O que estuda o universo

Astronomia é a ciência que tem como foco o estudo dos astros, assim como a estrutura e origem do Universo. O trabalho do astrônomo consiste em desenvolver e testar teorias a partir da comprovação realizada pela observação dos fenômenos. Na cosmologia, o profissional dessa área se dedica à investigação da evolução do Universo.

O astrônomo pode ainda se ocupar da análise da composição química e características físicas dos astros. Outra atividade que o astrônomo pode exercer é a de se dedicar ao registro de imagens de planetas, estrelas, asteroides, cometas e galáxias para compreender seu movimento e disposição no espaço em relação aos demais.

Essas atividades têm como base a física e a matemática, assim como utilizam a computação e equipamentos como telescópios e câmeras. Continue lendo para entender melhor. 

O que se estuda na Astronomia?

Como mencionamos acima, a Astronomia é a ciência que se ocupa do estudo dos corpos celestes como planetas, estrelas, galáxias, cometas, asteroides, entre outros.

Também faz parte do escopo dessa ciência o estudo do conjunto dos corpos celestes e o que existe entre eles, isto é, o universo. Quando tem esse foco a Astronomia recebe o nome de Cosmologia. Essa ciência pode ser dividida em algumas subáreas e especialidades por uma questão didática. 

Atualmente, os astrônomos contam com diversos tipos de telescópios, no entanto, antigamente essa ciência era realizada com base nas observações a olho nu. Eram utilizados nesse período equipamentos para medir as posições dos astros na abóbada celeste, assim como a tomada de notas dos horários de observação. 

A Astronomia na Antiguidade 

As sociedades antigas mais desenvolvidas além de equipamentos construíram observatórios astronômicos especializados com o formato de pirâmide. Podemos mencionar como exemplos o Egito pré-histórico em 3.000 a.C., Império Maia na América Central em 1.000 a.C., Império Inca no Peru no século XIV e o Império Asteca no México do século XV.

Um exemplo de observatório e templo com formato diferente de pirâmide é o de Stonehenge, na Grã-Bretanha. Essa construção pré-histórica data de 3.000 a.C..

Astrofísica

A Astrofísica nasceu a partir da invenção de novos instrumentos astronômicos, como telescópios, que permitiram vislumbrar a faixa visível e outros comprimentos de onda da luz.

Também foram desenvolvidos equipamentos como detectores digitais e espectroscópio que tornaram possível estudar a estrutura interna dos corpos celestes, assim como sua evolução por meio da observação das teorias físicas relacionadas às propriedades dos astros. 

Dentre as propriedades que passaram a poder ser investigadas estavam a temperatura, a densidade e o conteúdo químico. Essa evolução pode ser interna como a evolução de uma estrela, por exemplo, ou então global, como a evolução dinâmica do sistema solar ou de uma galáxia. 

Curiosidade

As descobertas da Astrofísica tiveram como base a invenção do espectroscópio. Os fundamentos desse instrumento foram descobertos por Isaac Newton (1643-1727) no começo do século XVIII. O instrumento, que causa a dispersão da luz, foi construído com base nesses fundamentos, porém, só se tornou adequado para o uso em Astronomia a partir do século XIX. 

Para que serve a Astronomia?

O homem observa o céu noturno com atenção desde tempos primórdios. Observatórios e instrumentos foram empregados ao longo da história para garantir a compreensão das melhores condições para o desenvolvimento das atividades humanas. Calendários e tabelas astronômicas eram desenvolvidos a partir dessas observações. A seguir listamos as principais utilidades da Astronomia. 

1 – Definir e calcular calendários

A Astronomia permite realizar a marcação precisa do começo das estações do ano. Trata-se de algo essencial para a agricultura, por exemplo. A Igreja Católica foi uma instituição que incentivou o uso da Astronomia para desenvolver calendários.

Era importante ter um método preciso de determinar datas e feriados religiosos. A Sexta-Feira Santa, por exemplo, acontece sempre em época de lua cheia. O cálculo da data leva em conta qual será a primeira sexta-feira de lua cheia depois do equinócio de outono. 

2 – Definição de sistemas de referência

A Astronomia permitiu desenvolver sistemas de referência para a localização em terra e também no espaço. Podemos citar como exemplo o sistema de GPS (“Global Positioning System” ou “Sistema de Posicionamento Global”) que tem como base as informações captadas por 24 satélites que se encontram em órbita da Terra. 

3 – Uso das estrelas para localização na superfície da Terra

A estrela Polar do Hemisfério Norte é usada para indicar o ponto cardeal do norte. Por sua vez, a constelação do Cruzeiro do Sul, localizada no Hemisfério Sul, é responsável por indicar o ponto cardeal sul. 

4 – Para debater cientificamente questões existenciais

A Astronomia nos ajuda a debater questões como de onde viemos e para onde vamos. É possível entender quais são nossas posições espacial e temporal no universo. 

5 – Compreensão do universo

A Astronomia também nos ajuda a entender o universo em que vivemos, reduzindo, assim, o papel das superstições relacionadas aos fenômenos terrestres e celestes. 

6 – Desenvolvimento tecnológico

O estudo da Astronomia impulsionou e ainda impulsiona o desenvolvimento de uma série de instrumentos que contribuem com o avanço tecnológico, como radar, câmaras, CCD, entre outros. 

Gostou de saber mais sobre a Astronomia?

Atualizado em 02/02/2022

Já deve ter passado pela sua cabeça trabalhar com algo relacionado à Astronomia. Consegue imaginar que, no dia da publicação deste texto, sete seres humanos estão vivendo fora do planeta Terra trabalhando em missões de pesquisas espaciais?

