O que estuda a imunologia

Saber como estudar imunologia é um desafio que exigirá integração dos conhecimentos de outras disciplinas, organização das atividades e muito empenho do estudante de medicina.

Além disso, o profundo conhecimento em imunologia será fundamental para concluir sobre os distúrbios clínicos que o paciente apresentará, evitará a instituição de intervenções terapêuticas desnecessárias e facilitará o raciocínio clínico.

Isso porque a imunologia é uma disciplina que analisa a resposta inflamatória diante da invasão de microrganismos ou outros antígenos que podem desequilibrar o organismo. Também estuda a imunização ativa e passiva.

No post de hoje daremos dicas de como estudar imunologia e de como observar os resultados a longo prazo. Confira!

1. Não deixe para amanhã o que deve ser estudado hoje

Nos cursos de graduação em medicina é comum que os professores abordem uma grande quantidade de conteúdo diariamente. Isso significa que o acúmulo de tópicos a serem estudados se avoluma em velocidade exorbitante.

Ademais, para facilitar o processo de aprendizagem é interessante que o conteúdo estudado seja revisto no mesmo dia, a fim de consolidar a informação adquirida durante as aulas.

Por isso, é fundamental que o estudante de medicina faça resumos, esquemas ou outro tipo de estudo dinâmico no mesmo dia em que aprendeu o conteúdo, pois assim fortalecerá as conexões neurais que foram excitadas durante a apresentação prévia.

2. Associe o aprendizado a casos clínicos

O conteúdo de imunologia engloba conhecimento sobre os leucócitos e suas subclassificações. Enquanto os linfócitos são as células que orquestram toda a função imune, os macrófagos são responsáveis pela internalização de antígenos. Já os eosinófilos são indicadores de processos alérgicos e os neutrófilos são especializados no combate a bactérias e fungos.

É crucial relacionar as informações a um caso clínico, pois isso facilita a memorização. Sendo assim, ao se deparar com um paciente que apresenta leucocitose, por exemplo, é preciso compreender que um número maior de células foi recrutado para controlar um processo infeccioso e acompanhar o estado geral do indivíduo para descobrir a causa do aumento de glóbulos brancos no sangue.

3. Não tente estudar por repetição

Muitos estudantes de graduação acreditam que a forma mais fácil de adquirir conhecimentos é por meio da repetição. A memorização ‘forçada’ é ineficaz, pois não agrega saberes a longo prazo.

Isso ocorre porque o conteúdo assimilado dessa forma será armazenado como memória de curto prazo, ou seja, permanecerá no córtex cerebral por pouco tempo e não será consolidada no hipocampo.

Para fixar conhecimentos em imunologia na memória de longa duração é necessário fazer associações com as disciplinas já aprendidas, como anatomia, bioquímica, patologia, fisiologia e tantas outras que são essenciais para entender os mecanismos imunológicos.

Por isso, o estudante deve analisar quais são os processos de aprendizagem mais adequados para a sua personalidade. Enquanto alguns indivíduos são mais produtivos no período noturno e optam por resumos esquemáticos, outros preferem estudar com um grupo de amigos durante o dia.

Também são formas interessante de guardar a matéria a utilização de mnemônicos, músicas, piadas, jogos, desenhos ou qualquer outro artifício que te ajude a compreender e a não esquecer o que foi estudado.

Saber como estudar imunologia é de suma importância para compreender os processos patológicos que acometem os pacientes. Além disso, conhecer profundamente o sistema imune garante ao estudante a compreensão de outros saberes que estão integrados à condição clínica do doente.

No início, a imunologia pode parecer uma matéria difícil de ser assimilada, mas com a prática e valendo-se das ferramentas certas, em pouco tempo você verá que vai se tornando cada vez mais fácil aprender o tema.

Agora que já sabe como estudar imunologia, não deixe de ler o nosso artigo com cinco dicas de estudo para aprender patologia!

Os primeiros semestres da graduação de medicina são caracterizados pelas matérias chamados do ciclo básico, que englobam os conteúdos base para os conhecimentos na área médica. Os conteúdos são extensos e podem ser cansativos, mas são todos essenciais para a formação do profissional médico.

