Ao mencionar as reticências o poema destaca um dos papéis mais importantes desse sinal qual é ele

Talvez no título complementar, ora atribuído a este artigo, resida o ponto central de nossa discussão: “recurso”. Recurso este remetido ao contexto da fala, da escrita. E quando falamos em recurso, nesse sentido, a primeira noção que emerge diz respeito às intenções que se deseja alcançar com a mensagem, com o discurso.

Como “matéria-prima” de tal recurso daremos ênfase ao seguinte sinal de pontuação: as reticências. Primeiramente, seguiremos por vias práticas, fazendo menções a circunstâncias que remetem à fala. Assim, ao proferirmos um discurso, associado a uma supressão imediata, tal intenção pode estar relacionada a vários fatores, começando pelos banais, por exemplo: imagine que porventura apareça alguém cuja presença impedirá que a continuidade da conversa se materialize. Haverá, pois, uma supressão, uma interrupção. Pensemos por outro lado: talvez essa pausa tenda a provocar outros efeitos, como é o caso de deixar em aberto, dando margem a uma reflexão ou até mesmo a uma continuidade de algo já preestabelecido, assim como:

Quem conversa demais...

Preestabelecido porque se trata de um provérbio e, como tal, todos nós sabemos o que virá pela frente.

Observe como são sábias as palavras de Mário Quintana, e como parece calhar com o que estamos dizendo:

Da Discrição Não te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo

Possui amigos também...

Ou seja, o segredo poderá se multiplicar, sem dúvida.

Adentrando os caminhos da escrita, simbolizando as pausas que se manifestam por meio da oralidade, esse recurso parece ganhar conotações ainda mais peculiares, sobretudo quando o foco é a linguagem subjetiva. De forma a ilustrar a afirmativa, servimo-nos de uma criação da poetisa gaúcha, Stella Vives:

Reticências

Reticências são pequenos pontos, seguimentos de pontos... não são lacunas, não são abandonos... São esperança, quiçá sofrimento?

Serão suspiros de uma alma em tormento?

Afinal, o que são reticências? Prá quem escreve, significam algo, prá quem lê, fica na imaginação... Lirismo, paixão?

Técnica, polêmica, piração?

Sigo minha vida com reticências... que serão preenchidas pelo tempo, por palavras que virão, por felicidades que chegarão,

pelas alegrias de uma paixão...

Reticências...
Será que fazem falta nas ciências?

Ela questiona acerca do sentido que se atribui às reticências, sobretudo por meio da segunda estrofe:

Afinal, o que são reticências? Prá quem escreve, significam algo, prá quem lê, fica na imaginação... Lirismo, paixão?

Técnica, polêmica, piração?

Seriam elas Lirismo? Paixão? Técnica? Piração? E mais: ao final, deixa a cargo do leitor refletir se fariam falta nas ciências. Eis mais um indício que elas, concebidas como recurso retórico, fazem parte do universo subjetivo, por excelência.

De mesmo nome citamos outra criação, agora pertencendo ao célebre Fernando Pessoa, incorporada a um de seus heterônimos, Álvaro de Campos (fragmentos):

[...] Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir... Produtos românticos, nós todos... E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada.

Assim se faz a literatura...


[...]

Sintetizando: as reticências assumem, entre outras funções, um papel subjetivo, assim como o ponto de exclamação. Como se pôde ver, o uso desse sinal é vastamente aplicado à linguagem literária e, por vezes, à publicitária.

Veja o que afirma um dos poetas já citados aqui, Mário Quintana:

“Considero que as reticências são a maior conquista do pensamento ocidental, porque evitam as afirmativas inapeláveis e sugerem o que os leitores devem pensar por conta própria, após a leitura do autor”.

Fonte: Revista Língua Portuguesa: ed. 74

Ao mencionar as reticências o poema destaca um dos papéis mais importantes desse sinal qual é ele