Segundo o aplicativo "How many people are in space right now?" (Quantas pessoas estão no espaço agora?, em português), há duas expedições tripuladas com astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS) no final de janeiro de 2021.

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A expedição 63/64, que foi lançada no dia 14 de outubro de 2020 com dois astronautas russos e uma estadunidense, está há mais de 100 dias no espaço. Já a expedição 64/65, que levou três norte-americanos e um japonês no dia 15 de novembro de 2020, está a 74 dias em missão espacial.

Todos os astronautas são engenheiros de voo e contam com alguma formação específica que o fizeram chegar até o espaço. Nessas duas missões, há físicos, engenheiros, microbiologistas e pilotos. Com essa tripulação multidisciplinar, é possível ter uma noção de que há diversos caminhos para quem pretende estudar o espaço.

Se você é fascinado pelo espaço, observa estrelas e planetas no céu da noite, se interessa pelos estudos de astros e cosmos, gosta de filmes de ficção científica ou até acredita que seres de outros planetas vêm visitar a Terra, alguma vez já se imaginou sendo lançado num foguete ou nave para além da atmosfera.

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Como apenas sete dos cerca de 7,8 bilhões de terráqueos estão no espaço, ser astronauta pode não ser a carreira mais alcançável da astronomia. Mas não faltam graduações que podem te fazer trabalhar estudando o espaço, e a Revista Quero listou oito cursos neste post. Confira e veja qual deles mais têm a ver com seu perfil!

Astronomia

O curso superior de Astronomia pode ser o mais óbvio para aqueles que são fascinados pelo espaço. Afinal, é o campo em que se estuda os astros, os cosmos e todo o universo e sua origem. Depois de muitos cálculos de Física e Matemática na faculdade, trabalhar com pesquisas espaciais vai ser o hábito do astrônomo no dia a dia de trabalho.

Segundo o MEC, a graduação de astronomia é oferecida somente por três universidades: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal de Sergipe (UFS). Cursos de pós-graduação são mais comuns e costumam ser ligados às faculdades de Física.

Engenharia Aeroespacial

O engenheiro aeroespacial é quem trabalha com os serviços mecânicos para a realização de projetos e construções de sistemas e veículos aeroespaciais, como satélites, satélites artificiais, foguetes e sondas e ônibus espaciais.

É um curso que tem a maior parte de sua grade de disciplina voltada para o campo espacial. Também é pouco encontrado no Brasil: de acordo com o sistema do MEC, só sete universidades brasileiras oferecem essa graduação. Por isso, a Engenharia Mecânica pode ser uma opção.

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Engenharia Física

Para desenvolver as principais tecnologias que levam um foguete ao espaço, um engenheiro físico é responsável por teorizar e aplicar na prática modelos de fenômenos físicos e ferramentas matemáticas.

Apenas dez universidades possuem esse curso no país. A vantagem de estudar Engenharia Física é que há a possibilidade de se especializar em Astronomia em diversas faculdades de Física do Brasil. Em outras áreas, há alternativas como Engenharia Química (para trabalhar com combustíveis) e Engenharia Elétrica (para desenvolver os sistemas elétricos de foguetes e satélites).

Engenharia de Telecomunicações

Já parou para pensar em como é o contato entre os satélites, os foguetes e os responsáveis pelo controle na Terra? Esse é um dos papéis fundamentais de um engenheiro de Telecomunicações, que usa de sinais de rádio e televisão para esse contato de som e imagem.

Hoje, as redes digitais também são importante forma de contato, por isso o curso acaba se expandindo. Mas graduações com foco na informática, como Ciência da Computação, também podem ser consideradas para a área.

Física

Não fossem os físicos, o homem nunca teria chegado ao espaço. Os cálculos, as leis explicando fenômenos da natureza e o estudo de teorias da Física são fundamentais para que o universo seja explorado tanto da Terra como do espaço.

Bolsas de estudo em Física

O bacharelado em Física pode ser uma ótima opção para quem quer atuar no campo da pesquisa, enquanto a Licenciatura será uma oportunidade de lecionar sobre o universo no Ensino Básico. Além disso, como já citado aqui, há faculdades de Física que contam com áreas especializadas em Astronomia e estruturas como telescópios, observatórios e planetários.

Geologia

Geologia significa "o estudo da Terra", e o geólogo vai pensar sobre formações, estrutura e evolução do planeta. Estudar nosso mundo também é uma forma de começar a pesquisar outros planetas, em um curso que envolve conhecimentos de Biologia, Física e, também, Engenharia.

Bolsas de estudo de Geologia

Jornalismo

Se você é mais de humanas que de exatas, não precisa se sentir excluído dessa lista. O Jornalismo é muito importante para a divulgação científica, seja por meio de revistas acadêmicas, revistas e portais de ciência, canais no YouTube e meios de comunicação tradicionais.

É fundamental que, depois da formação, o jornalista se especialize em Jornalismo Científico e se aproxime dessa área.

Bolsas de estudo em Jornalismo

No filme "Estrelas Além do Tempo" (2016), traz a história real de três matemáticas, Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson, que desenvolveram suas carreiras no campo aeroespacial e na Nasa a partir de todos seus conhecimentos em cálculos.

Contas para calcular trajetórias e órbitas de corpos no espaço é uma das principais funções que matemáticos especializados em Astronomia podem desenvolver ao longo dessa carreira, que pode começar com um bacharelado em Matemática.

Bolsas de estudo em Matemática

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