido plural. b) artigo definido plural. c) artigo indefinido plural. d) pronome demonstrativo plural. e) pronome pessoal oblíquo átono de 3.ª pessoa do plural. 3 (UFRJ) No período: Luísa e Maria estudaram na Europa: esta em Paris, aquela em Roma, entende-se que a) Luísa estudou em Roma. b) Maria estudou em Roma. c) Luísa estudou em Paris. d) Luísa e Maria estudaram em Roma. e) Luísa e Maria estudaram em Paris. 4 Há quem pense que as empresas jorna lís ti - cas, ao pro mover o uso de jornais na edu - cação, o fazem unica men te com o objetivo de criar o leitor do futuro. 3 (CÁSPER LIBERO) Por vezes, pe - quenos descuidos podem ocasionar problemas de ambiguidade de sentido em certos períodos. Dos trechos abaixo, extraídos do livro Comunicação em Prosa Moderna (de Othon M. Garcia), apenas um não permite dupla interpretação. Indique-o. a) Para não ser mordido, o cão teve de ficar acorrentado. b) Ao sair de casa, deixou o fogão aceso. c) Depois do exame, o médico lhe disse que estava esperando bebê. d) Desde os três anos, meu pai já me ensinava a ler. e) Carlinhos, personagem principal, contava quatro anos de idade, quando o pai, desequi li - brado mental, matou sua mãe. 4 (FADISC) O professor Pasquale aponta uma frase de uma peça publicitária da Volkswagen: Diga seu preço, como exemplo das que apresentam ambiguidade de sentido devido ao uso do pronome seu. A explicação que melhor define a ambigui da - de da frase é: a) A intenção da mensagem em dizer que o comprador se dispõe a pagar uma quantia X por um carro de marca alemã. Em relação ao termo destacado, a classifi ca - ção e a justificativa de seu uso são as seguin - tes: a) artigo definido, pois determina um subs - tantivo subentendido na oração. b) pronome demonstrativo, pois substitui a ideia expressa na oração anterior. c) pronome pessoal, pois substitui um subs - tan tivo subenten dido na oração anterior. d) pronome demonstrativo, pois situa crono - lo gicamente a ação do verbo fazer. e) artigo definido, pois substantiva o verbo fazer, determi nando-o. E (PUC-RJ) Frequentemente, frases como as apresentadas abaixo são proferidas em conversações informais. Num texto formal escrito, porém, são inadequadas. Reescrevaas, sem modificar o seu sentido e pontuação, mas adequando-as ao padrão da língua escrita. a) A menina que eu gosto dos olhos dela ainda não chegou. b) O homem que eu telefonei para ele ontem não estava em casa. c) A rua que eu gosto de correr é toda arbo - rizada. b) Um carro de marca alemã sempre tem seu preço, mas não preço do comprador. c) Pede-se que alguém diga o preço que aceita pagar por algo, mas também se pede a alguém que diga o preço pelo qual aceita vender-se. d) Pede-se a alguém que diga apenas o preço pelo qual aceita vender algo de que seja dono. e) O pronome seu dificilmente gera am bi - gui dade e o profes sor Pasquale está equi vo - cado. E A ambiguidade não é, necessariamente, um defeito dos textos. Em muitos deles nos pu - bli citários, principalmente, jogos de palavras envolvendo o duplo sentido tiram proveito desse recurso, produzindo textos criativos e curiosos, que prendem a atenção do leitor e fa - vo recem o consumo dos bens e serviços anun - cia dos. Todas as alternativas abaixo exem pli - ficam essa utilização da ambiguidade, exceto: a) No dia dos pais, dê notícias ao seu pai. (Assinatura de jornal) b) Tem coisas que só a PHILCO faz por você. (Televisor) c) Peça ao seu professor pra passar. (pro pa - ganda de perfume) d) Dessa escola todo mundo sai falando bem. (Escola de idiomas) e) Quem tem cabeça, investe em gado. (Fazenda Boi Gordo) 75

Módulos 34 e 35 no Portal Objetivo PORT1M220 e PORT1M221 Verbos I presente / Narração 1 É necessário que as mães histórias aos filhos, principalmente as que um fundo de verdade, ou seja, a mesma verdade que a vida. As lacunas do texto acima se preenchem cor - reta mente, na ordem dada, da seguinte maneira: a) côntem contém contém b) contêm contém contêm c) contem contêm contém d) cóntem contem contém e) contem contém contém 2 (UECE) Estão corretamente grafadas no singular e no plural as formas verbais do item: a) Qualquer meio de comunicação tem poder. Quaisquer meios de comunicação teem poder. b) O programa vém do Rio de Janeiro. Os programas vêm do Rio de Janeiro. c) A televisão intervém na vida do povo. As televisões intervêm na vida do povo. d) Aquele que retêm o dinheiro controla tudo. Aqueles que retém o dinheiro controlam tudo. 3 (ESPM) Na frase: Qualquer dia desses, passo na sua casa, Jacinto., a forma verbal grifada a) está no presente, indicando uma ação mo - mentânea ou pon tual. b) está no pretérito, indicando uma ação du - rativa ou repetitiva que começa num passado mais ou menos distante e perdura ainda no momento em que se fala. c) está no presente, indicando uma verdade universal. d) está no presente, indicando que a ação se dará num tempo fu turo. e) está no futuro, indicando que a ação se dará num tempo presente. 