Com base em seus conhecimentos e nas informações do mapa sobre a esperança de vida média na Europa

A Organização das Nações Unidas (ONU), para analisar o nível de desenvolvimento social de um país, utiliza como critério o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse índice consiste na média obtida através da análise de três fatores: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita (calculado com base na paridade de poder de compra - PCC); grau de escolaridade das pessoas (média de anos de estudo da população adulta e número esperado de anos de estudos.); expectativa de vida da população (esperança de vida ao nascer). Os valores do IDH variam de 0 a 1, países ricos possuem IDH próximo a 1, nações em desenvolvimento apresentam IDH mais próximo de 0.

O continente Europeu é o que possui a maior quantidade de países entre os primeiros nas medições de Índice de Desenvolvimento Humano. Fato esse, consequência de planejamento e altos investimentos na área social durante décadas.


Ruas da Noruega

Confira os países europeus com maiores índices de IDH.

Noruega – 0,944

Suíça - 0,917

Países Baixos (Holanda) – 0,915

Alemanha - 0,911

Dinamarca - 0,900

Irlanda - 0,899

Islândia - 0,895

Suécia – 0,898

Reino Unido – 0,892

Liechtenstein: 0,889

França - 0,884

Áustria – 0,881

Bélgica – 0,881

Luxemburgo – 0,881

Finlândia – 0,879

Eslovênia - 0,874

Itália - 0,872

Espanha - 0,869

Grécia - 0,853


Os países do continente europeu que apresentam as menores médias de IDH são:

Lituânia: 0,834 Croácia: 0,812 Letônia: 0,810 Montenegro: 0,789 Bielorrússia: 0,786 Romênia: 0,785 Rússia – 0,778 Bulgária: 0,777 Arzebaijão – 0,747 Sérvia: 0,745 Geórgia - 0,744

Ucrânia – 0,734

Macedônia: 0,732

Bósnia e Herzegovina - 0,731

Armênia - 0,730

Albânia – 0,716

Azerbaijão: 0,713

Moldávia – 0,663

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

Graduado em Geografia

Expectativa de vida, também chamada de esperança de vida, é o número médio de anos que a população de um país pode esperar viver, caso sejam mantidas as mesmas condições de vida vivenciadas no momento do nascimento. A expectativa de vida está bastante relacionada com a qualidade de vida que um país possui, já que fatores como educação, saúde, assistência social, saneamento básico, segurança no trabalho, índices de violência, ausência ou presença de guerras e de conflitos internos influenciam-na diretamente.

Como a expectativa de vida de um país é influenciada por diferentes condições, ela nem sempre foi a mesma. Ao longo da história, ela variou de acordo com as condições de vida apresentadas, diminuindo em épocas de conflitos e pestes e aumentando de acordo com a elevação dos padrões de vida da população. A Revolução Industrial, iniciada a partir do século XVIII, foi um marco na evolução das taxas de expectativa de vida em todo o mundo, uma vez que o progresso da medicina e o surgimento de infraestruturas de saneamento básico e higiene resultantes do desenvolvimento industrial foram responsáveis pela redução acentuada das taxas de mortalidade mundiais, o que provocou um grande crescimento demográfico e, consequentemente, o aumento da expectativa de vida no mundo todo.

Atualmente, as expectativas de vida nos países desenvolvidos tendem a ser maiores que as dos países subdesenvolvidos, pois o desenvolvimento econômico desses países, na maioria das vezes, é acompanhado de altos padrões de vida, o que eleva a expectativa de vida da população. Isso, infelizmente, não é visto em países em que a vulnerabilidade social e econômica é elevada. Essa realidade pode ser notada nas taxas de expectativa de vida* de países desenvolvidos e subdesenvolvidos do ano de 2015. Enquanto as expectativas de vida em países como Japão (89,79 anos), Suíça (82,50 anos), França (81,75 anos), Espanha (81,57 anos) e Alemanha (80,57 anos), todos países desenvolvidos, ficaram acima de 80 anos, nos países subdesenvolvidos, como Nigéria (53,02 anos), Moçambique (52,94) e Afeganistão (50,87), elas sequer chegaram aos 60 anos.