é termo acessório da oração, pois se trata de um adjunto  adverbial de lugar.  c) O verbo enroscar é transitivo indireto, portanto seu complemento é o pronome “me”.  d) Nessa oração, o sujeito é desinencial.  08. Releia o texto e assinale a alternativa INCORRETA:  a) A conjunção “e” foi empregada por quatro vezes, no poema (para introduzir os versos 4, 8, 10 e 12), indicando  uma progressão semântica que adiciona algum dado novo ao que foi dito anteriormente.  b) Os dois primeiros versos se referem ao ponto de interrogação e a palavra “caracol” sugere a forma espiralada  desse sinal de pontuação.  c)  A  expressão  “caracol  sem  saída”  foi  usada  como  trocadilho  com  beco  sem  saída,  essa  expressão  dá  a  entender que empregamos o ponto de interrogação para expressar nossas dúvidas sobre as coisas ou quando  nos encontramos em dificuldades e buscamos uma saída.  d) Nos 1º, 3º, 7º, 10º, 11º, 13º e 16º versos, foram empregados pronomes oblíquos átonos pospostos ao verbo.  09. De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA:  a)  Há  uma  relação  de  sentido  entre  o  ponto  de  exclamação  e  a  palavra  “pulo”,  pois  essa  palavra  expressa  desânimo, que é também a ideia expressa por esse sinal de pontuação.  b) A expressão “fico na ponta dos pés” sugere a forma visual do ponto de exclamação: um traço sobre um ponto.  c) Se compararmos a caracterização feita, no poema, sobre o ponto e vírgula, a vírgula e o ponto, perceberemos  que não há diferença entre a pausa indicada pela vírgula e pelo ponto e vírgula, enquanto o ponto indica uma  parada definitiva, pois é o fim da frase.  d) Apesar de o  texto  ter  sido construído  sem elementos de coesão, podemos dizer que  se  trata de um  texto  coerente, ou seja, forma um conjunto harmonioso de sentidos. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MjgwNDowZDQ3OjY1MTg6OWUwMDowMWIxOmI1YWI6Njg5Njo2Y2Ix:U2F0LCAwMiBNYXkgMjAyMCAwODoxNjoxOCAtMDMwMA== 4  10. Leia as proposições abaixo e, depois, assinale a alternativa CORRETA:  I – A propósito do travessão, o fato de esse sinal de pontuação ser um traço na horizontal, dá a ideia de  se  estar  deitado,  com preguiça,  como  sugerem os  11º  e  12º  versos  do  poema,  porém, mesmo assim,  presta um importante “ serviço” : introduz um enunciado explicativo extra que não pertence ao corpo do  texto principal.  II – Ao mencionar as reticências, o poema destaca um dos papéis mais importantes desse sinal: ir além,  ou seja, sugerir sentidos, sem torná­los explícitos no texto.  III – Ao tratar dos sinais de pontuação, o eu lírico os associa ao seu próprio trabalho com a linguagem no  momento da criação do poema: um trabalho difícil, cheio de surpresas, de dificuldades, de paradas, de  momentos de reflexão e de relaxamento, de jogo com as palavras.  a) Apenas I está correta.  b) Apenas I e III estão corretas.  c) Apenas II e III estão corretas.  d) Todas estão corretas.  MATEMÁTICA  11. O valor da expressão 0,999... +  + 0,11  é:  a) 2,11  b) 2,20  c) 2,22  d) 1,99  12. O domínio da função real dada por  (  ) =  √  +  +  é representado pelo conjunto:  a) {x  R / x ≥ 1,5}  b) {x  R / x ≥ −1,5}  c) {x  R / x ≤ −1,5}  d) {x  R / x < −1,5}  13. Marcos é  técnico em computação. Para qualquer serviço a ser  feito ele cobra um valor  fixo de R$  150,00.  Se  o  tempo  do  serviço  passar  de  uma  hora,  será  acrescido  45  centavos  por  hora  trabalhada.  Considerando x o número de horas trabalhadas e f o preço final de um serviço, podemos afirmar que a  lei de formação da função que se enquadra corretamente nessa situação é:  a) f(x) = 150 + x  b) f(x) = 150 + 45x  c) f(x) = 150 + 0,45x  d) f(x) = (150 +0,45)x  14. Um determinado supermercado ao fechar um dos caixas verificou que possuía R$ 3.570,00 em notas  de R$10,00 e de R$ 50,00. Sabendo que o triplo das notas de R$10,00 é igual ao dobro das notas de R$  50,00,  podemos  afirmar  que  o  número  de  notas  de  R$  10,00  e  de  R$  50,00,  neste  caixa  era,  respectivamente, de:  a) 40 notas de R$ 10,00 e 60 notas de R$ 50,00.  b) 41 notas de R$ 10,00 e 65 notas de R$ 50,00.  