4 Complete os espaços, utilizando os verbos dos parên te ses no presente do indicativo ou no presente do subjun tivo. a) Hoje, nós, artistas, aqui a fim de parabenizá-los por esse grandioso evento. (vir) b) Os palhaços as crianças internadas que de cidades distantes. (entreter, provir) c) Os hospitais não de recursos, por isso não se a fazer cirurgias de emergência. (dispor, predispor) d) Os antigos moradores saudosos os rios que das montanhas. (rever, ver) e) As crianças pela chegada do Natal. (ansiar) f) Espero que tu ao bairro em que me criei. (ir) g) Eu não neste banco. (caber) E (ESPM) Em meio a um dos depoimentos nas Comissões Parlamentares de Inquérito em Brasília, o então ministro e deputado federal José Dirceu, ante as acusações, soltou um "eu repilo", forma verbal da primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo REPELIR. Dos verbos abaixo, pertencentes ao grupo do verbo REPELIR, um apresenta conjugação errônea. Assinale-a: a) CERZIR: eu cerzo meu paletó. b) ADERIR: eu adiro às suas ideias. c) COMPETIR: eu compito com você nessa carreira. d) DESPIR: eu dispo a roupa rapidamente. e) DISCERNIR: eu discirno um fato do outro. F (FGV) Leia os versos de Carlos Drummond de Andrade. Os amantes se amam cruelmente e com se amarem tanto não se veem. Um se beija no outro, refletido. Dois amantes que são? Dois inimigos. a) Reescreva os dois versos iniciais, pas - sando-os para a primeira pessoa do plural. b) Reescreva os dois últimos versos, subs ti - tuindo Um por Eu. (PUCCAMP) Atenção: As questões de números 1 a 3 referem-se ao texto seguinte. Leia-o com atenção. Dona Casemira vivia sozinha com seu cachor rinho. Era um cachorrinho preto e branco que Dona Casemira encontrara na rua um dia e levara para casa, para acompanhála na sua velhice. Pobre da Dona Casemira. Dona Casemira acordava de manhã e chamava: Dudu! O cachorrinho, que dormia na área de serviço do apartamento, levantava a cabeça. Vem, Dudu! O cachorrinho não ia. Dona Casemira preparava a comida do cachorrinho e levava até ele. Está com fome, Dudu? Dona Casemira botava o prato de comida na frente do cachorrinho. Come tudo, viu, Dudu? Dona Casemira passava o dia inteiro falando com Dudu. Que dia feio, hein, Dudu? Vamos ver nossa novela, Dudu? Vamos dar uma volta, Dudu? Dona Casemira e seu cachorrinho viveram juntos durante sete, oito anos. Até que Dona Casemira morreu. E no velório de Dona Casemira, lá estava o cachorrinho sentado num canto, com o olhar parado. A certa altura do velório o cachorrinho suspirou e disse: Pobre da Dona Casemira... Os parentes e amigos se entreolharam. Quem dissera aquilo? Não havia dúvida. Tinha sido o cachorro. O que... o que foi que você disse? perguntou um neto mais decidido, enquanto os outros recuavam, espantados. Pobre da Dona Casemira repetiu o cachorro. De certa maneira, me sinto um pouco culpado... Culpado por quê? Por nunca ter respondido às perguntas dela. (...) Agora é tarde. A sensação foi enorme. Um cachorro falando! Chamem a TV! E por que perguntou o neto mais decidido você nunca respondeu? É que eu sempre interpretei como sendo perguntas retóricas... (VERISSIMO, Luis Fernando. O Analista de Bagé. Porto Alegre, L&PM Editores, 1981, pp.47-48.) 1 O narrador desse texto a) permanece isento em relação ao fatos narrados, jamais os comentando ou neles interferindo. b) dá nome, a certa altura, ao sentimento que expe rimentava diante da vida da protagonista. c) indica não ser indiferente à solidão em que vivia Dona Casemira. d) é onisciente em relação a Dudu, mas não o é em relação à dona do cachorro. e) participa discretamente da ação narrada, sem o que não seria possível desenvolvê-la. 2 Nessa narrativa, a verossimilhança a) deve-se à linguagem de dicção infantil, que caracteriza a história como um típico caso comentado entre crianças. b) cede lugar ao elemento suprarreal, que possibilita os efeitos de imprevisível humor. c) deve-se à cena do velório, por meio da qual se esclarecem os fatos até então enigmáticos. d) quebra-se durante o velório, com a inter - ferência dos parentes e amigos. e) cede lugar ao humor na cena do velório, reconstituindo-se imprevisivelmente na última frase. 3 Assinale a alternativa em que se analisa cor - retamente o tipo de humor criado pelo texto. a) Combinação entre o macabro e o ridículo. b) Contraste entre o lírico e o grotesco. c) Sequência de clímax e anticlímax. d) Contraste entre o macabro e o irônico. e) Combinação entre o fantástico e o irônico. 76

PORTUGUÊS F1 Módulos 37 e 38 Verbos II imperativo / Elementos básicos da narração Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M222 e PORT1M223 1 (São Judas) Não olhe agora, mas você está sendo seguido. Caso desejássemos ade - quar o pronome pessoal e as formas verbais destacadas na frase à 2.