O homem como ser social conclusão

O homem como ser social conclusão

PROF. AVELINO DE SOCIOLOGIA E PROF. DELMIRA DE BIOLOGIA

O homem como ser social conclusão
Inicialmente, observamos que o ser sociológico é aquele que convive dentro de seu próprio meio social, e, permanece se comunicando, vivendo em sociedade, atuando como um indivíduo que cumpre seus direitos e deveres.

Já o ser biológico, é o Homem que está inserido dentro da natureza e do meio ambiente, podendo conviver ou prejudicar esse espaço durante o decorrer de sua vida.

Os dois, pois é um conjunto! O meio social influência a vida do homem e o aspecto biológico também!

Embora Aristóteles tenha definido o homem como um ser social no século III a.C, os estudos sociológicos (do homem em sociedade) só iniciaram por volta do século XVIII com Augusto Conte, após os adventos do Iluminismo, Revolução Industrial e Francesa.

O homem é um ser social porque vive em grupo, isto é, junto com outros homens. Somente vivendo em grupo as pessoas podem satisfazer suas necessidades. Se vivesse sozinho, o homem seria incapaz de aproveitar os numerosos recursos da natureza. Tudo que esta ao nosso redor advém da natureza. Ela é a condição fundamental para a sobrevivência humana, desde seu estágio natural até a sua transformação executada pela ação humana, a chamada segunda natureza. Todas as modificações ocorridas na natureza são realizadas a partir do trabalho humano, criando assim relações de interdependência social: homem X homem e homem X natureza.

As relações sociais confrontam a convivência humana, pois o homem, como um ser social, necessita do outro, porque na sociedade cada indivíduo, cumpre uma função por mais simples que seja. Já a relação homem – natureza é realizada em razão da dependência humana dos recursos que a natureza oferece, para que, com a força do trabalho, a primeira natureza seja transformada em segunda. A interferência do homem na natureza é indispensável para a continuidade para o funcionamento da sociedade, mas por outro lado é preciso lembrar que a natureza e seus recursos são esgotáveis e que ela necessita de respeito e cuidados especiais. Por vezes esquecemos que o homem esquece que faz parte da natureza.

O homem como ser social conclusão

O homem é um ser pensante e frágil não sabe viver isolado, precisa da interação com seus semelhantes a fim de buscar o seu autoconhecimento, capta e guarda informações e, portanto, atinge níveis de conhecimento, melhorando, assim, o convívio social.”Somos sociais não apenas porque dependemos de outro s para viver, mas por que os outros influência na maneira como vivemos conosco e com aquilo que fazemos.” (Eugênio Mussak)

O homem vive em sociedade e esse fato não é acidental ou fortuito, pois sem a socialização o indivíduo não se desenvolve enquanto ser humano.

A pessoa, sociologicamente falando, realiza-se em três dimensões fundamentais:
• A intimidade
• A sociabilidade
• A universalidade

A intimidade: A pessoa encara-se como um ser dotado de uma consciência de si, baseada na racionalidade e nas emoções que embora seja individual só se constrói com base em relações significativas com outros seres humanos.

A sociabilidade: A pessoa encontra-se como membro de uma sociedade organizada, necessitando passar por um longo processo de socialização até que possa assumir-se como um membro ativo da sociedade a que pertence. Não se pode dizer que a sociedade é uma mera soma de indivíduos, uma vez que o indivíduo

é, em si mesmo, um produto da cultura da sociedade a que pertence.

 Somos sociais, queremos viver em grupos, ter amigos para conversar, dialogar sem interesses, apenas opiniões ou mesmo conversas evasivas, isto faz parte do intimo de cada um, precisamos ter grupos de pessoas de diferentes pensamentos, mas que são harmoniosas, simplesmente por serem seres humanos, que necessita de ombro, de um sorriso, de uma festa regada de pratos diversificados da cabeça de cada um, tardes maravilhosas de alegria, de conversas amenas que eleva o ser e que entra a noite adentro e a alegria permaneça cada vez mais prazerosa.

Sentido da vida, a socialização nunca pode deixar de existir, por isso moramos aglomerados nos centros urbanos, mas a maioria vive isolada em sua solidão, tem apenas um computador para interagir, um telefone que manda mensagens, mas não tem os olhos de alguém que lhe sorria, que dialoga sobre tudo e todos. Os desejos nascem fluem e vão embora simplesmente por perceberem que o momento é apenas de amizade, de carinho etroca de afagos de amizades que nascem tornando a vida mais sublime e verdadeira.

Razão da existência humana, as descobertas, que sabemos que existem, que a vida fez que o comportamento mudasse, tornando escravos dos meios de comunicações com novelas nefastas que desensinam com lavagem cerebral, cabeças menos informadas, padrões de comportamento e biótipo que nunca deveria existir; transformando vidas que poderia ser mais social em isolamentos frios e tênue com sofrimento d’alma, vidas improdutivas que não vislumbram; que não conseguem mais ver a grandeza real da existência humana.