c) 40 notas de R$ 10,00 e 40 notas de R$ 50,00.  d) 42 notas de R$ 10,00 e 63 notas de R$ 50,00.  15. Uma caixa d’água é formada por dois cilindros, C1 e C2. C1 possui x metros de altura e sustenta C2 que  possui o triplo da altura de C1. Sabendo que o raio de C2 é cinco vezes maior que o raio de C1, podemos  afirmar que o volume de C2 em relação ao volume de C1 é:  a) 45 vezes menor.  b) 55 vezes maior.  c) 65 vezes menor.  d) 75 vezes maior.  16.   O triângulo ABC é  formado pelas  intersecções das retas r: 3x + 2y = 4; s: y – x – 2 = 0 e  t:  y = 0.  Podemos afirmar que a área do triângulo ABC (em unidades de área) é:  a) Maior que 2 e menor que 3.  b) Maior que 3 e menor que 4.  c) Maior que 4 e menor que 5. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MjgwNDowZDQ3OjY1MTg6OWUwMDowMWIxOmI1YWI6Njg5Njo2Y2Ix:U2F0LCAwMiBNYXkgMjAyMCAwODoxNjoxOCAtMDMwMA== 5  d) Maior que 5 e menor que 6.  17. Um número complexo z ≠  é escrito na forma trigonométrica da seguinte forma:  =  (  +  ),  onde  é  ú  é  .Supondo que z1  e z2  possam ser escritos na forma trigonométrica, podemos afirmar que o produto destes dois números será  dado por:  a)  1 .  2 =  1 .  2  [cos(  1 −  2 ) +  (  1 −  2 )]  b)  1 .  2 =  1 .  2  [cos(  1 −  2 ) +  (  1 +  2 )]  c)  .  =  .  [cos(  +  ) +  (  +  )]  d)  .  =  .  [cos(  +  ) +  (  −  )]  18. Simplificando a expressão trigonométrica  +  (  −  ). (  +  ), obteremos:  a) sen x + tg x  b) sen 2 x + cos 2 x  c) tg 3 x + sen x  d) sen 2 x + tg 3 x  19. Seja ABCD um quadrado de lado 1 metro (m) e de área S1. A partir dos pontos médios dos lados do  quadrado  ABCD  construa  outro  quadrado  denominado  A ’ B ’ C ’ D ’  de  área  S2.    Repetindo  o  mesmo  processo, a partir dos pontos médios dos lados de A ’ B ’ C ’ D ’ , construa outro quadrado cuja área seja S3.  Supondo que este processo se repita  infinitamente é CORRETO afirmar que a soma de  todas as áreas  dos quadrados construídos será igual a:  a) 2 m  b) 2,5 m  c) 3m  d) 3, 5 m  20.  Considere a equação do segundo grau  −  +  =  . Escolhendo  ao acaso entre os elementos  do conjunto  =  {  /  ≤  ≤  }, podemos afirmar que a probabilidade de a equação acima ter duas  raízes reais ou de possuir duas raízes reais e iguais é de:  a) 50,05 %  b) 60,00%  c) 62,50%  d) 65,00%  INFORMÁTICA  21. O Microsoft Office 2007 possui uma série de atalhos para agilizar e facilitar a sua utilização. Abaixo  estão  listados  alguns  desses  atalhos  e  suas  respectivas  funções.  Assinale  a  alternativa  que  NÃO  CORRESPONDE a um atalho válido do Microsoft Word 2007:  a) CTRL + A ­ abrir arquivo.  b) CTRL + B ­ salvar arquivo.  c) CTRL + P ­ abrir janela.  d) CTRL + S ­ salvar arquivo.  22. Analise as afirmativas acerca do Microsoft Word 2007 e assinale a alternativa INCORRETA:  a) O Microsoft Word 2007 possui um editor de equações que pode ser acionado através da guia Inserir opção  Equação.  b) A função =rand(p,f) ­ onde p é o número de paragráfos e f o número de frases ­ do Microsoft Word 2007 gera  um texto aleatório com dicas sobre a utilização do sistema.  c) No Microsoft Word 2007, é possível ver a página como uma folha quadriculada, usada para desenho. Pode  ser acionada na guia Exibição opção Linhas de grade. As  linhas de grade são visíveis quando o documento é  impresso.  d) A função =lorem(p,f) ­ onde p é o número de paragráfos e f o número de frases ­ do Microsoft Word 2007 gera  um texto aleatório.  23. Na secretaria em que Ruy trabalha, foi adotado como padrão dos documentos criados no Microsoft  Word 2007 a fonte Courrier New tamanho 12. Observe os passos abaixo: www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MjgwNDowZDQ3OjY1MTg6OWUwMDowMWIxOmI1YWI6Njg5Njo2Y2Ix:U2F0LCAwMiBNYXkgMjAyMCAwODoxNjoxOCAtMDMwMA== 6  1 – Na janela Fonte, escolher a fonte, o estilo e o tamanho desejados.  2 – Selecionar a guia Início.  3 – Confirmar a alteração do padrão da fonte.  4 – Clicar no botão Padrão.  5 – Clicar

Ao mencionar as reticências o poema destaca um dos papéis mais importantes desse sinal qual é ele
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