O que estuda patologia

Educação

A patologia é o estudo das doenças, portanto é considerada a base científica da medicina. Não à toa, os estudantes dessa área frequentemente decidem por fazer um curso de patologia complementar, para entender melhor como as enfermidades impactam as células, tecidos e órgãos do corpo humano.

Além disso, muitos também acabam optando por se especializar nessa área, já que tanto patologistas médicos, quanto cientificamente qualificados, fornecem aconselhamento especializado para equipes médicas que tratam pacientes e estão envolvidos em gerenciamento organizacional e pesquisa.

Tendo em vista que a patologia estuda as causas, natureza e efeitos da doença, o patologista pode ser descrito como um médico com treinamento adicional em técnicas de laboratório usadas para estudar doenças. Ou seja, esses especialistas podem trabalhar em um laboratório ao lado de cientistas com treinamento médico especial.

Os patologistas também estudam tecidos e outros materiais retirados do corpo, analisando esses itens para diagnosticar doenças, monitorar condições médicas em andamento e ajudar a orientar o tratamento.

Um patologista é uma parte vital da equipe de atendimento de qualquer paciente. E, no entanto, pode ser praticamente invisível para o paciente. Isso porque grande parte do seu trabalho é realizado no laboratório. Lá, um patologista se baseia no conhecimento médico e na paixão de um detetive pelo mistério para montar o quadro de uma doença.

Vale lembrar que o patologista está frequentemente envolvido no diagnóstico das enfermidades. Ele pode examinar uma amostra de tecido em busca de vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos. A maioria dos diagnósticos de câncer, por exemplo, é feita por ou em conjunto com um patologista.

Atualmente, os patologistas modernos têm mais do que microscópios à sua disposição, podendo usar estudos genéticos e marcadores genéticos para diagnosticar uma condição hereditária.

Grande parte do trabalho de um profissional focado em patologia culmina na forma de um relatório, onde será detalhada a análise das amostras enviadas ao laboratório por um médico, expondo meticulosamente seus achados.

O treinamento para ser um profissional em patologia varia entre as especialidades da medicina, pois cada uma se concentra em um aspecto diferente da área médica e, portanto, precisa de habilidades diferentes além das proficiências básicas que todo patologista precisa.

O que estuda patologia
 Nota: Para o exemplo daquilo que não é intuitivamente esperado, veja Patologia (matemática).

Patologia (derivado do grego pathos, afetação, doença, e logia, ciência, estudo) é um ramo da biologia e medicina primariamente dedicado à análise e estudo de órgãos, tecidos e fluidos corporais, com a finalidade de fazer um diagnóstico das doenças.[1]

Por extensão, pode ser considerada além disso, em geral sob aspectos determinados, tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento como matemática, arquitetura e engenharias, onde é conhecida como "Patologia das Edificações" e estuda as manifestações anômalas (lesões, danos, defeitos e falhas) que podem vir a ocorrer em uma construção.[2]

Na medicina envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a doenças.

O termo patologia tem sido usado, erroneamente, como sinônimo de doença.[3] Tal uso é decorrente da tradução imprópria do inglês pathology.

Tradicionalmente, o estudo da patologia é dividido em:

Patologia geral

Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais provocados pelas doenças. Por isso é denominada patologia geral, doenças relacionadas a todos os processos patológicos, referentes às células.

Patologia especial

Examina as respostas específicas de órgãos especializados e tecidos a estímulos definidos.

Áreas

Todas as doenças têm causa (ou causas) que age(m) por determinados mecanismos, os quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em alterações funcionais do organismo ou parte dele, produzindo alterações subjetivas(sintomas) ou objetivas(sinais).

A patologia engloba áreas diferentes como:

Etiologia

Estuda as causas gerais de todos os tipos de doenças, podendo ser determinado por fatores intrínsecos ou adquiridos.

Patogenia

É o processo de eventos do estímulo inicial até a expressão morfológica da doença.

Alterações morfológicas

As alterações morfológicas, que são as alterações estruturais em células e tecidos características da doença ou diagnósticas dos processos etiológicos. É o que pode ser visualizado macro ou microscopicamente.

Fisiopatologia

Estuda os distúrbios funcionais e significado clínico. A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o funcionamento normal e determinam as características clínicas, o curso e também o prognóstico da doença.

O estudo de sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou Semiologia, que têm por finalidade fazer seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem o prognóstico, a terapêutica e a profilaxia.