ª pessoa do singular, teríamos as seguintes alterações: a) olhes, tu estás. b) olha, tu está. c) olha, tu estás. d) olhe, tu estás. e) olhes, tu está. 2 (Un. Passo Fundo) As seguintes má xi - mas foram extraídas e adaptadas do livro Empre sários do futuro: como os jovens vão con - quistar o mundo dos negócios, de Antoninho Marmo Trevisan (cf. Veja, 20/12/2000, p. 201). Numa delas introduziu-se, para os fins desta prova, um uso do imperativo em desacordo com a norma do padrão culto da língua. Tratase da alternativa: a) Procure preservar a autoestima dos outros. Você nunca ganhará nada se humilhar alguém. b) Não conte com reconhecimentos. Assim, você não se frustra e acaba sendo surpreendido pelo elogio. c) Exercite sua capacidade na difícil arte de receber críticas, expondo suas ideias em congressos técnicos. d) Curta as vitórias sempre, e engole as der - rotas. Elas fazem parte da vida. e) Não acretide que basta planejar para que tudo aconteça. As questões 1 e 2 referem-se ao texto apre - sentado a seguir. COISAS INCRÍVEIS NO CÉU E NA TERRA De uma feita, estava eu sentado sozinho num banco da Praça da Alfândega quando começaram a acontecer coisas incríveis no céu, lá para as bandas da Casa da Correção: ha via uns tons de chá, que se foram avinhando e se trans formaram nuns roxos de insupor tá - vel beleza. Insuportável, porque o sentimento de beleza tem de ser compartilhado. Quando me levantei, depois de findo o espetáculo, havia umas moças conhecidas, paradas à esquina da Rua da Ladeira. Que crepúsculo fez hoje! disse-lhes eu, ansioso de comunicação. Não, não reparamos em nada res - pon deu uma delas. Nós estávamos aqui esperando o Cezimbra. E depois ainda dizem que as mulheres não têm senso de abstração... 1 (ENEM) O episódio narrado permitiu que o narrador 3 Complete os espaços com o verbo no im - perativo afirmativo ou negativo. a) Não apressadamente aqueles que te criticam. (julgar) b) a sua fé em Deus! (pôr) c) Não me, eu te peço mais uma vez. (abandonar) d) -me uma cópia daquele contrato que você fez com nossa empresa. (enviar) e), agora, pois seu pai chegará daqui a pouco. (ir) f) -me os filmes que te emprestei. (devolver) 4 (U.E. Maranhão) No trecho: [ ] Ca - chaceiro! Dispa-se mais depressa! Cumpra o seu dever! (Mário de Andrade, O Poço ) a personagem usou a língua culta nas formas verbais destacadas. Assinale a opção que apresenta também uso correto do imperativo afirmativo: a) Despe-te mais depressa! Cumpre o teu dever! b) Despes-te mais depressa! Cumpres o teu dever! c) Despimo-nos mais depressa! Cumprimos o nosso dever! d) Despi-vos mais depressa! Cumprai o vosso dever! e) Dispem-se mais depressa! Cumprem o seu dever! a) achasse justo que nem todos se emocionem com a natureza. b) fizesse um comentário sobre a natureza feminina em geral. c) justificasse por que o sentimento de beleza tem de ser compartilhado. d) se lamentasse por sua solidão. e) tecesse uma crítica a quem não se preocupa com as mulheres. 2 (ENEM) O narrador do texto a) relata, observando de longe, os fatos que ocorrem ao homem sentado no banco. b) é testemunha dos fatos vividos pelas pro - tagonistas, que são objetivamente analisadas. c) é o protagonista, que expressa a intensi - dade de suas sensações e emoções. d) não faz parte do universo narrado, tra tan dose, assim, de um narrador em terceira pes soa. e) revela conhecimento pleno de tudo o que ocorre com as personagens, até mesmo de seus pensamentos. Atenção: A questão de número C refere-se ao texto apresentado a seguir. 5 (UNITAU) Leia os versos abaixo e assinale a alternativa correta. TENTE OUTRA VEZ Veja, Não diga que a canção está perdida, Tenha fé em Deus, Tenha fé na vida. Tente outra vez! Beba, Pois a água viva ainda está na fonte, Você tem dois pés para cruzar a ponte Nada acabou. (Raul Seixas) a) O autor preferiu empregar a linguagem coloquial, daí a utilização da 2.ª pessoa (tu) e da 3.ª pessoa (você) indiscrimina damente. b) O autor obedeceu às imposições da norma culta empre gando apenas a 2.ª pessoa do sin - gular. c) O autor respeitou as imposições da norma culta empre gando apenas a 3.ª pessoa para dirigir-se ao receptor. d) O autor respeitou a norma culta, uma vez que é permitido empregar simultaneamente a 2.ª e a 3.ª pessoa do singular quando se tratar do imperativo. e) O autor não respeitou a norma culta, pois não empregou o pronome pessoal de trata - mento adequado. Peregrinação Manuel Bandeira O córrego é o mesmo. Mesma, aquela árvore, A casa, o jardim. Meus passos a esmo (Os passos e o espírito) Vão pelo passado, Ai tão devastado, Reconhecendo triste Tudo quanto existe Ainda ali de mim Mim daqueles tempos! 3. (ENEM) Nesse poema, o poeta se refere a) a uma viagem feita em romaria a um lugar sagrado de sua religião. b) a um passeio sem destino por uma cidade em ruínas. c) à mesmice de uma cidadezinha qualquer, igual a tantas por onde já passara. d) a uma triste volta ao seu passado, que lhe revela quanto de si se perdeu no tempo. e) a uma terra distante que, nunca visitada, reconhece por ter sido tantas vezes imaginada. 77

Módulos 40 e 41 no Portal Objetivo PORT1M224 e PORT1M225 Verbos III pretérito e futuro / Tempo e espaço da narração O POETA Era uma noite eu dormia E nos meus sonhos revia As ilusões que sonhei! ( ) Meu Deus! Por que não morri? Por que no sono acordei? (Álvares de Azevedo, Lira dos Vinte Anos, Ed. Núcleo, p. 17.) 1 (TOLEDO) Se conjugarmos os verbos assinalados na 2.ª pessoa do singular, teremos, respectivamente, a) dormiste/reviste/sonhaste/morreste/acordaste b) dormias/revias/sonhavas/morrias/acordavas c) dormias/revias/sonhastes/morrestes/acordastes d) dormias/revias/sonhaste/morreste/acordaste e) dormíeis/reviste/sonhamos/morreste/acordaste 2 (UNIVALE) O câncer de pele está sendo detectado em pessoas cada vez mais jovens. Esse é um fenômeno que está sendo verificado em todo o mundo. Para Rogério Izar Neves, chefe do departamento de tumores cutâneos do Hos pi - tal do Câncer de São Paulo, a geração que chega agora aos 30 anos tomou sol de forma exagerada na década de 70, antes que os fotoprotetores começassem a ser usados de forma regular. (Folha de S. Paulo, 1.