Uma dessas matérias, considerada como uma das mais complexas, é a imunologia. Por isso, no texto de hoje falaremos um pouco sobre ela e sua importância, e daremos dicas de como aperfeiçoar seus estudos na área.

O que é o estudo de imunologia?

A imunologia diz respeito ao estudo das respostas imunológicas do corpo, isto é, a forma como o organismo se defende e responde aos agentes patogênicos com os quais entra em contato. A resposta imunológica acontece por meio da ação de células do sistema imune, que são responsáveis por produzir anticorpos.

Para o entendimento desses processos complexos, são abordados conteúdos como:

  • imunidade natural e adquirida;
  • células e tecidos do sistema imunológico;
  • anticorpos e antígenos;
  • processamento e apresentação de antígenos às células de defesa;
  • ativação e regulação das células de defesa;
  • mecanismos efetores das respostas imunes;
  • imunidade na defesa e da doença.

Qual sua importância para a prática médica?

O entendimento dos processos do sistema imune é essencial para o manejo das doenças, por meio da compreensão dos mecanismos envolvidos na defesa do organismo. O médico precisa entender quais são as células e reações envolvidas, e quais são os fatores que modificam esses processos.

A imunologia é a base para o conhecimento do tratamento de doenças infecciosas (causadas por bactérias, vírus e fungos), desenvolvimento de vacinas e manejo de doenças causadas por anomalias do sistema imunológico (alergias, doenças autoimunes, rejeição de transplantes, imunodeficiência adquirida).

Quais as dicas para melhorar o rendimento dos estudos?

O estudo da imunologia engloba muitos conceitos e processos, de forma que alguns alunos apresentam mais dificuldades. Essas dicas de estudo podem lhe ajudar a melhorar seus rendimentos e entender o conteúdo.

1. Fazer resumos

Uma ótima dica que funciona com praticamente todas as matérias é fazer resumos do conteúdo sempre logo após a aula. Dessa forma, o conteúdo ainda está recente e você terá mais chances de fixá-lo.

Deixar para fazer todos os resumos na véspera da prova pode ser uma má ideia, pela falta de tempo e por correr o risco de não lembrar mais do conteúdo. O ideal é fazer resumos com esquemas e itens visuais que organizam as informações, ajudam na memorização e podem ser usados para estudos antes da prova. Além disso, ter um bom livro para te acompanhar nos estudos também é muito importante!

2. Ler antes das aulas

É muito comum que os professores indiquem artigos ou capítulos de livros para serem lidos antes da aula, mas são poucos os alunos que seguem a recomendação. Ler sobre o assunto antes da aula é uma forma de entrar em contato com o tema, ainda que minimamente.

Mesmo que você não entenda muito bem, já estará familiarizado com os termos e conseguirá acompanhar a aula mais facilmente.

3. Planejamento e organização

Os alunos de medicina têm uma rotina puxada e muitas matérias, além da imunologia, para estudar, por isso a organização é primordial. O ideal é ter uma agenda semanal, com a separação das horas de estudo e as matérias a serem estudadas a cada dia.

Propor metas de estudo ajuda a manter a pessoa motivada e a conseguir estudar tudo que precisa.

4. Ensine para outros

Fazer grupos de estudo é muito bom para ter uma motivação e para que cada um ensine o que sabe melhor. Quando você ensina, seu cérebro é obrigado a organizar o conhecimento e, com isso, você acaba aprendendo mais.

O estudo de imunologia pode se tornar uma tarefa fácil, mas para isso, você precisa colocar em prática as nossas dicas. O comprometimento é o principal fator que vai diferenciá-lo dos demais alunos. Portanto, invista no seu conhecimento e foque nos seus estudos!

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Imunologia é o campo da biologia que estuda o sistema imunológico dos seres vivos e sua habilidade de responder à ação de agentes patogênicos. A imunologia baseia-se em como o próprio corpo se defende de doenças infecciosas causadas por microrganismos, tais como bactérias, vírus, protozoários e fungos, e também organismos parasitas, como os vermes.