A classificação e nomenclatura das lesões são complicadas, não havendo consenso dos estudiosos quanto ao significado de muitas palavras utilizadas para identificar os diferentes processos. Como o objetivo da Patologia Geral é o estudo das lesões comuns às diferentes doenças, é necessário que tais lesões sejam classificadas e tenham uma nomenclatura adequada.

Ao atingirem o organismo, as agressões comprometem um tecido (ou um órgão), no qual existem:

  1. células, parenquimatosas e do estroma;
  2. componentes intercelulares ou interstício;
  3. circulação sangüínea e linfática;
  4. inervação.

Após agressões, um ou mais desses componentes podem ser afetados, simultaneamente ou não. Desse modo,podem surgir lesões celulares, danos ao interstício, transtornos locais da circulação, distúrbios locais da inervação ou alterações complexas que envolvem muitos ou todos os componentes teciduais. Por essa razão, as lesões podem ser classificadas nesses cinco grupos, definidos de acordo com o alvo atingido, lembrando que, dada a interdependência entre os componentes estruturais dos tecidos, as lesões não surgem isoladamente nas doenças, sendo comum sua associação.

Lesão celular

 

Microscópio eletrônico da Siemens, 1973. Musée des Arts et Métiers , Paris

As lesões celulares pode ser consideradas em dois grupos:

Lesão celular reversível

São aquelas compatíveis com a regulação do estado de normalidade após cessada a agressão; a letalidade ou não está freqüentemente ligada à qualidade, à intensidade e à duração da agressão, bem como ao estado funcional ou tipo de célula atingida. As agressões podem modificar o metabolismo celular, induzindo o acúmulo de substâncias intracelulares (degeneração|degenerações), ou podem alterar os mecanismos que regulam o crescimento e a diferenciação celular originando hipotrofias, hipertrofias, hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias, e neoplasias). Outras vezes,acumulam-se nas células pigmentos endógenos ou exógenos, constituindo pigmentações.

Lesão celular Irreversível

São representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise).

Alteração do interstício

Englobam as modificações da substância fundamental amorfa e das fibras elásticas, colágenas e fibras reticulares, que podem sofrer alterações estruturais e depósitos de substância formadas in situ ou originadas da circulação.

Distúrbio da circulação

Incluem aumento, diminuição, cessação do fluxo sangüíneo para os tecidos (hiperemia, oligoemia e isquemia), coagulação sanguínea no leito vascular (trombose), aparecimento na circulação de substâncias que não se misturam ao sangue e causam oclusão vascular (embolia), saída de sangue do leito vascular (hemorragia) e alterações das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema).

Alteração da inervação

Alterações locais dessas estruturas são pouco conhecidas.

Inflamação

A lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais.

 

Velocidade de hemossedimentação (VHS) é um teste comum na hematologia usado para uma medida não-específica da inflamação.

  • Causalidade
  • Postulados de Koch
  • Semiologia médica
  • Citopatologia
  • Microbiologia
  • Epidemiologia
  • Saúde pública
  • Doenças não transmissíveis
  • Processo saúde-doença
  • História natural da doença

  1. MANDAL, Ananya. What is Pathology? News-Medical.Net acesso 12 de julho de 2016
  2. DÓREA, S. C. L. et al. Avaliação patológica da estrutura de concreto armado e dos componentes de uma edificação construída em 1914 SCIENTIA PLENA VOL. 6, NUM. 12, 2010, www.scientiaplena.org.br
  3. «PATOLOGIA COMO SINÔNIMO DE DOENÇA». www.jmrezende.com.br. Consultado em 23 de setembro de 2015 

  • KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson. Robbins & Cotran Patologia humana. Es, Elsevier Google livros 2011
  • MONTENEGRO, Mario R.; FRANCO, Marcelo. Patologia, processos gerais. Atheneu; 4º edição; 2004.
  • Robbins, Stanley L.; Cotran, Ramzi S.; Kumar, Vinay. Fundamentos de Robbins. Patologia estrutural e funcional. RJ, Guanabara Koogan, 1991

 

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  • Centro Brasileiro de Classificação de Doenças - CBCD
  • Sociedade Brasileira de Patologia
  • International Classification of Diseases (ICD)
  • Centros para el Control y la Prevención de Enfermedades
  • Photo Researchers To Your Health Pathogens

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