Desde a antiguidade, dos primórdios da existência humana, grupos se formaram para garantia da sobrevivência, manutenção da espécie, com o privilegio de ter desenvolvido o pensamento, de ter um cérebro que dá aohumano o poder de discernir e saber fazer escolhas do bem maior, que é viver ativamente em sociedade ou grupos que nos primórdios era para sobrevivência pela fragilidade do ser humano diante dos outros animais que os cercavam e hoje estes grupos deveria continuar existir para desvincular e sobreviver de outro tipo de massacre, que mesmo estando em uma cidade com muitos habitantes são seres que vivem em solidão, mesmo cercados de muita gente vive isolado. Motivo disto tudo é a tecnologia que ajuda a sobreviver, mas torna oshumanos dependentes destas parafernálias de comunicação que tornou os seres humanos em vitimas destes artefatos que veio para ajudar, não para isolar o homem, pois este ser necessita de grupos de amizades, de compreensão, do calor humano, libertando assim das regras impostas pela tecnologia e a mídia sem escrúpulos.

Liberdade esta dentro do ser humano, muitos acham que os pássaros são livres, na realidade são, mas eles nãofazem escolhas, eles têm instintos que levam a sobreviver, sempre seguindo o mesmo caminho, sempre fazendoo que os seus ancestrais sempre fizeram por instinto, mas os humanos não são assim, a liberdade é para descobrir novos rumos que leva a maior felicidade possível, é para conhecer melhor a vida humana e assim poder viver melhor, mudando de atitudes, mudando o pensamento para poder viver em sociedade, mas nos dias de hoje estão desaprendo de viver socialmente, não cumprimenta as pessoas nas ruas, cabeças baixas no caminhar, pensamentos e olhos voltados para seus iphones, esquecem-se do primordial, a comunicação com os olhos nos olhos, com a palavra amiga de alguém que lhe de conforto ou mesmo curtir momentos que dê alegria, mas desde que seja em grupos de amizades.

Para se libertar das turbulências da vida, dos isolamentos que a televisão impõe; expulsar a solidão que nos ronda, faça grupos de amizade, encontre sempre, faça reuniões nas casas, nos bares, vá ao cinema juntos, participe da vida um do outro, seja leal nas amizades, nunca queira ser superior a ninguém, fortaleça os vínculos para ter uma vida de plena felicidade e alegria, mas nunca imponha nada a ninguém e sejam sempre leais as amizades formadas sem interesses.

Ser feliz é ter grupos de amizade, é dar ao outro o que você precisa, assim nesta mutua experiência, a vida vai florir nestes momentos de alegria fraterna, não deixe que nada destrua o grupo, esta pequena sociedade que só da alegria, tem que continuar, dela pode fazer parte namorados, casados e solteiros – Viva e deixa que o grupo determine os caminhos.

O homem é um ser social, a sociedade é uma conquista e os grupos sociais que vivem na sociedade é a essência da vida em sua plenitude de amor fraterno.

(Amyn Daher Jr, escritor)

Você concorda com a afirmação de que o homem é um ser social? Bom, caso concorde, saiba que tem ao seu lado grandes pensadores que podem endossar essa afirmação. No texto de hoje, trazemos a reflexão de 4 pensadores extremamente famosos. Enquanto 3 deles defendem que o ser humano é um animal social, 1 defende que na verdade, todo ser humano é essencialmente mau. Descubra quem disse isso ao ler toda a reflexão que preparamos!

Conheça 2 teorias que operam de acordo com essa premissa e 1 ponto de vista discordante

Se você prestou atenção no que dissemos mais acima e leu o título desta seção, a matemática não deve estar fazendo sentido. Nós explicamos: apesar de apresentarmos 3 reflexões, uma delas foi feita por uma dupla muito famosa. Sem mais delongas, apresentamos os preletores do texto de hoje:

  • Aristóteles,
  • Marx,
  • Engels,
  • e Hobbes.

Aristóteles: o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie

Vamos começar a discussão de que o ser humano é social por uma das reflexões mais antigas para o assunto. Não é à toa que precisamos voltar para a Grécia, pois quem nos dará essa lição é Aristóteles. Para ele, o homem precisa de outras pessoas porque é um ser carente. Assim, precisa de outras pessoas para se sentir pleno e feliz.

De acordo com o filósofo, é possível dividir as espécies animais em diferentes grupos. São eles:

  • as gregárias (koinonia),
  • as solitárias (monadika),
  • aquelas que são propensas a uma vida sociável (politika),
  • e aquelas que vivem de maneira esparsa (sporadika).