º/11/1998) As formas verbais grifadas foram empregadas no texto, respecti vamente, para a) designar um fato concluído no passado; denotar uma hipótese. b) referir-se a um fato momentâneo e incon - cluído no passado; exprimir a dúvida sobre a sua realidade no presente. c) indicar ação durativa no momento pre sen - te; designar algo que se pretende ver realizado no presente. d) exprimir um fato repetido no passado e no presente; indicar, no presente, a consequência do ato praticado. e) enunciar um fato repetido no passado; refe - rir-se a projeções hipotéticas de ações futuras. 3 (UEL-PR) Pode ser que eu levar as provas, se você tudo para que eu onde estão. a) consiga fará descobriria. b) consiga fizer descubra. c) consigo fizer descobrir. d) consigo fizer descubro. e) consigo fará descobrirei. 4 (FUND. CARLOS CHAGAS-PR) Mesmo que você lhe um acordo amigável, ele não. a) proponha aceitará. b) propor aceitava. c) proporia aceitaria. d) proporá aceitará. e) propôs aceitava. E (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente. a) O superior interveio na discussão, evitando a briga. b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido. c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida. d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado. e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo. F (IBMEC) Não há erro de conjugação verbal na alternativa: a) Os ambientalistas vêm com bons olhos as causas indígenas. b) Por falta de oportunidade, o funcionário não interviu nos comentários do consultor. c) Se a testemunha depor a favor do réu, certa mente ele será absolvido. d) Eles reaveram tudo o que tinham perdido. e) Se eu dispusesse de algum dinheiro, poderia ajudá-lo. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com outros acho que nem não se misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo coisas de rasa importância. De cada vivimento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido desgovernado. Assim eu acho, assim eu conto. O senhor que é bondoso de me ouvir. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data. O senhor mesmo sabe. 1 Nesse fragmento de Grande Sertão: Vere - das, de Guimarães Rosa, o narrador su ge re, como efetivamente se verifica na constru ção do romance, que a) a narrativa é linear, há uma rigorosa suces - são cronológica de episódios. b) a narrativa segue o esquema tradicional de divisão da obra em partes, capítulos etc. c) a narrativa, como a memória do narrador, não segue um processo linear, cronológico. d) as referências ao ato de contar e a constru - ção do romance são totalmente independentes. e) a narrativa é em flashback, portanto, as lembranças devem ser contadas em sequência. (Tempo cronológico) CONTINHO Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo: Você aí, menino, para onde vai essa estrada? Ela não vai não: nós é que vamos nela. Engraçadinho duma figa! Como você se chama? Eu não me chamo não: os outros é que me chamam de Zé. (Paulo Mendes Campos) 2 Sobre o pequeno conto do autor Paulo Men des Campos, é incorreto afirmar: a) O índice de espaço amplo é sertão de Pernambuco, o espaço restrito está registrado no trecho a poeira do caminho. b) O índice de tempo cronológico aparece em meio-dia. c) O diálogo presentifica o momento da história. d) Há trechos descritivos em menino triste, magro e barrigudinho e gordo vigário. e) A fala do padre Engraçadinho de uma figa! apresenta registro de linguagem formal. Numa noite de escuro, Antônio Silvino atacou o Pilar não houve resistência ne nhu - ma. A guarda da cadeia correra aos primeiros tiros, e os poucos soldados do destacamento ganha ram o mato às primeiras notícias do assalto. (...). Mais para a tarde, o capitão chegou à varanda do sobrado e gritou: Podem encher a barriga. Este ladrão que fugiu, me mandou denunciar ao governo. Agora estou dando um ensino neste cachorro. E em seguida mandou sacudir os dois caixões de níqueis no meio da rua. O povo caiu em cima das moedas como galinha em milho de terreiro. O sobrado, todo iluminado, era, na noite escura, como de um conto de fada. Dona Inês lá dentro, sentada num grande sofá, parecia que não era senhora de todos aqueles bens que se consumiam à toa. De madrugada, o cangaceiro saiu com o seu grupo. Então, quando se viu livre da pressão, a velha, como água que rompesse um balde de açude, caiu num pranto desesperado em soluços que enchiam a rua de pena. (José Lins do Rego) 3 Transcreva do texto dado as expressões que indicam tempo. 78