A expectativa de vida também é desigual em relação ao gênero. As mulheres apresentam uma expectativa de vida maior que a dos homens na maioria dos países. Isso acontece em virtude de diversos fatores, como:

  • a maior procura da mulher por atendimento médico. Por esse motivo, as doenças podem ser diagnosticadas ainda no início, o que resulta em uma menor mortandade entre as mulheres;

  • as elevadas taxas de criminalidade entre os jovens do sexo masculino, o que aumenta as taxas de mortalidade dos homens nessa faixa etária;

  • atividades pesadas e de alta periculosidade são mais realizadas por indivíduos do sexo masculino, o que resulta em um maior número de acidentes de trabalho envolvendo homens.

No Brasil, a expectativa de vida dos brasileiros tem crescido progressivamente ao longo dos anos. Em 54 anos, segundo o IBGE, a expectativa de vida brasileira cresceu 26,6 anos, passando de 48 anos, em 1960, para 74,6 anos, em 2014. Esse fato demonstra que o desenvolvimento do país nas últimas décadas tem melhorado a qualidade de vida da população e isso tem impactado a expectativa de vida. Além disso, o Brasil também apresenta diferenças em relação às expectativas de vida femininas e masculinas. De acordo com IBGE, a expectativa de vida da mulher foi sete anos maior do que a estimativa masculina no ano de 2013, acompanhando, assim, a tendência mundial.

NOTA

* Os dados das expectativas de vida do Japão, Suíça, França, Espanha, Alemanha, Nigéria, Moçambique e Afeganistão são da CIA *

Por Thamires Olimpia

Graduada em Geografia

A expectativa de vida, também chamada de esperança de vida ao nascer, consiste na estimativa do número de anos que se espera que um indivíduo possa viver. Esse dado é muito importante, visto que é um dos critérios utilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para se calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um determinado lugar.

Vários fatores exercem influência direta na expectativa de vida da população de um país: serviços de saneamento ambiental, alimentação, índice de violência, poluição, serviços de saúde, educação, entre outros.

Portanto, o aumento da expectativa de vida está diretamente associado à melhoria das condições de vida da população. Os avanços nesses dados estão sendo obtidos desde 1950, em que se constatou, em 2010, um aumento de mais de 20 anos na expectativa de vida da população mundial nesse período (1950 – 2010). No entanto, esse aumento ocorreu de forma desigual entre os países desenvolvidos, em desenvolvimento e as nações subdesenvolvidas.

Outra discrepância nos dados da expectativa de vida se refere aos sexos: as mulheres, na maioria dos países, vivem mais que os homens. Alguns possíveis fatores responsáveis por esse fenômeno: - A mortalidade infantil é mais comum entre os bebês do sexo masculino. - As mulheres são mais cuidadosas com a saúde. - A maioria dos trabalhos de grande periculosidade é exercida por homens. Atualmente, a expectativa de vida da população brasileira é de 72,5 anos, sendo que as mulheres vivem, em média, 76 anos e os homens, 69 anos. Confira os países que apresentam as maiores e as menores expectativas de vida do planeta.

Países com as maiores expectativas de vida:

Japão: 86,3 anos. Mônaco: 85 anos. França: 84,5 anos. Espanha: 84,3 anos. Suíça: 84,2 anos. Itália: 83,9 anos. Austrália: 83,9 anos. Islândia: 83,5 anos. Liechtenstein: 83,5 anos. Suécia: 83,2 anos.

Países com as menores expectativas de vida:

Suazilândia: 42,4 anos. Lesoto: 43,9 anos. Zimbábue: 44,2 anos. Afeganistão: 44,2 anos. Zâmbia: 44,7 anos. Moçambique: 45,6 anos. Serra Leoa: 46,7 anos. Angola: 47 anos. República Centro-Africana: 47,4 anos.

República Democrática do Congo: 48,6 anos.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco

Graduado em Geografia