O que é risco cirurgico

Antes de passar por qualquer cirurgia, o paciente passa por uma avaliação de suas condições clínicas e patológicas que envolve alguns tipos de exame de risco cirúrgico, como o coagulograma e o eletrocardiograma.

Neste artigo, você vai conhecer os principais testes pré-operatórios solicitados e entender por que eles são exigidos antes de uma operação. Continue lendo! 

O que é risco cirúrgico?

Risco cirúrgico é a avaliação do estado clínico do paciente antes de uma cirurgia, levando em conta padrões observados por sociedades médicas, a fim de reduzir os riscos de possíveis complicações durante o procedimento.

O tipo de avaliação exigida para uma operação leva em conta fatores como:

  • Idade;
  • Doenças crônicas;
  • Histórico médico familiar;
  • Características do procedimento cirúrgico a vai ser realizado.

Como é feito risco cirúrgico?

Os riscos de uma cirurgia são avaliados com base em:

  • Anamnese (entrevista com o paciente);
  • Exames físicos;
  • Exames de diagnóstico e laboratoriais.

Os procedimentos solicitados para avaliação do paciente vão depender de sua condição de saúde. 

Grupos de risco, como idosos e pessoas com doenças crônicas necessitam de um cuidado mais criterioso antes de passar por uma cirurgia.

As principais patologias associadas ao risco cirúrgico são:

  • Hipertensão;
  • Problemas no coração (arritmias e insuficiência cardíaca);
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • Diabetes;
  • Insuficiência renal;
  • Coagulopatias (alterações na coagulação sanguínea).

Exame de risco cirúrgico: 5 principais tipos

Como vimos, para saber se o paciente está apto a passar pelo procedimento operatório, vários testes vão ser solicitados, a fim de reduzir os riscos de possíveis complicações.

Veja quais são os exames de risco cirúrgico mais comumente exigidos antes de uma operação e por que eles são solicitados:

1) Hemograma

Com um hemograma completo, o médico consegue identificar a presença de infecções por vírus ou bactérias e outros problemas que podem causar complicações em uma cirurgia, como por exemplo:

  • anemia;
  • leucemia;
  • processos inflamatórios.

Aqui também é analisada a situação das plaquetas, outro fator importante para o sucesso da cirurgia. Isso é feito através das seguintes análises clínicas: 

  • Eritrograma: contagem e avaliação dos glóbulos vermelhos; 
  • Leucograma: avaliação dos glóbulos brancos (principais células do sistema imune).

Saiba mais detalhes sobre o hemograma no vídeo abaixo:

2) Glicemia

O exame de glicemia avalia a taxa de glicose no sangue, ou, popularmente falando, de açúcar no sangue, através de uma amostra sanguínea.

É importante avaliar se esses níveis estão normais e se as células estão conseguindo utilizar essa produção de forma satisfatória, antes de uma cirurgia. 

Essa avaliação é ainda mais fundamental em pacientes com diabetes, que possuem a glicose acima do esperado e demandam um cuidado maior durante todo o procedimento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a taxa normal de glicemia é de 70 a 100 mg/dL.

3) Eletrocardiograma

Esse exame de risco cirúrgico é um dos mais importantes, já que aponta alterações no coração.

Como todos sabem, esse é um órgão vital e, caso apresente complicações na hora da cirurgia, pode colocar em risco a vida do paciente.

É um teste simples e não invasivo, durante o qual são colocados eletrodos no peito, braços e pernas do paciente, para registrar os impulsos elétricos do coração em uma máquina.

Veja uma ilustração do procedimento:

O que é risco cirurgico

Leia também: Conheça 11 tipos de exames do coração

4) Ureia e creatinina

Alterações dos níveis de ureia e creatinina no sangue podem indicar diversos problemas que são fatores de risco em uma cirurgia. Veja os que valores anormais dessas substância apontam:

  • Valores acima: Lesão muscular grave, infecção e até insuficiência renal, desidratação e, no caso de gestantes, a pré-eclâmpsia;
  • Valores abaixo: Miastenia Gravis e Distrofia Muscular.

Leia também: O que é exame de ureia e creatinina? Saiba tudo o que o teste revela sobre sua saúde

5) Coagulograma

Este exame de risco cirúrgico é essencial, já que avalia a capacidade do organismo de produzir coágulos e evitar sangramentos. 

Para saber se a taxa de coagulação sanguínea é satisfatória, alguns fatores como tempo de sangramento e a quantidade de plaquetas são avaliados.

É um teste simples, no qual é feito um pequeno furo com a agulha na ponta do dedo e o tempo que o sangue leva para coagular é cronometrado. 

Além disso, uma amostra do sangue é coletada e encaminhada para análise.