PORTUGUÊS F1 Módulos Verbos IV formas nominais / Enredo 43 e 44 Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M226 e PORT1M227 Se eu encontrar ela, vou estar contando que você ligou. 1 (UNAERP) O período acima, com visíveis marcas de oralidade, rees crito se - gundo as normas da língua culta encontra sua melhor forma em: a) Encontrando-a, vou estar contando que vo - cê telefonou. b) Quando encontrá-la, conto que você tele - fonou. c) Quando eu a encontrar, conto que você ligou. d) Se eu a encontrar, vou estar contando que você telefonou. e) Se eu a encontrar, contarei que você ligou. 2 (FE MACHADO SOBRINHO) Está correto o emprego do particípio em: a) A polícia havia disperso os manifestantes. b) A verdadeira história ficou omissa todos esses anos. (FACULDADE MACHADO SOBRINHO) Leia o se guinte texto de Paulo Mendes Campos. MUDANÇA Meu primeiro impulso era tocar do apar - tamento aquele homem corpulento, de voz gorda, o inimigo que me expulsava de casa. Mas fiquei firme. Examinou as peças, cheirou os móveis com um nariz expe riente, fez o preço. Pegou o telefone, deu instruções à compa nhia, acres - cen tando com meio desprezo: O que tem mais aqui é livro. Em meia hora os bárbaros chegavam. As coisas estavam acomodadas em sua ve - lhi ce e discre tamente compunham um lar; mas, reviradas, empilhadas, foi como se as des nudassem brutalmente, para mostrar os ridículos e os estragos do tempo. Era triste e chocante. Quando agarraram o armário, este perdeu a compostura e cambaleou: tinha um pé torto, coitado. Do Cristo de Chagall caiu uma chuva espessa de pó. Uma gaveta revelou três baratas tontas e rápidas como um pesadelo. Aquele armário estava tão sujo, tão melan - colicamente sujo e não sabíamos. A mesa estava manchada demais; a ca - deira estava bamba e boba em suas pernas. Oh desagradável e contínua surpresa! Viver, filosofei pela rama, é colecionar ruínas. Os car regadores não tinham filosofia, eram os coveiros profissionais de um certo espaço meu, de um certo tempo meu. Agarravam os objetos com as mãos encar - di das e nodosas num gesto impessoal, sem c) Nosso grupo tinha incluso seu nome na lista. d) Ela tinha enxuto as louças após o almoço. e) A mulher estava envolvida em seu xale. Ela saltou no meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e ver - gan do as pernas, descendo, subindo, sem nun - ca parar os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, distinguir o que cada um apre sen tava de par - ticular. Faziam a mudança, não eram amigos, nem inimigos, dos meus trastes, não amavam aquele vaso, tarde de maio em Minas depois de ter chovido um pouco, como não tinham qualquer antipatia (e as aversões criam também uma secreta aliança) da bandeja trabalhada que nos deram de presente. Às vezes paravam na faina, exibiam uma bugiganga qualquer, perguntavam com violência: "Isto vai?" Vai, eu respondia com raiva, vai tudo ou não vai nada. Por que em mim, como reação àquele amor súbito e exagerado, brin cava uma vontade de atear fogo naqueles objetos que me subme tiam a um passado e me for - çavam ao compromisso de um futuro. Atear fogo em mim. De que adianta mudar, se carrego comigo as minhas coisas e a Coisa? Se carrego a mim mesmo? Eu traste inútil de minha vida, o mais gasto, manchado e ridículo. 1 Enredo é o roteiro de ações das persona - gens, é a sequência dos atos que as persona - gens realizam. Faça um resumo do texto anterior. Considere o texto seguinte para responder à questão B. Um paroquiano curioso tratou de indagar se além das causas de estímulo religioso, alguma outra houve [para a inimizade entre as duas senhoras]; e veio a saber que as duas damas, amigas íntimas, tinham tido uma pequena questão, por causa de um vestido. Não se sabe ora outro, sobre a nuca enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, titilando. (AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço, 25. ed. São Paulo, Ática, 1992, p. 72-3.) 3 (ITA) Nesse trecho, o efeito de movi - mento rápido é obtido por verbos empregados no tempo ou modo a) pretérito perfeito do indicativo. b) gerúndio. c) presente do indicativo. d) infinitivo. e) pretérito imperfeito do subjuntivo. D (ENEM) A forma verbal sublinhada tem a força do imperativo em: a) Ora, direis, ouvir estrelas... b) Ao toque do sinal, entrar na classe. c) É preciso que eles venham comigo ao aero - porto. d) Serão expulsos, caso assim se comportem. e) Lembrar não me traz de volta o passado. qual delas ajustara primeiro um corte de vestido; sabe-se que o ajuste foi vago, tanto que o dono da loja imaginou ter as mãos livres para vendê-lo a outra pessoa. (...) Quando a primeira mandou buscar o vestido, soube que a amiga o comprara. A culpa, se a havia, era do vendedor; mas o vestido era pa - ra um baile, e no corpo de outra fez maravi - lhas; todos os jornais o descreveram, todos lou varam o bom gosto de uma senhora distin - ta, etc... Daí um ressentimento, algumas palavras, frieza, separação. O paroquiano, que, além de boticário, era filósofo, tomou nota do caso para contá-lo aos amigos. Outros dizem que era tudo mentira dele. (Machado de Assis, Duas Juízas.) B As expressões em destaque... sabe-se que o ajuste foi vago, tanto que o dono da loja imaginou ter as mãos livres para vendê-lo a outra pessoa. permitem o reconhecimento do fato e do boato. Assinale a alternativa que faz essa identificação de modo coerente com o texto. a) O fato é que as pessoas comentam que o dono da loja teria imaginação criativa; o boato é que o contrato fora desfeito. b) O fato é que as duas senhoras eram de sa fe - tas; o boato era que o paroquiano era mentiroso. c) O fato é que a segunda cliente era melhor pagadora; o boato é que o paroquiano presen - ciara o caso. d) O fato é que o trato feito com a primeira cliente fora desrespeitado pelo dono da loja; o boato é que as mulheres se conheciam. e) O fato é que as medidas do vestido estavam desajustadas; o boato é que o vestido foi um sucesso no baile. 79

