A Áustria não queria unificar território então ela foi excluída da unificação o que ocorreu depois

A Unificação da Alemanha, que Napoleão Bonaparte fragmentou, foi conquistada pela Prússia e resultou na criação de uma grande potência mundial.

A Unificação da Alemanha em um Estado-nação se deu oficialmente em 18 de janeiro de 1871.

Antes o território germânico era fragmentado em 39 Estados que formavam a Confederação Germânica.

A Unificação da Alemanha aconteceu sob a resistência das nações europeias, que temiam a formação de uma grande potência.

A Áustria não queria unificar território então ela foi excluída da unificação o que ocorreu depois

O Sacro Império Romano-Germânico

A atual Alemanha existiu do século X ao início do século XIX com o nome de Sacro Império Romano–Germânico.

Napoleão Bonaparte invadiu o Sacro Império em 1806 e reordenou seus territórios em 39 Estados, posteriormente chamados de Confederação do Reno.

Com a queda de Napoleão, o Congresso de Viena determinou que a região formaria a Confederação Germânica, composta por 39 Estados.

Na Confederação foi incluída parte da Áustria e do Reino da Prússia, sendo que dois Ducados Alemães foram incorporados à Dinamarca.

Ocorre que parte do território da Áustria e da Prússia ficaram de fora da Confederação e isso permitiu a ambos atuar como países independentes.

Prússia e Áustria passaram então a querer a hegemonia sobre os territórios alemães, pois a Prússia ansiava a unidade nacional.

Já a Áustria desejava a continuidade da fragmentação política germânica, para que retardasse o desenvolvimento da economia.

A Áustria não queria unificar território então ela foi excluída da unificação o que ocorreu depois

A Guerra dos Ducados

Iniciada em 1864, a Guerra dos Ducados foi o primeiro conflito no processo de Unificação da Alemanha.

As tropas germânicas se uniram e combateram a Dinamarca. É que desde 1815 os dinamarqueses administravam os Ducados de Scheleswig-Holstein, por imposição do Congresso de Viena.

Em 1863, a Dinamarca anexou territórios habitados por alemães. Então o prussiano Otto von Bismarck, com apoio da Áustria, conseguiu reaver os ducados para a Alemanha.

Bismarck temia que a Áustria, em compensação pelo esforço de guerra, reivindicasse territórios. Ele então fez alianças com a França e a Itália.

Guerra Austro-Prussiana

A Guerra Austro-prussiana foi travada pelo Império Austríaco e pelo Reino da Prússia em 1866, resultando no domínio prussiano sobre a atual Alemanha.

O Reino da Prússia, dessa forma, se estabeleceu como a única potência entre os Estados Alemães.

Como consequência foi assinado o Tratado de Praga, com o fim de dissolver de vez a Confederação Germânica.

A Áustria não queria unificar território então ela foi excluída da unificação o que ocorreu depois

Guerra Franco-Prussiana

A Guerra Franco-Prussiana ou Guerra Franco-Germânica foi um conflito ocorrido entre o Império Francês e o Reino da Prússia (1870-1871).

Em 1869 Napoleão III vetou a candidatura do príncipe Leopoldo de Hohenzollern ao trono espanhol. A Prússia então declarou guerra à França.

A Prússia foi apoiada pela Confederação da Alemanha do Norte, da qual fazia parte, e do Grão-Ducado de Baden, do Reino de Württemberg e do Reino da Baviera.

A vitória prussiana, por conseguinte, marcou o último capítulo da unificação alemã.

Resultou também na queda de Napoleão III e do sistema monárquico na França. Foi o fim do Segundo Império e o surgimento da Terceira República Francesa.

Deu-se também a anexação da maior parte do território da Alsácia-Lorena pela Prússia, ricas em jazidas de ferro.

As consequências da Unificação da Alemanha

Após a vitória na Guerra Franco-Prussiana, o Rei da Prússia Guilherme I e Bismarck completaram o processo de Unificação da Alemanha em 1871.

Guilherme foi coroado como Kaiser (Imperador) e líder máximo do II Reich Alemão.

Com todos os Estados fortemente consolidados, a Alemanha passou por uma grande ascensão econômica e rapidamente se tornaria a maior potência europeia daquele período.

Com a unificação ocorreu:

  • O nascimento do Império Alemão;
  • O fim do equilíbrio europeu que vinha do Tratado de Versalhes;
  • A Revolução Industrial Alemã;
  • A rivalidade com a Inglaterra em busca de mercados consumidores;
  • A Tríplice Aliança entre Alemanha, Áustria e Itália, um dos polos da Primeira Guerra Mundial.

O Império da Prússia foi extinto com o fim da I Guerra Mundial (1914-1918). A Prússia como Estado foi abolida pelos Aliados (1947).

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Fonte: Sua Pesquisa, Brasil Escola, Info Escola, História do Mundo, Estudo Prático, Mundo Educação, Toda Matéria,  Cola da Web.

A unificação alemã foi o processo de unificação territorial que levou ao surgimento da Alemanha como Estado-nação, durante a segunda metade do século XIX. Esse processo foi conduzido pelo Reino da Prússia que, nessa época, era liderado pelo rei Guilherme I e pelo primeiro-ministro Otto von Bismarck.