Outros exames específicos

Em casos nos quais o paciente apresenta doenças pregressas, exames de imagens e outros testes mais complexos podem ser solicitados.

Como por exemplo, quando alguém tem problemas no coração ou pulmão, um raio X torácico pode ser exigido.

Ou ainda, em casos de males mais complexos, o médico pode recorrer a exames como cintilografia miocárdica ou o ecocardiograma.

Tudo vai depender da complexidade do procedimento que vai ser realizado e do estado clínico do paciente.

Seu médico vai conversar com você sobre todos os riscos envolvidos em sua cirurgia e orientá-lo sobre todos os cuidados que você precisa ter.

É importante que você siga todas as orientações do profissional de saúde responsável por sua operação, para que tudo corra da melhor maneira.

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Comentários:

Para garantir o sucesso de uma cirurgia, inclusive a recuperação no pós-operatório, é de suma importância avaliar o risco cirúrgico cardiológico em uma consulta pré-operatória. Isso se deve ao fato de que eventos cardiológicos, como infartos, tanto pré quanto pós-operatórios, são os maiores responsáveis por mortes em procedimentos cirúrgicos eletivos não cardíacos.

Um médico cardiologista fará uma avaliação da saúde de seu coração e, assim, poderá dar as devidas recomendações para que tudo corra bem durante a cirurgia – dependendo do caso, ela poderá até ser descartada.

Sendo assim, para que você fique mais tranquilo sobre o assunto, é importante que entenda melhor o que é o risco cirúrgico, como funciona a consulta em si, quando fazê-la, entre outros detalhes relevantes.

Então, é só continuar lendo esse artigo que preparamos para que todas as suas dúvidas sejam esclarecidas. Vamos lá?

O que é o risco cirúrgico cardiológico

Em qualquer tipo de cirurgia, o risco cirúrgico deve ser avaliado para conhecer o estado de saúde do paciente em questão. Nesse caso específico, a saúde do músculo cardíaco será avaliada conforme as regras das sociedades médicas brasileiras e mundiais.

Seu coração deve estar forte durante uma operação, uma vez que esse órgão é responsável pela nutrição de todas as células do corpo, por meio do o oxigênio no sangue que é bombeado por ele. Se não estiver funcionando bem, seu organismo pode entrar em colapso.

Somente com essas informações já é possível perceber a importância de conhecer esse risco para que a cirurgia seja bem sucedida, correto? É por meio desse conhecimento que os fatores de risco poderão ser controlados e, assim, haverá impactos positivos na recuperação.

Além disso, a classificação de risco cirúrgico ajuda a definir se o procedimento operatório poderá ser recomendado ou adiado para que sua qualidade de vida não seja comprometida. Dessa maneira, a operação ocorrerá no momento mais adequado para seu caso, o que diminui complicações mais graves.

Como funciona a consulta pré-operatória de cardiologia

Essa avaliação ocorre basicamente como qualquer outra consulta médica.

Primeiramente, o especialista busca conhecer seu histórico completo de saúde. A maneira com que será realizada depende de alguns fatores, como o tipo de cirurgia a ser realizada e se há doenças crônicas.

Vejamos, a seguir, o passo a passo da avaliação cardiológica.

Exame clínico

É nesse passo que o médico cardiologista realizará a anamnese, a entrevista detalhada para conhecer seu histórico clínico. Dados como possíveis doenças que você ou sua família possuem, uso de medicamentos e ausculta cardíaca e pulmonar serão avaliados.

A Sociedade Americana de Anestesiologistas criou a classificação de risco, conhecida como ASA, que vai de 1 a 6. Explicamos brevemente cada uma delas a seguir, acompanhe.

  • ASA 1: paciente saudável, sem sintomas de qualquer doença.
  • ASA 2: paciente com doenças brandas como diabetes controlado e sobrepeso.
  • ASA 3: paciente com patologias mais graves, não incapacitante: arritmia, cirrose, insuficiência cardíaca.
  • ASA 4: paciente com doença incapacitante, com risco de morte: insuficiência cardíaca, dos pulmões ou rins.
  • ASA 5: paciente em estado terminal, com expectativa de vida menor que 24 horas.
  • ASA 6: paciente com morte cerebral declarada e que terá os órgãos doados.

Verificação do tipo de cirurgia

Nessa etapa, o especialista avalia a complexidade do procedimento cirúrgico a ser realizado para que os devidos cuidados sejam planejados. A classificação do risco da operação se dá da seguinte maneira:

  • Baixo: endoscopia, colonoscopia e cirurgias mais superficiais, como de olhos e pele.
  • Intermediário: cirurgia ortopédica, do tórax, cabeça ou cardíacas.
  • Alto: procedimentos de emergência, de vasos sanguíneos grandes como carótida ou aorta.