Módulos 46 e 47 no Portal Objetivo PORT1M228 e PORT1M229 Advérbio I / Análise de um texto narrativo (conto) 1 O advérbio é palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio. Considerando o que foi dito, grife os advérbios ou locuções adverbiais. a) Ela é antenciosa, mas fala demais e alto. b) Ele chegou meio aborrecido e muito tarde. c) A interpretação da obra era bastante difícil. d) Ela saiu só, porque ele só pensa em futebol. e) O mestre falou claro sobre assunto tão controverso. 2 (PUC) Nos trechos numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo cano/ deslumbram, saboreiam, de Madureira à Gávea, na unidade do prazer desencadeado, assinale a alternativa que indica função sintática de adjunto adver - bial dos termos que, entre vírgulas, exprimem circunstâncias de a) tempo/lugar. b) tempo/modo. c) lugar/assunto. d) companhia/tempo. e) intensidade/lugar. 3 (ISE-Arujá) Na frase Hoje o samba saiu procu rando você, as palavras destacadas são, respecti va mente, advérbio de tempo e prono me de trata mento. Essas mesmas classes gramaticais ocor rem em: a) Depois da tempestade, vem a bonança. b) Quem tudo quer tudo perde. c) Peço a permissão de Vossa Senhoria. d) Outrora, Vossa Excelência era mais tole - rante. e) Aquela senhora é muito sensível. 4 (UFV-MG) Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em: a) Ele permaneceu muito calado. b) Amanhã, não iremos ao cinema. c) O menino, ontem, cantou desafinadamen - te. d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. e) Ela falou calma e sabiamente. 5 (MACKENZIE) Indique a única alter - na tiva em que há um advérbio modificando um adjetivo. a) Ele falava bastante rapidamente. b) Um pão bem quente com manteiga. c) Os homens trabalhavam muito bem. d) Ele agiu calma e decididamente. e) Você esteve bem mal hoje. 6 (UNIRP) Indique o significado da pala - vra só em cada uma das frases: I. Só Maria não veio à aula. II. Maria foi só ao cinema. III. Maria só foi ao cinema. a) tão somente unicamente sozinha b) somente sozinha tão somente c) sozinha tão somente somente d) sozinha unicamente somente e) tão somente unicamente somente (MACKENZIE) I. Somente Márcia escreveu a carta. II. Felizmente Márcia escreveu a carta. III. Lamentavelmente tudo terminou. IV. Tudo foi terminando lentamente. G Em I, II, III e IV, os advérbios destacados expressam, respectivamente, a) ponto de vista; modo da ação; modo da ação; modo da ação. b) modo da ação; ponto de vista; ponto de vista; ponto de vista. c) exclusão; ponto de vista; ponto de vista; modo da ação. d) modo da ação; modo da ação; exclusão; ponto de vista. e) exclusão; exclusão; modo da ação; modo da ação. Um jornal do Rio publicou, não há muito, na man chete, a locução adverbial à beça, com cê-cedilha, como manda o figu - rino. O diretor foi à redação, reclamar do redator-chefe: O senhor viu a manchete? Vi. Quem é o responsável? O redator-chefe chamou o editor. O senhor viu? Vi. Quem é o responsável? O editor chamou o secretário: Viu? Vi. Quem é? O secretário chamou o chefe do copydesk : Viu? Vi. Quem? O chefe do copy-desk chamou um sofredor de sua seção: Quem? O reescrevedor chamou o repórter: Passei a notícia pelo telefone. Assim, voltou, do reescrevedor para o chefe do copy-desk, deste para o secretário, para o editor, para o redator-chefe e para o 80 diretor, a informação de que ninguém na reda - ção era responsável. Em consequência, cha - ma ram o chefe da revisão. E o diretor foi seve - ro: O senhor viu beça, com cê-cedilha, na manchete? Vi, sim, senhor. Vi em cima da hora. Se não chego a tempo, saía com dois esses... O diretor perdeu o rebolado. Esperava tudo, menos aquela informação de que os dois esses estariam errados. Mas não perdeu a dignidade de diretor: Espero que isso não se repita. Isso o quê? O senhor ser forçado a trocar letras em cima da hora. Sim, senhor. Afastou-se o diretor, pisando forte. O chefe da revisão voltou ofendido e bradou, zangado, para os subalternos: Por causa de bessa com ss, o dire tor me espinafrou à beça. Espero que isso não se repita. (Nestor de Holanda, A Ignorância ao Alcance de Todos ) 1 (UNIMEP) O diretor do jornal foi reclamar de um erro que a) saíra na manchete do jornal. b) o redator-chefe cometera. c) ele achava que tinha sido cometido. d) o chefe da revisão não percebera. e) ninguém na redação havia percebido. 2 (UNIMEP) Passei a notícia pelo tele - fone. Esta des culpa dada pelo repórter indica que a) não se comete erro de grafia quando se fala. b) há pessoas que escrevem como falam. c) as pessoas devem falar como escrevem. d) nem todos ouvem direito quando conver - sam ao telefone. e) o erro foi do redator-chefe que não leu a matéria previa mente. 3 (UNIMEP) Em consequência, chama - ram o chefe da revisão, porque ele a) havia cometido um erro grave. b) fora desleixado e deixara passar o erro. c) devia ter evitado que a manchete saísse errada. d) era encarregado de evitar que o jornal saís - se com erros. e) mexera na manchete sem autorização do diretor.

