Explique como a observação das constelações foi importante para identificação das estações do ano

HISTÓRIA

1. História é apenas o estudo do passado? Justifique sua resposta.

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Resposta: A história pode ser entendida não apenas como uma lembrança de acontecimentos ou situações passadas, mas como o estudo de todos os tipos de sociedades humanas desde as origens da humanidade até os dias de hoje.

2. Leia atentamente a frase: "Para compreender a formação de uma religião é preciso entender as condições históricas que permitiram o seu surgimento". Agora tente explicar o que seriam essas condições históricas que devem ser entendidas.

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Resposta: As condições históricas equivalem ao contexto geral de uma determinada sociedade. Sua situação política, econômica, social e cultural.

3. Faça uma lista das atividades dos historiadores.

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Resposta: Além da pesquisa histórica, podemos citar como atividades do historiador: ensino, produção de textos acadêmicos, jornalísticos e didáticos e participações na vida política de seu país.

4. Defina documento histórico.

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Resposta: Documentos históricos são tudo o que os seres humanos produziram em sua longa trajetória. São testemunhos e vestígios das pessoas que viveram nas sociedades a serem estudadas. São sinais que nos permitem tentar entender como elas estavam organizadas politicamente, como era a sua produção de riquezas, quais eram as características de suas crenças religiosas, quais eram as suas classes sociais, quais jogos praticavam.

5. Elabore uma lista com 5 documentos históricos.

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Resposta: Manuscritos; pinturas; iluminuras; fotografias; esculturas; gravações musicais; objetos; ferramentas.

6. Explique por que os documentos históricos são representações das sociedades em que foram produzidos.

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Resposta: Todos os documentos são produzidos por pessoas, por agentes históricos. Nesse sentido, não são neutros nem imparciais, mas expressam valores, visões, culturas e interesses sociais. Ao expressar tais elementos, constroem representações das sociedades em que são produzidos. Portanto, os documentos não são a tradução da realidade, mas expressões parciais deles.

7. Cite três medidas de tempo criadas pelos seres humanos ao longo da História.

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Resposta: As principais medidas de tempo: dia, semana, mês, ano.

8. Esclareça como os seres humanos elaboram as medidas de tempo.

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Resposta: As primeiras medidas de tempo foram feitas com base na observação da natureza há milhares de anos: nascer e pôr do sol, fases da lua, agrupamentos de estrelas, períodos de calor, frio, secas ou chuvas intensas.

9. Explique como a observação das constelações de estrelas foi importante para a identificação das estações do ano.

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Resposta: Permite que se relacione a identificação de desenhos formados pelas estrelas no céu a cada estação às forças sobrenaturais da natureza e daí à criação de divindades.

10. Explique as razões pelas quais os seres humanos criaram as festas.

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Resposta: Para tentar conseguir a proteção dos deuses e dos seres mágicos, os antigos realizavam festas no início das principais estações do ano.

A astronomia é uma das mais antigas ciências. Os primeiros astrônomos foram capazes de compreender padrões do movimento celeste, identificar as fases da lua, prever eclipses lunares e solares, definir constantes dos movimentos planetários e a partir disso associar os acontecimentos no céu aos fenômenos na Terra. Há, por exemplo, registros do uso da astronomia no Egito antigo, com o intuito de prever as inundações do rio Nilo e o auxílio na produção agrícola. 

Para identificar os movimentos observados no céu, os astrônomos da antiguidade criaram regiões que eram, basicamente, desenhos formados ao ligar as estrelas no céu, como numa brincadeira de ligar os pontos. Esses desenhos poderiam ser usados como referências e receberam o nome de constelações.

Explique como a observação das constelações foi importante para identificação das estações do ano

Constelações como expressão da cultura dos diferentes povos

Naquela época, as pessoas acreditavam que todos os fenômenos que aconteciam, na Terra ou no céu, estavam ligados aos deuses, por isso é simples entender que a maioria dos desenhos observados no céu remetiam a divindades de diversos povos e culturas. Muitas vezes, o céu foi usado para contar histórias de uma mitologia complexa, exemplificada por meio dos desenhos no céu. Algumas das histórias eram carregadas de ensinamentos passados de geração em geração. Além de deuses, foram representados diversos seres vivos e objetos em constelações diferentes. 

Cada povo sempre olhou o céu de sua forma, criando suas próprias constelações. Com isso, existiam conjuntos de estrelas que pertenciam a constelações diferentes e que poderiam estar associadas a significados diferentes. Estudar as constelações de diferentes povos é também uma forma de estudar a sua cultura. 

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Padronização

No século XX, surgiu a necessidade de se criar um sistema universal de constelações, para que todos reconhecessem o céu da mesma forma. Com o aprofundamento dos estudos sobre os corpos celestes, entendeu-se a necessidade de padronizar a organização das estrelas, para que todos pudessem encontrar um objeto no céu ou uma ordem no universo a partir da mesma constelação de referência.

Desse modo, em 1929, a União Astronômica Internacional (IAU) dividiu o céu em 88 regiões, que seriam identificadas com o auxílio de um desenho. A maioria das constelações escolhidas por eles estavam associadas à mitologia grega. Diferente do que é entendido em algumas culturas astronômicas, nessa divisão uma estrela não poderia fazer parte de mais de uma constelação, pois isso não seria uma divisão exata do céu. Definiu-se também que a constelação não é somente o desenho, mas que, na verdade, o céu está dividido por linhas imaginárias e o desenho é usado para identificar cada região no céu, de modo que mesmo se uma estrela não fizer parte do desenho, ainda assim, faz parte da constelação.

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Uma questão de perspectiva

É importante entender que as constelações não são objetos reais, são somente padrões que as estrelas formam no céu, observados aqui da Terra. Essas estrelas que observamos próximas umas das outras e que nos mostram um desenho, muitas vezes estão extremamente distantes entre si e não têm conexões umas com as outras.

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Imagem retirada de https://images.app.goo.gl/U7qDCupaFuHgCTBj9

Observe a imagem acima. Ela representa a constelação de Órion e nós a observamos como se  todas as estrelas estivessem em um mesmo plano, em duas dimensões. Na verdade, quando olhamos para as estrelas em três dimensões, percebemos que cada uma está a uma distância diferente da Terra e que o desenho observado é só uma questão de perspectiva. 

Constelações e estações do ano

Podemos usar as constelações como referência para marcar as estações do ano. Órion, por exemplo, se for observado próximo ao leste no início da noite, indicará que estamos no verão do Hemisfério Sul, ou inverno do Hemisfério Norte. A constelação que está do lado oposto de Órion no céu é Escorpião. Por estar do lado oposto, considerando o Hemisfério Sul, quando Escorpião aparecer ao leste no céu no início da noite, você poderá afirmar que está na estação oposta, o inverno, ou no verão do Hemisfério Norte. 

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Ursa Menor e Cruzeiro do Sul

Algumas constelações só podem ser vistas completamente por alguém que se encontra numa determinada região da Terra. Por exemplo, a Ursa Menor não é observada por nós no Hemisfério Sul, somente por quem está no Hemisfério Norte. Lá eles podem usar a estrela Polaris, que se localiza na constelação da Ursa Menor, para achar o ponto cardeal Norte, a partir de uma reta perpendicular ao horizonte e que passa de forma imaginária por esta estrela. Já no Hemisfério Sul, nós observamos o Cruzeiro do Sul, que pode ser útil  para encontrarmos o ponto cardeal Sul. 

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[Texto de autoria de Letícia Rioga, estagiária do Núcleo de Astronomia]