Nessa conjuntura, o ser humano pertence aos três primeiros grupos. Ainda que algumas pessoas prefiram um certo isolamento, ninguém vive bem 100% sozinho. Além disso, só seria possível manifestar a maior grandeza humana na convivência. Estamos aqui falando da linguagem, pois apesar de existir linguagens animais, nenhuma outra espécie consegue falar.

Marx e Engels: o individualismo burguês é uma construção. O homem é um ser social

Falando em vida política, já aproveitamos para engatar a discussão sobre o homem de acordo com o ponto de vista de Marx e Engels. Deixe de lado todas as suas preconcepções e partidarismos a fim de entender o que eles têm a dizer sobre o ser humano. Apesar de essas ideias partirem de uma perspectiva marxista, algo que não agrada a gregos e troianos, é importante entender que há valor naquilo que você aprecia e também no que não gosta.

Para entender o que os autores defendem, vamos voltar no que disse Aristóteles. Imagine que somos animais e necessitamos viver em bando. Sem os membros integrantes do nosso grupo, não conquistamos a plenitude e nos tornamos animais tristes. Quando estamos juntos, nos sentimos protegidos, amados e valorizados. Contudo, imagine que um dos animais percebe que pode ser maior do que os demais.

Não é difícil, pois diversas espécies possuem uma ordem de organização que é hierárquica. Contudo, neste bando específico de que estamos falando, um dos animais resolve que só ele e mais alguns conhecidos podem crescer. Em vez de pensarem no bem do coletivo de modo geral, começam a enxergar o bem que o coletivo faz de uma perspectiva individualista. É para esse ponto dos relacionamentos humanos que Marx e Engels chamam a atenção.


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Individualismo e burguesia

De acordo com os pensadores, a burguesia (a classe em ascensão, dominante na sociedade e que possui o controle dos meios de produção) transforma os homens em seres individualistas. É como se, para enriquecer, a burguesia pervertesse o caráter essencialmente social do ser humano.

Assim, se o homem é um ser social, a burguesia o corrompe. Isso porque faz com que ele deixe de olhar para o seu semelhante para perseguir o próprio bem-estar. Nesse contexto, discute-se ainda o trabalho alienado que surge como resposta para conseguir dinheiro para sustentar o estilo de vida. Essa reflexão lembra um pouco aquela fábula da cigarra e da formiga, em que a formiga representa o burguês, deixando a cigarra desamparada.

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Hobbes: não é verdade que o homem é um ser social. Todo ser humano é naturalmente mau

Agora que conversamos sobre perspectivas que de fato consideram que o homem é um ser social, vamos falar sobre um ponto de vista distinto. De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, toda essa conversa de essência social é uma mentira. Para ele, é impossível que o homem seja social a esse nível porque todo ser humano é mau. No entanto, suas ideias são muito controversas.

Para Hobbes, o fato de que o homem é mau é um pretexto para discipliná-lo em um Estado ditador. Assim, tendo em vista que o homem não é social, não sabe conviver em sociedade e precisa de correção. Nessa conjuntura, fica a cabo do Estado ditar normas de convivência a que todos devem obedecer a fim de manter a paz. Só é possível ser social a partir de um pacto entre homens mediado pelo Estado. Portanto, transgredir as leis é transgredir o pacto.

Obviamente, essa tese está cheia de problemas. Se o homem é um ser social, pode elaborar regras justas de convivência. O contrário, por outro lado, é difícil de engolir. Como respeitaríamos regras feitas para homens maus, sendo que foram feitas por homens igualmente maus? Temos aí um paradoxo. Além disso, crer que somos maus na essência torna a mudança de vida um propósito difícil. Isso além de alimentar a síndrome de Gabriela.

Considerações finais sobre a proposta de que o homem é um ser social

No post de hoje, você teve acesso a algumas propostas diferentes sobre a afirmação de que o homem é um ser social. Algumas propostas concordam. Enquanto Aristóteles disserta sobre o assunto, Marx e Engels dão continuidade à discussão de maneira prática. À medida que a burguesia detém os meios de produção, o ser humano fica mais individualista. Por fim, Hobbes até dialoga com isso indiretamente, mas afirmando que o homem é 100% mau.

Nesse contexto, a depender do que você pensa sobre o assunto, é importante ter em mente a importância da sociedade para a vida de uma pessoa. Muitos foram violados, abusados e rechaçados no meio social. Outros se sentem exigidos e cobrados. Nesse contexto, como lidar com as pressões e expectativas do cotidiano?

Esperamos que você consiga as respostas para essa pergunta em nosso curso de Psicanálise Clínica 100% online. Não necessariamente discutimos se o homem é um ser social ou não, mas abordamos a importância da sociedade e da cultura no comportamento humano. Venha aprender como fazer uma análise clínica ou incorporar a Psicanálise ao seu trabalho! A remuneração e o autoconhecimento adquiridos certamente compensarão o investimento!