PORTUGUÊS F2 Módulos 17 e 18 O Cancioneiro Geral de Garcia Resende / Contos de Machado de Assis: A Cartomante Exercícios Complementares no Portal Objetivo PORT1M230 e PORT1M231 Leia o texto seguinte e preencha as lacunas dos exercícios de 1 a 6. Cancioneiro é a designação usada para uma coletânea de canções ou de poemas. No século XVI, publicou-se uma grande antologia de poemas de muitíssimos poetas entre os quais Garcia de Resende, que organizou a obra, todos eles ativos no fim do século XV e início do século XVI na corte de Portugal. Esse é o chamado Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. Esse cancioneiro nada tem a ver com os primitivos cancioneiros trovadorescos. Nele, temos uma grande amostra da cha mada poesia pala ciana, ou poesia de corte, que se praticou em Portugal no período ime diata - mente anterior ao do chamado Classicismo. Trata-se de uma produção poé tica que pode ser consi derada pré-clássica, pois nela já se encon tram alguns dos compo nen tes que caracterizarão a poesia do período posterior. O livro foi publicado em 1516 e contém textos de uma época em que a poesia já se desligara do acompanhamento musical: são textos para serem lidos ou recitados em voz alta. Encon tramos no Cancioneiro Geral composições com mote (tema, enunciado nos versos iniciais) e glosa ou voltas (variações ou desenvolvimentos em torno do tema), geral - mente em versos redondilhos (maiores, de 7 sílabas, ou meno res, de 5 sílabas). A redon - dilha (poema composto em versos redon - dilhos), especialmente a maior, domina de fato o cancioneiro de Resende. Quanto aos temas, ao lado de sátiras de assunto variado e às vezes muito graciosas, avultam as composições amorosas, em que se nota a in fluência de Petrarca (poeta italiano do século XIV), com sua concep ção do amor desinteressado ou ligado a um objeto inaces - sível, sabo rean do-se a si mesmo, deliciando-se no sofrimento e na autocontem pla ção, contra - di tório porque goza com o próprio sofrer (Antônio José Saraiva). As sutilezas psicológicas com que é tratado o tema do amor são novidade na poesia portuguesa, como exemplificam os textos cujo tema é a divisão do eu, o conflito interior. Dentre os 286 poetas que figuram no Cancioneiro Geral, os mais famosos são Bernardim Ribeiro (também autor de um admirável romance, Menina e Moça), Sá de Miranda e Gil Vicente. 1 Em 1516, no século, foi publicada uma coletânea de poemas organizada pelo poeta. A essa coletânea se chamou. 2 Esse cancioneiro reúne a chamada poesia, já que era praticada nas cortes dos palácios. 3 Nesse período, como a poesia já se havia desligado da, os poemas eram em voz alta nas cortes dos. 4 Essas composições podiam ser satíricas ou falar de, e, neste último caso, nota-se a influência de, poeta italiano. Um tema que passou a ser explorado nessa nova poesia portuguesa diz respeito aos conflitos psicológicos do indivíduo, entre eles a divisão ou cisão do. 5 A forma poética que predomina nessa coletânea é a redondilha, composição com versos de ou sílabas métricas. 6 Entre os 286 poetas que figuram no Cancioneiro Geral, os mais famosos são, e. Texto para os testes 1 e 2. A luz era pouca, os degraus comidos dos pés, o corrimão pegajoso; mas ele [Camilo] não viu nem sentiu nada. Trepou e bateu. Não aparecendo ninguém, teve ideia de descer; mas era tarde, a curiosidade fustigava-lhe o sangue, as fontes latejavam-lhe; ele tornou a bater uma, duas, três pancadas. Veio uma mulher; era a cartomante. (...) Dali subiram ao sótão, por uma escada ainda pior que a primeira e mais escura. Em cima, havia uma salinha, mal alumiada por uma janela, que dava para os telhados do fundo. Velhos tras - tes, paredes sombrias, um ar de pobreza, que antes aumentava do que destruía o prestígio. A cartomante fê-lo sentar diante da me sa e sentou-se do lado oposto, com as costas para a janela, de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no rosto de Camilo. Abriu uma gaveta e tirou um baralho de cartas compridas e enxovalhadas. Enquanto as baralhava, rapidamente, olhava para ele, não de rosto, mas por baixo dos olhos. Era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena e magra, com grandes olhos sonsos e agudos. (Machado de Assis, A Cartomante ) 1 (PUC-MG modificado) Sobre o trecho transcrito, todas as alternativas são corretas, exceto: a) Camilo está sem condições emocionais de analisar a situação por que passa. b) O aspecto sombrio da salinha pode ser inten cional, revelando-se a índole desonesta da cartomante. c) O narrador é imparcial acerca do caráter da cartomante, só revelando seus traços físicos. d) O cenário na casa da cartomante contribui para criar uma atmosfera sinistra. e) A postura de Camilo vem ao encontro dos interesses da cartomante. 2 De acordo com o texto, a cartomante era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena e magra, com grandes olhos sonsos e agudos. Os dois últimos adjetivos podem ser substituídos, respectivamente, por a) inocentes e graciosos. b) singelos e agressivos. c) devassos e hipócritas. d) puros e sábios. e) dissimulados e penetrantes. Texto para o teste C. (...) Um dia, fazendo ele [Camilo] anos, recebeu de Vilela uma rica bengala de presente, e de Rita apenas um cartão com um vulgar cumprimento a lápis, e foi então que ele pôde ler no próprio coração; não conse - guia arrancar os olhos do bilhetinho. (...) Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, foi-se acer - cando dele, envolveu-o todo (...) Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima, que lhe chamava imoral e pérfido (...) (Machado de Assis, A Cartomante ) C Considerando o fragmento e o contexto de A Cartomante, é correto afirmar que a) o recebimento da carta anônima leva Ca - milo a procurar a cartomante. b) o bilhete de Rita faz Camilo perceber o amor que tem por ela. c) Rita é comparada a uma serpente porque o desejo dela é arruinar Camilo. d) Vilela envia a carta anônima com a inten ção de afastar Camilo e salvar o próprio casamento. e) Camilo se mostra ingênuo ao se deixar seduzir por Rita e sofre por trair o amigo. 81