Consideração do risco cardíaco

Quando a condição clínica de uma pessoa é avaliada, alguns algoritmos podem ser utilizados para medir a possibilidade de complicações ou até morte, como o índice Risco Cardíaco Revisado de Lee. O risco cirúrgico é calculado de acordo com os seguintes dados:

  • Tipo de cirurgia que será realizada;
  • Idade do paciente (maior risco a partir dos 70 anos);
  • Histórico de infarto do miocárdio, dor no peito ou angina, arritmia, insuficiência cardíaca ou estreitamento de vasos;
  • Diabetes;
  • Edema no pulmão;
  • Baixa oxigenação no sangue.

Solicitação de exames necessários

Na avaliação pré-operatória, geralmente encontramos os seguintes pedidos de testes:

  • Sangue: como o hemograma, verifica o funcionamento do fígado e rins, taxas sanguíneas, coagulação, nível de açúcar etc;
  • Urina: foco no funcionamento dos rins e procura por indícios de infecção;
  • Radiografía de tórax: para avaliar as condições dos pulmões;
  • Eletrocardiograma: busca por alterações cardíacas;
  • Teste ergométrico: conhecido também como eletrocardiograma de esforço, é muito bom para testar a capacidade cardíaca. Não costuma ser indicado para aqueles que passarão por cirurgias de baixo risco.

O que é risco cirurgico

Ajustes pré-operatórios

A partir dos resultados dos exames, caso todos estejam dentro do esperado, a cirurgia será agendada. É nesse momento que o cardiologista fará as devidas recomendações para que os riscos de complicações cirúrgicas sejam o mínimo possível.

Pode acontecer de o especialista pedir exames mais específicos ou até corrigir a função cardíaca por meio de uma cirurgia. Outras indicações também poderão ser feitas, tanto para o pré-cirúrgico quando sua recuperação no pós, veja só:

  • Realizar atividades físicas;
  • Perder peso;
  • Parar de fumar;
  • Evitar bebidas alcoólicas e outras drogas;
  • Manter uma alimentação saudável.

Objetivos da avaliação cardiológica pré-operatória

Agora que você já entendeu como funciona a consulta de risco cirúrgico, vamos aproveitar a oportunidade para esclarecer seus principais propósitos e tirar qualquer dúvida que você ainda possa ter? Acompanhe.

  • Coletar informações para decisões assertivas;
  • Medir a probabilidade de complicações que podem vir ocorrer na cirurgia e tomar as devidas precauções;
  • Reconhecer e normalizar possíveis condições cardíacas que surgirem;
  • Interromper ou modificar mediações em uso, especialmente aquelas que alteram a coagulação sanguínea;
  • Pedir por dispositivos que servem de apoio durante o procedimento cirúrgico, como a ventilação mecânica – cirurgias cardíacas costumam sobrecarregar os pulmões;
  • Monitorar a cirurgia em si e o pós-operatório.

Diferença entre avaliação pré-operatória e consulta pré-anestésica

Acreditamos ser pertinente apontar que uma consulta pré-operatória cardiológica não é a mesma coisa que uma avaliação pré-anestésica. Apesar de haver alguns pontos similares, como a anamnese e pedidos de exames, a consulta pré-anestésica tem foco nos seguintes pontos:

  • Consulta de histórico de alergias e problemas de saúde familiares;
  • Verificação de cirurgias anteriores e se houve reação à anestesia;
  • Informação detalhada sobre uso de medicamentos e doses diárias;
  • Explicação do funcionamento da intubação: como ela ocorre, se é fácil, possíveis desconfortos, entre outros;
  • Decisão sobre qual tipo de anestesia será utilizada (dependendo do caso, pode ser apenas local).

Vale ressaltar que o especialista adequado para a realização da consulta pré-anestésica é um médico anestesiologista, pois ele recebe todo o treinamento adequado durante seus anos de estudo e, por isso, é capaz de ajudar para que a anestesia aconteça com segurança e tenha os resultados desejados.

Orientações para cirurgia precisam ser seguidas

Por último, mas não menos importante, toda cirurgia envolve riscos – e é por isso que todas as recomendações médicas devem ser seguidas à risca. Busque esclarecer todas as suas dúvidas durante a avaliação para que você se sinta mais tranquilo e seguro sobre o procedimento cirúrgico.

Se você chegou até aqui, com certeza entendeu a importância da consulta pré-operatória e risco cirúrgico, não é mesmo? Pois saiba que é possível realizar tanto os exames quanto a avaliação cardiológica a preços acessíveis.

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