Essa unificação territorial decorreu da modernização da economia e da industrialização da Prússia – que era a mais rica da Confederação Germânica –, como também da modernização do exército prussiano. Por fim, esse processo só foi possível com o enfrentamento das nações vizinhas, o que permitiu aos prussianos conquistar e anexar os territórios que formariam a Alemanha atual.

Alemanha no século XIX

No século XIX, a região que corresponde atualmente ao território alemão era composta por uma série de pequenos reinos e ducados, dos quais muitos estavam sob o domínio do Império Austríaco. Todos esses reinos estavam agrupados no que ficou conhecido como Confederação Germânica, estabelecida em 1815, durante o Congresso de Viena.

A Confederação Germânica, no entanto, não significava unidade territorial para essa região. Além disso, a presença austríaca nessa entidade enfraquecia o poder dos prussianos – os grandes interessados na unificação. Os ideais de unificação fortaleceram-se com o crescimento dos movimentos nacionalistas nessa região, a partir das revoluções de 1848.

As duas potências desses territórios eram o Reino da Prússia e o Império Austríaco. Nesse momento, os prussianos estavam interessados em promover a unificação dessa região e excluir a Áustria dos assuntos germânicos. A Prússia era o reino mais desenvolvido economicamente e mais industrializado e, a partir da coroação de Guilherme I como rei e da nomeação de Otto von Bismarck como primeiro-ministro, conduziu a unificação territorial da Alemanha.

Processo de unificação

Os grandes nomes da unificação alemã foram o rei Guilherme I e Otto von Bismarck, primeiro-ministro prussiano. Outros nomes importantes foram Albrecht von Roon, que liderou junto do rei a modernização do exército prussiano, e Helmuth von Moltke, hábil estrategista que conquistou importantes vitórias para os prussianos em batalhas nesse período.

A política de Otto von Bismarck foi essencial para garantir a unificação alemã, pois fortaleceu o Reino da Prússia e enfraqueceu seus vizinhos austríacos e franceses. Essa alteração na balança de poder foi vital para a unificação alemã, que somente foi possível após a realização de três guerras conduzidas pelos prussianos. Essas guerras foram:

  • Guerra dos Ducados (1864);

  • Guerra Austro-prussiana (1867);

  • Guerra Franco-prussiana (1870-1871).

A vitória dos prussianos nessas três guerras possibilitou a unificação e o surgimento do Império Alemão. Além disso, essa união territorial, conforme mencionado, alterou a balança de poder na Europa e gerou ressentimentos profundos que contribuíram para o início da Primeira Guerra Mundial no começo do século XX.

Guerras de unificação

A unificação alemã iniciou-se, de fato, a partir das ambições prussianas sobre dois ducados controlados pela Dinamarca: Holstein e Schleswig. Esses ducados, então administrados pelos dinamarqueses, perderam a autonomia com o rompimento da Dinamarca de um acordo assinado em 1852. Esse episódio foi utilizado como pretexto para os prussianos atacarem essa região na Guerra dos Ducados.

A invasão de Holstein e de Schleswig aconteceu com o apoio dos austríacos e com a garantia de neutralidade dos franceses. Os dinamarqueses não tiveram condições de derrotar as tropas compostas por prussianos e austríacos e foram derrotados. Com isso, Schleswig ficou com a Prússia e Holstein sob a posse da Áustria.

A ocupação dos dois ex-ducados dinamarqueses acabou resultando em um desentendimento entre austríacos e prussianos, e isso, tempos depois, deu início a um conflito em 1867, conhecido como Guerra Austro-prussiana. Durante essa guerra, os prussianos contaram com o apoio dos italianos, que atacaram os austríacos ao sul, obrigando-os a fragmentarem suas forças.

A vitória dos prussianos sobre as forças austríacas aconteceu de maneira rápida, principalmente porque os austríacos tiveram de dividir suas forças para lutar ao sul contra os italianos. Além disso, a superioridade militar dos prussianos foi fundamental para garantir essa conquista. Os prussianos, vitoriosos, conseguiram conquistar todos os estados germânicos que haviam apoiado os austríacos. Além disso, os austríacos foram expulsos da Confederação Germânica e foram obrigados a indenizar os prussianos.

Por fim, a última etapa da unificação alemã deu-se com um conflito contra os franceses em 1870 e 1871, o qual ficou conhecido como Guerra Franco-prussiana. Essa guerra foi motivada por atritos entre esses dois países por causa de estados germânicos, no sul da Confederação, que ainda não haviam sido ocupados pela Prússia e de um desentendimento em decorrência da sucessão do trono espanhol.

A Guerra Franco-prussiana foi finalizada com uma grande vitória dos prussianos sobre os franceses, que demonstraram ter um exército obsoleto. Com isso, os prussianos impuseram condições humilhantes para os franceses, como o pagamento de pesada indenização, cessão da Alsácia-Lorena e a aceitar a realização de uma marcha do exército prussiano sobre Paris.

Os termos vexatórios impostos pela Prússia tinham como objetivo enfraquecer a França na Europa Continental durante um longo período. O desfecho e a humilhação sofrida na guerra amargaram as relações entre esses dois países e provocaram o surgimento de um movimento revanchista na França, o que contribuiu para a deflagração de uma nova guerra entre essas nações durante a Primeira Guerra Mundial.

Por Daniel Neves
Graduado em História