Módulos 19 e 20 no Portal Objetivo PORT1M232 e PORT1M233 Platão: o Mito da Caverna / Contos de Machado de Assis: Uns Braços Releia o texto e as questões estudadas em sala de aula e responda ao que se pede. 1 De acordo com as ideias de Platão, é correto concluir que a) o conhecimento pode ser verdadeiro ou falso; a opinião, por ser algo pessoal, não pode ser avaliada como verdadeira ou falsa. b) o mundo sensível o mundo apreendido por nossos sentidos é o único verdadeiro, pois é o único que podemos ver. c) tanto a luz da fogueira, no interior da ca - ver na, como a luz do Sol podem tornar cegos os homens que buscam conhecimento. d) investigar o que conhecemos e de que mo - do conhecemos é também uma forma de busca de conhecimento. e) o mundo das ideias o mundo inteligível se associa ao universo religioso e aos mitos. B Em cada alternativa a seguir, os termos man têm entre si o mesmo tipo de relação, exceto: a) alegoria mito. b) ilusão falsidade. c) luz conhecimento. d) inteligível sensível. e) caverna ignorância. C No Mito da Caverna, o diálogo envolve duas pessoas. Quem são elas? D O que é a caverna? E O que os objetos levados pelos carrega do - res representam? F Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? G O que é a luz exterior do Sol? H O que é o mundo exterior? Texto para os testes de 1 a 6. 82 UNS BRAÇOS Havia cinco semanas que ali morava, e a vida era sempre a mesma, sair de manhã com o Borges, andar por audiências e cartórios, correndo, levando papéis ao selo, ao distri - buidor, aos escrivães, aos oficiais de justiça. Voltava à tarde, jantava e recolhia-se ao quarto, até a hora da ceia; ceava e ia dormir. (...) Cinco semanas de solidão, de trabalho sem gosto, longe da mãe e das irmãs; cinco semanas de silêncio, porque ele só falava uma ou outra vez na rua; em casa, nada. Deixe estar pensou ele, um dia fujo daqui e não volto mais. Não foi; sentiu-se agarrado e acorren ta - do pelos braços de D. Severina. Nunca vira outros tão bonitos e tão frescos. A educação que tivera não lhe permitira encará-los logo abertamente, parece até que a princípio afas - ta va os olhos, vexado. Encarou-os pouco a pou co, ao ver que eles não tinham outras mangas, e assim os foi descobrindo, mi ran do e amando. No fim de três semanas eram eles, mo ralmente falan do, as suas tendas de re - pouso. Aguentava toda a trabalheira de fora, toda a melancolia da solidão e do silêncio, toda a grosseria do patrão, pela única paga de ver, três vezes por dia, o famoso par de braços. Naquele dia, enquanto a noite ia caindo e Inácio estirava-se na rede (não tinha ali outra cama), D. Severina, na sala da frente, recapitulava o episódio do jantar e, pela pri - meira vez, desconfiou alguma cousa. Rejeitou a ideia logo, uma criança! Mas há ideias que são da família das moscas teimosas: por mais que a gente as sacuda, elas tornam e pousam. Criança? Tinha quinze anos; e ela advertiu que entre o nariz e a boca do rapaz havia um princípio de rascunho de buço. Que admira que começasse a amar? E não era ela bonita? Esta outra ideia não foi rejeitada, antes afagada e beijada. E recordou então os modos dele, os esquecimentos, as distrações, e mais um inci dente, e mais outro, tudo eram sinto - mas, e concluiu que sim. 1 (UNIFESP-SP) De início, morar na casa de Borges era solitário e tedioso, o que levou Inácio a pensar em ir embora. Todavia, isso não aconteceu, sobretudo porque o rapaz a) passou a ser mais bem tratado pelo casal após três semanas. b) teve uma educação que não lhe permitiria tal rebeldia. c) se pegou atraído por D. Severina, com o passar do tempo. d) gostava, na realidade, do trabalho que realizava com Borges. e) sentia que D. Severina se mostrava mais atenciosa com ele. 2 (UNIFESP-SP) Analise as duas ocorrên - cias:...uma criança! Criança? Essas duas passagens mostram que a) tanto os sentimentos de D. Severina como a sua razão lhe mostra vam que Inácio era ainda muito jovem para se dar às questões do amor. b) havia duas vozes na consciência de D. Se - verina: uma lhe proibia o desejo; outra o mostrava como possibilidade. c) D. Severina via Inácio como uma criança apenas, o que a pertur bava muito, por sentir-se atraída por ele. d) D. Severina rejeitava qualquer possibi li - dade de uma relação com Inácio, já que não nutria nenhum sentimento pelo rapaz. e) havia um embate entre a consciência e a educação de D. Severina, o qual a impedia de aceitar o amor do rapaz. 3 (UNIFESP-SP) Ao conceber-se bonita, D. Severina entendeu que a) era possível Inácio estar apaixonado por ela. b) sua beleza não era para ser desfrutada por uma criança. c) a traição a Borges seria um grande equí vo - co. d) Inácio, de fato, desejava vingar-se de Bor - ges. e) o marido não a via assim, ao contrário de Inácio. 4 (UNIFESP-SP) Quando se diz, no final do texto, que D. Severina concluiu que sim, significa que ela reconheceu que a) deveria contar tudo a Borges. b) Inácio era um desastrado, de fato. c) estava enganada sobre o amor de Inácio. d) Inácio deveria ser advertido. e) Inácio começava a amá-la. 5 (UNIFESP-SP) A expressão um prin - cípio de ras cunho de buço indica que o buço de Inácio a) mostrava-o homem formado. b) não podia ser visto. c) já estava bem evidente. d) era ainda incipiente. e) chamava muito a atenção. 6 (UNIFESP-SP) No discurso indireto livre, há uma mistura das falas do narrador e da personagem, de tal modo que se torna difícil precisar os limites da fala de um e de outro. Esse tipo de discurso ocorre em: a) No fim de três semanas eram eles, mo - ralmente falando, as suas tendas de repouso. b) Voltava à tarde, jantava e recolhia-se ao quarto, até a hora da ceia; ceava e ia dormir. c) Deixe estar pensou ele, um dia fujo daqui e não volto mais. d) Que admira que começasse a amar? E não era ela bonita? e) Nunca vira outros tão bonitos e tão frescos.