A imunologia clássica é uma união entre as áreas de epidemiologia e medicina, e estuda a relação entre os sistemas corporais, agentes patogênicos e a imunidade. Já a imunologia clínica é o estudo de doenças causadas por perturbações do sistema imune. Envolve doenças no sistema imune e de outros sistemas do corpo, nos quais as reações imunológicas desempenham um papel de bastante destaque. Por sua vez, a imunoterapia é a utilização de componentes do sistema imune para o tratamento de doenças como o câncer, deficiências imunológicas ou outras doenças autoimunes.

Histórico

A palavra imunidade, de origem latina, significa “isento” ou “livre”, e refere-se aos mecanismos utilizados pelo organismo como proteção contra agentes presentes no ambiente e estranhos ao corpo. Os primeiros relatos históricos sobre imunidade foram feitas pelo historiador ateniense Tucídides em 430 a.C. Durante a “praga de Atena”, Tucídides observou que aqueles, que haviam contraído a praga e se recuperado, conseguiam cuidar dos doentes sem contrair a doença pela segunda vez.

O surgimento da imunologia é atribuído ao médico inglês Edward Jenner pela elucidação do primeiro processo de imunização no final do século XVIII. Jenner comprovou que a varíola bovina, também chamada de vacínia, doença relativamente branda, conferia proteção contra a varíola humana, comumente fatal. Em 1796, ele demonstrou sua teoria inoculando um menino de 8 anos com varíola bovina. Quando mais tarde o garoto foi inoculado intencionalmente com varíola humana, a doença não se desenvolveu. Na China, no Sudão e em outros países, procedimentos semelhantes ao desenvolvido por Jenner já vinham sendo usados popularmente para proteção contra varíola. A esse processo deu-se o nome de variolação, mais tarde conhecido por vacinação.

Também baseada neste tipo de procedimento, foi criada na década de 1940, a leishmanização; técnica na qual uma única lesão causada utilizando o parasita era suficiente para proteger o indivíduo contra uma futura reinfecção de leishmaniose.

Louis Pasteur, químico e microbiologista francês, também deixou sua contribuição para a imunologia, especialmente para os estudos de vacina. Em seus experimentos com cólera aviária, Pasteur notou que culturas de bactérias velhas perdem parte de sua capacidade de causar doenças e matar. Ao inocular uma cultura velha de bactérias nas aves, elas adoeceram, mas conseguiram se recuperar. Ao reinoculá-las com uma cultura nova, Pasteur observou que elas permaneceram sadias. Desta forma, ele demonstrou não só a diminuição da virulência da bactéria, mas também comprovou que o uso do patógeno atenuado pode levar à proteção contra uma doença. A este processo, Pasteur deu o nome de vacinação, em honra ao trabalho de Jenner. Até os dias atuais o termo vacinação é usado para descrever a inoculação de amostras atenuadas de agentes patogênicos em indivíduos saudáveis, a fim de conferir proteção contra determinadas doenças.

A pesquisa por novos métodos que levassem à proteção contra doenças deu seguimento. No início da década de 1890, Emil von Behring e Kitasato Shibasaburo descobriram que o soro de animais imunes à difteria ou ao tétano continha uma atividade antitóxica específica que poderia conferir uma proteção a curto prazo contra os efeitos das toxinas em pessoas. Atualmente esta técnica também é utilizada para a produção de anticorpos contra venenos de serpentes, escorpiões e aranhas. Os anticorpos produzidos se ligam especificamente às toxinas e neutralizam suas atividades.

Referências bibliográficas:
Abbas, A. K., Lichtman, A. H., Pillai, S. Imunologia celular e molecular. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

Pereira, J. M. S. Imunologia. Disponível em: <cloud.fciencias.com/wp-content/uploads/2014/11/Imunologia-SEBENTA.pdf>

Price, D. What is immunology? Disponível em: <http://bitesized.immunology.org/what-is-immunology/>

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